– Deixa pra mim, seu puto. – Puxo o cigarro de maconha da mão do Hugo e dou uma longa tragada.
Estamos no play do prédio onde moro, bem afastado dos outros, se o síndico souber que estou fumando aqui ele mata geral.
– Você é fominha. – Hugo diz e cheira meu pescoço, ele está só se aproveitando do meu estado chapada e bêbada.
Hugo é negro com uma barbinha como as do bode, mas até que a barba caiu bem nele, e tinha um sorriso encantador. Já ficamos, mas só beijinhos. Eu não quis ir além, ele até que é legal mas tem a língua muito grande.
– Vamos dormir gente, todos sabem que amanhã temos aula. – Ísis reclama e o Daniel concorda.
– Vamos lá, já está tarde.
– Ainda é 1 da manhã. – Sam reclama.
– E nós vamos acordar às 7, idiota. – Ele tem razão, começo a puxar o bonde. Estou com vontade de dormir mesmo.
Quando chegamos na minha casa, eu nem me importo com ninguém. Tiro a roupa ficando só com uma calcinha short e de sutiã, me jogo na cama e fecho os olhos.
Só sei que depois de alguns minutos, Sam, Ísis, Juh e eu estamos deitados na minha cama um em cima do outro e o Hugo e Dan estão no tapete.
Pego no sono rapidamente.
Lá pelas 4 da manhã, a sede e a vontade de fazer xixi me acordam. Todos no quarto menos… a Julianne.
– Samuel? SA-MU-EL. – Balanço ele que acorda super sonolento.
– Que foi peste.
– Cadê a Juh?
– Ué, deve ter ido beber água, cagar, mijar, me acordou pra isso?
– Seu grosso. – Falo e empurro ele.
Saio do quarto, agora me pergunto por que diabos eu não fui procurar ela?
No banheiro ela não está, pois não tem ninguém. Provavelmente está na cozinha.
Me aproximo na ponta dos pés, pois ouço barulho de beijo. Será que Denise e meu pai…?
Meu queixo cai quando eu vejo que é meu pai e a Julianne, puta que pariu. O canalha do meu pai está traindo a Denise e o pior no mesmo ambiente que ela, como pode ser tão cara de pau? Minha vontade é fazer um barraco daqueles, mas prefiro me calar e voltar pro meu quarto.
Tranco a porta pra ela não entrar mais e tento voltar a dormir.
Acordo às 6:30 da manhã, não tem mais ninguém no quarto. Me arrumo rapidinho e vou pra cozinha onde todos estão.
Quando vejo meu pai e a Julianne a cena nada agradável me vem a mente. A falsiane ainda consegue se sentar perto da Denise e falar com ela como se nada tivesse acontecido, como pode?
Sonsa.
– Não vai comer irmã? – João pergunta e eu nego com a cabeça, continuo fitanto a cara de pau da Julianne.
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Olá, querido professor.
RomanceCOPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS (SE POSTAR SEM AUTORIZAÇÃO EM OUTRA PLATAFORMA SERÁ DENUNCIADO(A) POR PLÁGIO) Caleb é um Professor de Português de vinte e sete anos, sempre foi correto, centrado e nunca havia cometido nenhuma infração que pu...