Capítulo 15

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Me levanto meio grogue e vou até o banheiro, escovo os dentes e saio.

Em meu apartamento não tem mais vestígios da Antonella, acho que ela foi embora durante a madrugada. Nem acredito que descumpri a minha maior regra: nunca, em hipótese alguma, dormir com uma aluna.

E eu fui dormir, corrigindo, transar com a pior delas e pra melhorar com a sobrinha da minha atual namorada. Eu realmente não estava pensando com a cabeça de cima.

Vou pra cozinha e faço um café reforçado, tenho alguns trabalhos para corrigir e ainda não comecei nada, esse final de semana levou muito do meu tempo.

Quando estou terminando meu café a campainha toca, visto minha camiseta vermelha que a algumas horas atrás estava no corpo de Antonella, tem o cheiro dela ainda. Abro a porta e dou de cara com uma Carol sorridente.

– Oi meu amor. – Ela se joga nos meus braços e me beija.

– Oi… o que aconteceu?

– Nada, só queria fazer uma visita. – Fecho a porta e sigo o olhar dela por todo o canto. – Chegou tarde ontem né?

– Sim, Luciano curtiu bem a noite. – Ela sorri e vai andando até meu quarto, dou uma olhada e percebo que não tem nada incriminador pelo caminho. Mas arregalo os olhos quando vejo uma calcinha amarela rendada no chão, é da Antonella. Puta que pariu, não olhe para baixo, não olhe para baixo!

– Meu irmão me ligou, disse que a Antonella só chegou hoje de manhã sabe se ela saiu com alguém? – Carol pergunta e passa reto pela calcinha, aproveito que ela está de costas e chuto a peça íntima para debaixo da cama.

– Não, eu vim direto pra casa. – Depois que ela analisa tudo percebo que seu corpo relaxa visivelmente.

Droga eu jamais pensei que iria passar por algo do tipo, eu sou um homem maduro e não um moleque que trai a namorada. Onde eu estava com a porra da cabeça quando fiquei com aquela menina desmiolada? Tudo bem que ela é uma delícia, e que virou minha cabeça mas eu tenho a Carol, uma mulher madura e linda pra cacete. Não preciso do problema chamado Antonella.

– Isso é ótimo bebê. O que acha de passarmos o dia todo juntos? – Passo meus braços pela cintura dela.

– Acho ótimo. – E foi do jeito que ela queria, ficamos juntos o dia todo.

Assistimos filme, conversamos sobre várias coisas, ela fez um jantar maravilhoso para nós e bom… tivemos uma bela transa. Foi gostoso passar o dia com ela e melhor ainda foi ver que o que aconteceu entre Antonella e eu não passou de uma atração.

Quando Carol foi embora eu aproveitei para corrigir o trabalho dos alunos.

Tive que usar meus óculos da adolescência pois o outro estava todo quebrado, ainda na varanda.

***

Chego no colégio com alguns minutos de atraso. Cumprimento o diretor Jonas e alguns professores que estão conversando com eles.

– Ei, Caleb? – Thaisa, professora de inglês me chama. Desde que comecei a dar aulas aqui ela vive dando em cima de mim. Mas é descarada, já me chamou para sair e mais.

– Sim?

– Só queria dizer que brevemente terá um passeio pras turmas do projeto, e você, o Josué e eu seremos responsáveis pelo projeto 1. – Ah, claro. O passeio que terá pra cidade imperial, mais que droga projeto 1 é a turma de Antonella. Santo Deus, mas não é possível.

– Obrigado pela informação, agora preciso ir que estou atrasado.

– Ok, você está muito bonito esta manhã.

Olá, querido professor.Onde histórias criam vida. Descubra agora