- Chegamos família. - Grito enquanto entro na casa da Carol, devo lembrar que ela não gostou nada da minha presença, certo?!
Mas eu não tô nem aí, hoje quero provocar.
- O que faz aqui? - Gregório pergunta.
- Ué, pensei que eu fizesse parte da família.
- Pensou errado, você denunciou minha mãe agora dê o fora. - Jogo o cabelo no rosto dele e reviro os olhos.
- Te enxerga piolho, se está incomodado que saia você. - Me sento na mesa e o Jorge senta ao meu lado.
Eu o convidei, como ele não recusa nada que vem de mim. Correu para me encontrar.
- Vamos lá Titia ponha a comida na mesa. - Meu pai respira fundo, já a Denise esconde o sorriso atrás da mão.
Essa é das minhas, como eu amo essa minha mãe postiça. Caleb diferente de todos está impassíavel, observa sem dizer nada.
- Tenha mais respeito comigo Antonella.
- Quer respeito vai pra Índia, dizem que lá as vacas são sagradas. - Jorge solta uma risada e logo segura o bico quando vê a expressão do meu pai.
- Antonella já chega. - Ele diz e eu passo um zíper invisível na boca.
Depois disso fico em silêncio enquanto todos conversam, minha titia começa a por a comida na mesa.
Eu quase grito "me serve vadia, me serve" bem estilo Nina e Carminha.
- E sua irmã Caleb? - Meu pai pergunta.
- Está bem, foi viajar com a família e só volta no final do mês. - Ai como é gostoso até falando.
Abro um meio sorriso quando penso em sua mãos em mim e em como ele gozou deliciosamente em minha boca. Eu faria de novo com prazer.
- Podem se servir, bom apetite. - Caroline diz e se senta ao lado do meu professorzinho delícia.
Já vou logo me servindo pois estou morta de fome, pelo menos ela sabe cozinhar uma coisa boa em um pacote podre.
Meu pai começa com seu interrogatório com o Jorge, eu só respondo que ele é meu amigo e continuo comendo. Não admito nem por tortura, mas essa comida está uma delícia.
Depois da comida, todos foram pra varanda e como o Caleb está no banheiro eu aproveito para ir atrás dele. Fico esperando ele sair encostada na parede em frente a porta.
Quando ele sai eu abro um sorriso.
- Olá, querido professor. - Falo e abro um sorriso.
Ele olha pro lado e quando vê que não tem ninguém enfia a mão pelo meu cabelo e me prende contra a parede.
- Qual o problema Antonella? E esse cara?
- É o Jorge, um tesão né? Topa um ménage? - Passo a língua pelos lábios e depois pelos os dentes.
- Sem brincadeiras sem graça. - Me coço e fecho os olhos, não estou bem. - Antonella você está bem? Tem umas marcas vermelhas em seu corpo.
- Não, droga não estou bem. Olha meu lábio. - Meus lábios estão inchados, comi camarão! Tenho certeza que comi camarão sem saber, a vaca da Caroline quer me matar.
- Vem. - Caleb segura minha mão e me leva pra sala, me bota sentada no sofá. - Alex, corre aqui.
Ele grita meu pai. A essas horas já sinto meus olhos, boca e lábios inchados. Demorou pra fazer efeito, demorou pra reação vir, mas chegou me matando.
- Acho que é um reação alérgica. - Caleb diz.
- Meu Deus, você botou camarão na comida, Carol? Por que não avisou? Você sabe que ela tem alergia. - Meu pai grita e passa a mão pelo cabelo.
Ah Deus vou morrer, sei que chegou minha hora.
- Minha garganta. - Digo e enfio as unhas no braço do Caleb.
- Não tenho remédio aqui. - Carol diz, a vaca finge preocupação. - Eu esqueci de avisar, mas como você não sentiu?
- Vamos levá-la ao hospital. - Jorge diz e me levanta, respiro lentamente controlando minha respiração tentando tirar o pensamento dos inchaços.
- Vamos no meu carro.
- Caleb você não vai né? - Carol pergunta incrédula. Nesse momento eu finjo um desmaio que rapidamente faz toda a atenção ser destinada a mim.
Caleb não responde e entra no carro, ele, meu pai e Jorge me levam até o hospital mais próximo e como cheguei quase morrendo, eles me passaram na frente.
A enfermeira que me atendeu era super simpática e jovem, tinha apenas 22 anos. Ela me deu uma injeção antialérgica na veia pro efeito ser mais eficaz, ainda tive que ficar no soro pois ela falou que eu estava desidratada.
- Eu preciso ir embora, mas amanhã vou te ver em casa ok? - Jorge diz, ele está com problemas em casa, tadinho.
- Ok. - Ele se abaixa e me dá um selinho rápido e depois vai embora, nem se despede do meu professor lindo.
- Ainda bem que foi embora. - Caleb diz baixo e eu dou risada. - E você deveria se cuidar mais, se não tivesse ocorrido esse episódio horrível não iríamos saber que você estava desidratada.
- Eu tô bem, só quero ir pra casa. - Boto a cabeça no ombro dele que faz carinho em meu cabelo.
Meu pai entra na sala feito uma bala e o Caleb se afasta de mim feito o flash. Senhor Alex para por um momento e analisa a cena.
- Então, falei com a Denise pedi para que ela fosse embora. Dessa vez Carol passou dos limites, ela sabe muito bem que você é super alérgica a camarão. - Meu pai diz ríspido.
- Ela pode ter esquecido, Alex. - Caleb diz.
- Isso não se esquece. - Me auto defendo, ela fez de propósito, sei que fez.
Talvez eu me vingue dela botando chumbinho em seu café. Olha que vingança a altura.
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Sei que o capítulo foi pequeno, mas prometo que no final de semana posto outro.
Uma das leitoras deu a ideia de fazer um grupo no WhatsApp sobre a história, nos conhecermos melhor. O que acham?
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Olá, querido professor.
RomanceCOPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS (SE POSTAR SEM AUTORIZAÇÃO EM OUTRA PLATAFORMA SERÁ DENUNCIADO(A) POR PLÁGIO) Caleb é um Professor de Português de vinte e sete anos, sempre foi correto, centrado e nunca havia cometido nenhuma infração que pu...