Capítulo 04

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Lillian

Espero que o vovô não fique chateado, mas não tenho outra pessoa para me socorrer nesse momento, de jeito nenhum envolver a Kate nisso, ela iria pirar.

Lillian – Thomaz, vamos descer, já chegamos e logo ai. Eu aponto com o dedo e ele olha pela janela com uma cara de nojo, que eu abaixo a cabeça e me levanto para acionar o botão para o ônibus parar.

Ele se levanta sem dizer uma palavra e me segue até a porta, quando chegamos ao portão do vovô eu toco a campainha e logo ele aparece todo preocupado comigo.

António – Menina Lillian, o que aconteceu com você para estar aqui a essa hora da noite?

Lillian – Vovô, eu me meti num problemão e preciso da sua ajuda, sabe que eu só viria se realmente estivesse encrencada. Eu olho para o Thomaz e ele me mede e depois desvia o olhar para o António e diz.

Thomaz – Senhor, meu nome é Thomaz De Valles e fui sequestrado essa noite e sua neta me encontrou e conseguiu me salvar. Estamos aqui porque preciso ir a uma delegacia e avisar meus pais que estou bem.

Lillian estranhou a educação e a gentileza que Thomaz falou com o António, muito diferente da forma que falou com ela, isso deve ser pessoal só pode, mas porque? Eu o salvei e é assim que me trata?

António – Bom, iremos resolver uma coisa de cada vez, venha use meu telefone para falar com seus pais e vamos cuidar dos seus ferimentos, seu rosto está todo machucado e pelo jeito você a dor é forte.

Ambos seguiram seu António até sua simples residência, ele com muita educação pediu para que Thomaz fosse para seu quarto de hospedes e que Lillian iria cuidar dos seus ferimentos e levar o telefone para ele usar. Enquanto isso António foi preparar um dos seus chás milagrosos para dor.

No quarto Thomaz sentou na cama enquanto observada a Lillian preparando o kit socorro para cuidar dele.

Lillian – Acho que vai arder um pouquinho, mas você é crescido e vai aguentar né? E ela olhou com aquela cara de apaixonada, afinal ela nunca tinha sentido isso por ninguém e nem pensava nessas coisas do coração.

Thomaz – Sem problemas. E ficou com a cara emburrada até que ela terminou todo o processo.

Lillian – Prontinho, aqui está o telefone para falar com sua família. Vou buscar o chá para dor enquanto você liga.

Thomaz

Essa menina só pode estar brincando comigo, ela é tão doce, mesmo eu sendo um idiota e faço de proposito, porque já percebi que ela está me olhando com aquela cara de apaixonada e eu não sou homem para isso, apesar de ser linda não é para mim.

Enquanto ela limpa minhas feridas eu sinto seus dedos tocarem meu rosto e me arrepio inteiro, essa menina está me deixando louco, meu amigo aqui embaixo está gritando para possuir ela aqui e agora, mas minha razão diz para sair correndo logo desse buraco.

Ela termina com o procedimento e me entrega o telefone e logo entro em contato com meus pais e logo estão mais calmos, peço que se receberem alguma ligação desses bandidos ignorarem e não falarem que eu já apareci, quero ir para a delegacia primeiro. Eles concordam e aviso que logo estarei em casa.

Assim que termino a ligação ela volta com esse chá de dor, tomo tudo porque realmente está doendo, acho que quebrei alguma coisa. Logo me deito na cama e sinto um alivio apos o chá e relaxo.

Não estou dormindo, mas resolvo fechar os olhos para não a olhar mais, ela está me deixando nervoso, estou inquieto, não fico assim a muito tempo, parecendo um adolescente perto de uma garota bonita, nisso senhor António entra e começa a conversar com ela.

António – Menina, o que você estava fazendo num edifício abandonado a essa hora da noite?

Lillian – Vovô, eu estava morando temporariamente nesse lugar, era seguro e quente. E eu estava com o Bruce meu gato, o Senhor sabe que sempre morei nas ruas e sei me defender.

O que ela mora na rua? Como assim essa menina é uma mentiga literalmente. Thomaz ouvindo tudo fica chocado com a descoberta.

António – Por que você não me contou, você pode ficar aqui comigo, tem esse quarto a mais e gosto da sua compania menina.

Lillian – Não, eu me viro o senhor sabe, com esse novo emprego daqui um mês vou conseguir um lugar razoável para morar.

António – Você pode alugar esse quarto aqui, hoje se quiser. Podemos negociar um valor e você me ajuda na academia com as crianças e na limpeza da casa.

Lillian – Hum, pensando assim seria tipo justo. Vamos resolver o problema desse homem aqui e amanhã a gente conversa vovô.

Ele abraça a Lillian com carinho e concorda em terminar essa conversa amanhã, afinal todos estão cansados e precisando de uma boa noite de sono. Eles saem do quarto o deixando dormir a vontade.

Como assim mora na rua? Thomaz ainda estavachocado. Qual será a história dela, porque tão jovem já passa por isso, precisodescobrir, ela não pode viver assim. Ops... o que está acontecendo comigo?Desde quando eu me importo? Paro com esses pensamentos e agora durmo deverdade, estou cansado e preciso me recuperar para resolver tudo isso amanhãcedo. 

Amor improvável (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora