Capítulo 25

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– Boa noite meu amor. – Carol diz assim que entra no carro e me dá um beijo.

Minha mãe fez um jantar especial para conhecer Carol. Ela estava louca para conhecer a mulher que eu escolhi como namorada, pois havia anos que não apresentava ninguém a ela.

– Você acha que estou apresentável? – Olho pro vestido florido dela que ia até o joelho e seu salto alto, Carol é uma mulher linda.

– Linda como sempre. – Ela sorri e me dá um beijo na bochecha.

Alguns minutos depois chegamos em frente a casa dos meus pais. Liberam minha entrada e eu vou direto pela estradinha de pedra, a casa deles tinha um jardim imenso e muito bem cuidado.

– Aqui nesse jardim tem as flores mais bonitas que você verá. – Digo.

– Estou ansiosa para ver, e uauu. Que casa linda, sua mãe tem bom gosto.

– Espera para ver por dentro. – Saímos do carro e eu entrelaço meu braço no dela.

Minha mãe parece sentir nossa presença. Ela logo abre a porta e abre um sorriso, seus cabelos castanhos estão presos em um rabo de cavalo, um lenço rosa pende em seu pescoço, está com um vestido florido, salto alto, brinco de pérolas e batom vermelho.

Minha mãe não andava menos arrumada que isso, estava sempre muito bem apresentável. Ela diz que se veste desta forma pois algumas pessoas costumam fazer visitas surpresa.

– Meu filho. – ela me dá dois beijos na bochecha e me abraça. – Que saudades eu tenho de você.

– Também mãezinha, esta é Caroline minha namorada. – Elas se cumprimentam de forma educada.

– Seja bem-vinda a minha casa. Marina disse muito bem de você e a propósito sou Natalina – Minha mãe fita ela da cabeça aos pés, um olhar que inspeciona até a alma da pessoa.

Ela faz isso pra ver se vai ou não vai com a cara, é sempre assim. E disfarçadamente eu consigo sussurrar para ela:

– Pare com isso.

– Com o que meu filho?

– Com esse olhar de inspeção. – Dito isso minha mãe revira os olhos e sai na frente.

– É bem… peculiar tudo aqui. – Carol cochicha.

– Tudo criação dela, ela é designer e pinta telas também.

– Uau. – A casa dos meus pais era bem grande, levando em conta que era somente eles dois.

Em toda a sala tinha obras de arte, e tinha muita cor, muita mesmo.

O sofá era de couro vermelho, a prateleira verde os móveis pretos o tapete tinha várias cores. Era uma loucura, mas no final o resultado era bonito.

Meu pai é colecionador de coisas antigas, minha mãe também curte então os móveis são todos antigos alguns legítimos outros personalizados. Lembro que quando eu era moleque minha mãe odiava quando eu trazia os amigos aqui, pois eles gostavam de mexer em tudo dela, minha mãe ficava louca e meu pai expulsava todo mundo.

– O jantar vai ser servido em instantes, seu pai está lá em cima. Ele comprou uma daquelas tvs com seletor, está testando. – Meu pai e seus investimentos.

Ele me entregou a empresa dele só pra investir em sua velharia.

Minutos depois ele aparece.

– Uau, que bela dama. – Ele diz e beija a mão de Caroline.

Meu pai era mais baixo que minha mãe, era gordo e tinha um bigode. E é um grande galanteador barato.

– Caroline esse é meu pai Manuel. Podemos comer? Estou morto de fome. – Digo.

Olá, querido professor.Onde histórias criam vida. Descubra agora