Capítulo 26

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Como a Denise havia ido pra casa da mãe dela pensar um pouco em tudo que havia acontecido nos últimos dias, eu resolvi ir pra casa de minha mãe. Meu pai precisa ficar sozinho um pouco para pensar na burrice que fez, quem sabe ele não dá mais valor a quem realmente merece?!

Saindo do colégio vou direto pra casa dos meus avós onde minha mãe está morando atualmente. Só voltarei para a casa do meu pai quando a Denise resolver voltar também, caso contrário daqui eu não saio, daqui ninguém me tira.

– Vem cá Antonella, o que aconteceu com você? – Julianne chega em minha mesa perguntando.

Continuo mexendo no celular como se ninguém tivesse falado nada. Estou na minha paz, hoje ninguém me tira do sério.

Ela puxa o celular da minha mão, me fazendo olhar para ela.

– E aí? Vai ficar calada, qual é o seu problema comigo? Achei que fôssemos amigas.

– Eu não sou amiga de traíras, não sou amiga de pessoas que pegam o pai das outras se é que você me entende. – Ela se apoia na mesa e abre um meio sorriso.

– Olha quem fala a menina que deu pro namorado da tia. – Levanto uma sobrancelha e cruzo os braços.

– Dei mesmo, mas eu ao contrário de você não sou sonsa de ficar dando beijinhos nela. Você pode até ser piranha mas seja piranha direito, não venha sujar nosso nome meu amor. Respeita a nossa história.

– Você é ridícula, se acha a deusa da verdade. Não passa de uma vadia que da pra todo mundo.

– Nossa me senti muito ofendida com suas palavras. Amigos de classe, escondem seus pais que a babador está a solta. – Ela ficou vermelha, quando percebeu o povo que estava na sala olhando pra ela.

A essa altura eu já queria brigar, estava na paz mas ela quer treta então vamos tretar.

– Quer saber? Não vou discutir com você, nossa amizade acaba aqui. – Agora eu levantei, quem ela pensa que é?

– Você vai discutir comigo sim. Agora quem quer brigar sou eu. – Grito doida pra cair no braço, está na hora de bater nela.

O colégio não é um lugar apropriado pra isso, mas foda-se ela começou e eu vou terminar.

– Pega ela Julianne. – Uma menina grita e eu dou uma olhada.

– Vem cá você também pra apanhar. – Grito de volta.

Tô afim de bater em todo mundo.

– Quer saber? Peguei seu pai mesmo e pego de novo. Dou pra ele o que aquela sua madrasta não dá, aceita que dói menos.

– E agora eu vou te dá o que ela não te deu. – Avanço nela.

Não gosto de puxar cabelo, então vou só no soco. Pareço um macho brigando, fecho minha mão e caio pra dentro.

Julianne reage e me bate também. Nos atracamos no meio da sala de aula esbarrando em mesas e cadeiras.

– Separa elas pelo amor de Deus. – Alguém grita e somos desgrudadas com dificuldades, eu estou louca pra continuar.

– Me solta. – Grito e dou um bico quando o Rodrigo sai puxando a vadia pra fora da sala.

Daniel me senta na cadeira e passa a mão pelo meu rosto.

– Mano que isso? Lá da quadra ficamos sabendo que você estava brigando. – Samuel diz.

– Eu estava aqui na minha, e essa praga veio me encher o saco. Que ódio dela.

Olá, querido professor.Onde histórias criam vida. Descubra agora