Capítulo 18

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– Você vai sair? – João Pedro, meu irmão pergunta se jogando em minha cama.

– Sim, por quê? – Pergunto, bagunço um pouco meu cabelo e dou batidas em meus lábios com o dedo para espalhar o batom.

– Você nem fica mais em casa, está sempre saindo. – Dou risada e olho pra ele.

João era a coisa mais fofa e linda do mundo, cabelo cacheado e olhos negros. Parecia mais com meu pai do que tudo, só tinha o nariz da Denise de resto era todo o meu pai. Me ajoelho para ficar na altura dele.

– João, quando você crescer também não vai parar em casa. E eu prometo de mindinho, que amanhã vamos ficar o dia todo juntos, o que acha de irmos ao parque de diversões?

– Isso, você jurou de mindinho hein. – Cruzamos nossos dedos um no outro.

Eu não posso me esquecer dessa promessa. Então vou maneirar na bebida…

***

Digamos que eu não maneirei na bebida, nem sabia onde eu estava, eu tinha saído sozinha e vim parar em uma festa totalmente desconhecida para mim. Eu chamei o Sam, a Juh e a Ísis, mas todos deram desculpas então resolvi sair sozinha. O que não foi uma boa ideia, pois agora eu não sei onde estou, mas até que está divertido encontrei novos amigos aqui, eles são tão legais.

– Mana, você está muito chapada. Me diz um nome alguém precisa vir te buscar. – Uma menina diz mexendo em meu celular, droga essa eu não conheço. Como ela sabe a senha do meu celular? Merda está tudo rodando.

– Antonella, um nome vai. – Ah esse eu conheço, é o carinha bonitinho que eu peguei.

– Caleb, nossa ele é tão gostoso. Mas não quer ficar comigo, aquele merdinha.

– Ok, Caleb… achei.

***

Caleb narrando.

Acordo com o celular tocando. Três da manhã, ligações nessas horas não são um bom sinal.

Pego o celular e olho o visor... Antonella? O que essa menina quer a essa hora?

– Antonella, se for pra…

– Alô? É o Caleb? – Paro por um momento para registrar a voz do outro lado da linha.

– Sim.

– Então eu pedi um nome e ela me deu o seu. Antonella está em uma festa sozinha e muito chapada, ela veio com um cara e digamos que ele está tão bêbado quanto ela. Você pode vir buscá-la? – Respiro fundo, não é possível.

– Me passa o endereço por favor. – O cara me passa o endereço e eu me levanto.

Qual o problema dessa garota? Será que ela não tem amor a vida? Eu deveria contar pro pai dela, ou melhor eu deveria ligar para ele agora mesmo. Fico tentado a essa opção, mas prefiro ir até lá buscá-la.

Visto um short de Tactel e uma camiseta, calço o chinelo e vou até meu carro.

Meu apartamento fica longe de onde ela está, onde essa menina foi se enfiar? Meu Deus do céu.

Olá, querido professor.Onde histórias criam vida. Descubra agora