Capítulo 38

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Estava deitada no chão ouvindo música enquanto Deusa e Zé estavam deitados em minha barriga, até que meu pai entra no meu quarto como um cavalo, tiro os fones e o olho com o cenho franzido.

– Quem morreu?

– Você pode me explicar o que faz namorando com seu professor? – Deus. Quem foi que contou? Como ele sabe? Caleb deu com a língua nos dentes, certeza! – Responda-me.

– Pai… aconteceu e…

– E o cacete, trate de terminar esse seu romance adolescente imediatamente. Sua tia está arrasada com o que você fez, como pôde? Ela é sua família Antonella. – Caroline já sabe também? Por que diabos o Caleb abriu a boca?

E meu pai como sempre defendendo a irmã.

– Quer saber? Eu não quero discutir isso com você. – Volto a pôr o fone e a prestar atenção no celular. Ele se abaixa e tira o celular da minha mão.

– Olha pra mim, sou seu pai. Eu não permito essa relação, não permito essa sua traição para com a sua tia, ouviu bem? Seja madura pelo menos uma vez na vida, você parece um homem que só pensa com a cabeça de baixo.

Me levanto e deixo os gatinhos em cima da almofada grande. Pois discutir deitada não dá.

– Você sempre defendendo a coitadinha da sua irmã né? Ela consegue fazer sua cabeça direitinho. Você é uma marionete na mão dela.

– O problema aqui não é minha relação com a minha irmã e sim a sua conduta inadequada, ou você termina essa loucura ou eu acabo com a carreira daquele professorzinho de merda. Você está fazendo sua tia infeliz.

– Não vou terminar nada, eu estou pouco me fodendo pra felicidade daquela mulher ela já me machucou tantas vezes agora que aguente. Eu estou apaixonada pelo Caleb e nada que você disser vai mudar isso. – Ele passa as mãos pelo cabelo balançando a cabeça em descrença.

Alex era assim sempre que tinha que escolher um lado ele escolhia o da Carol, sempre foi assim e isso nunca vai mudar. Ele a ver como uma mulher indefesa e abandonada pelo marido, um homem nojento que tinha tesão na sobrinha de sua mulher. Era uma história triste ao ver dele, mas o maldito idiota não conseguia entender que a vítima naquela história toda era a sua filha que foi humilhada pela irmã perfeita dele.

– Eu não te criei pra ser assim, eu te criei para ter uma família para ser uma mulher como Caroline é. E não pra ser uma menina idiota que fica com o namorado da própria tia. – Ah Deus, eu tive que soltar uma grande gargalhada sarcástica. Ser igual aquela lá? Eu preferia comer merda a ser como ela.

– Me criou? Desde quanto? Já sei, desde que eu tinha dezesseis quando já tinha sido agredida pelo namorado da minha mãe cachaceira , quando já tinha sido assediada pelo marido babão da minha “tia” e desde que você ficou com peso na consciência por ao invés de me dar atenção me dar dinheiro. É… exatamente isso!

– Não jogue isso na minha cara, eu te dei meu nome. Tudo que você tem é por causa de mim, sua tia me ajudou quando eu precisei e é isso que estamos recebendo agora. Desprezo!

– Pelo amor de Deus, você não se ouve? Me deu seu nome? Enfia seu nome no cu. – O tapa que ele me deu me deixou tonta.

Foi um belo tapa no rosto que me deixou desnorteada e segundos depois eu estava sendo sacudida de forma grosseira e com isso havia mordido a língua. Eu estava fodida e mal paga.

– Pensei que ela fosse ter que te desrespeitar mais pra você finalmente fazer isso. – Ouço a voz daquela monstra.

– Nunca mais fale assim comigo. – Meu pai diz assim que para com sua sessão de “Agite depois de bater” em meu corpo.

Olá, querido professor.Onde histórias criam vida. Descubra agora