Capítulo 27

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Lillian

Não dormi nada essa noite, desesperada tentando pensar em uma solução para essa situação, mas nada estou perdida nos meus pensamentos quando o celular toca.

Lillian – Alô?

Marcos – Lillian, aqui é o Marcos fiquei sabendo do sequestro do Thomaz, eu não estou no Brasil nesse momento, mas quero avisar que no celular dele tem um rastreador, você consegue ver pelo PC dele, esse que ele não larga nunca.

Lillian – Meu Deus, Marcos, isso pode salvar o Thomaz, vou ligar agora para o delegado.

Tentei ligar várias vezes para o celular do delegado, mas ninguém atendeu, pensei em ligar para o Sr. Diogo, mas desisti e vou eu mesma olhar nesse computador e ver o que acontece.

Já não tenho mais unha nas mãos de tanto que estou roendo aqui, essa merda parece demorar uma eternidade para ligar, meu Deus que de certo esse rastreador. Quando consigo visualizar o programa vejo que a localização está bem perto, eu diria que ridiculamente perto, questão de 20 minutos do hotel, muito estranho, não perco mais tempo anoto o endereço, me arrumo com uma roupa pouco chamativa, tipo voltando a ser menino, assim passarei despercebida.

No caminho recebo um recado do Diogo avisando que estão saindo do Banco para ir ao local combinado, prefiro nem responder e torcer para que eu chegue antes no cativeiro, quero salvar Thomaz, mas quero descobrir quem é o safado desse bandido.

O táxi para duas quadras longe do local, que me assusto ao perceber que se trata de um edifício bem bonito, parece um centro comercial, muito movimentado por sinal. Observo alguns minutos para ver se vejo algo coisa suspeita e é quando vejo o Senador, ele mesmo falando com um cara bem esquisito e parecem bem contentes com a conversa, vejo eles dando a volta e indo por trás do edifício e lá vou eu seguindo como sombra.

Eles passam por uma porta e antes que ela se feche eu corro e seguro, respiro fundo e entro, está meio escuro, mas posso ver eles caminhando logo a minha frente, mas um pouco e consigo ouvir eles conversando e ouço a voz do Thomaz. Meu Deus ele está aqui mesmo, esse desgraçado do Senador, o que esse cara quer com ele? Ele coloca uma mascara, é claro ele não quer que o Thomaz o reconheça, FDP e eles passam pela porta aberta, chego um pouco mais perto e consigo ver, Thomaz amarrado eles estão em 5 com o Senador.

Senador – Veja só, finalmente consegui o que eu tanto queria. O único filho daquele bastardo do Diogo. Não se preocupe como eu suspeitava, seu pai concordou em dar todo o dinheiro que eu pedi, mas o que ele não sabe é que eu quero muito mais que dinheiro, quero tudo o que ele tem. Quero aquele desgraçado acabado, destruído.

Thomaz – Não sei o motivo da sua raiva toda, mas está me dizendo que não vai me libertar?

O Senador apenas saiu da sala e entrou em outra para falar ao telefone, marcando com alguém de se encontrarem imediatamente. Puta merda esse cara só pode estar brincando, não posso deixar o Thomaz aqui, e preciso seguir ele, tem mais gente envolvida nessa história suja.

Me escondo em um cantinho escuro, eles param bem perto de mim e meu coração gela, posso dizer que parou de bater.

Senador – Bandido 01 e 02, vocês vem comigo até o Hotel Hills, temos que encontrar com a Susy e a Paula, agora.

Gente do céu, não fala que a mãe dele está envolvida nessa história suja, essa mulher ter merda na cabeça? Colocar em risco o próprio filho? Estão indo para o Hills é perto daqui, perfeito, deixaram só dois bandidos aqui e facilita meu resgate. Confesso que soltei uma risadinha malvada agora.

Os dois bandidos estão distraídos, nem imaginam que estou aqui a um passo de dar uma surra bem dada nesses dois, com a raiva que eu estou preciso me controlar para não fazer besteira, pego eles de surpresa e desculpem a modesta, eu sou rápida e com apenas alguns golpes os dois estão caídos e vejo o Thomaz com os olhos arregalados de surpresa e de alivio.

Amor improvável (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora