Thomaz
Não sei quantas horas fiquei desacordado, olhei em volta estavamos na mesma sala que eles estavam conversando, só que estava amarrado, não consegui nem falar, apenas olhei e vi Lillian ainda desacordada amarrada um pouco longe de mim, na sala apenas os dois bandidos, minha mãe aquela traidora não estava mais, puta merda, não sairemos vivos daqui, sabemos demais.
Bandido 01 – Hora, hora o fugitivo finalmente acordou e teve muita sorte em, minha vontade era dar um tiro bem no meio dessa sua cara de pau.
Nesse momento vejo entrando o Senador, sua filha e minha mãe. Eu mal consigo olhar para a minha mãe, não posso acredita que ela esteja envolvida com esse cara e tramou tudo com ele.
Senador – Então você não foi tão esperto e teve a audácia de vim ao covil dos lobos? Muito petulante. Sua noivinha nem acordou ainda, devem ter dado uma bela de uma pancada, afinal ela é tipo um rambo versão feminina, muito linda por sinal.
Ele fez um movimento com a cabeça indicando que tirassem o adesivo da minha boca, provavelmente queria ouvir eu suplicar, coitado. Eu o ignoro e me direciona a mulher a qual achei quer era uma boa mãe, que até hoje a respeitei, mas perdeu tudo no segundo que se aliou com esse idiota. – Mãe? O que está acontecendo aqui?
Susy nem parece a mesma nesse momento, não sei traduzir o seu olhar, parece distante e fria, como se minha mãe não estivesse mais ali dentro. Ela apenas me olha e fala com uma voz fria – Agora sou sua mãe? Me ouvir você nunca quis, implorei para você ficar com a Paula, se tivesse aceitado o sequestro teria sido cancelado, seu pai estaria fora da jogada em breve e nós seriamos uma nova e feliz família com o Senador e sua filha.
Senador – Querida, não perca seu tempo falando com ele, afinal terá um destino melhor que o Diogo, a morte. Ele gargalha e gargalha e olha com cara de ódio.
Thomaz – Podem fazer o que quiser comigo, mas solta a Lillian, ela não tem nada haver com essa história da nossa família.
Susy – NÃO TEM NADA A VER? Pelo contrario queridinho, se ela não existisse você estaria noivo agora da Paula e não condenado a morte. Essa moradora de rua vai morrer, mas a morte dela vai ser bem dolorida e demorada.
Thomaz – Não faça isso, por favor. Nesse momento para piorar a Lilliam resolve acordar.
Lillian – Onde estou? Thomaz? Você está bem? Ela me olha com aqueles olhos azuis lindo, carregados de preocupação, mas não tem medo ali.
Susy – Hora, Hora quem resolveu nos dar o ar da graça finalmente. Bom dia, moradora de rua, hoje será o último dia da sua vida.
Minha mãe sem nenhumescrúpulo chama o bandido 02 e pede que ele bata em Lilliam, menos na cabeça, não quer que ela desmaie. Meu desespero é imenso, ela está levando chutes no estomago, assim não vai resistir muito tempo, e eu estou preso e não consigo fazer nada, a única coisa eu grito alto, bem alto, na esperança que algum hospede ouça e chame ajuda – PAREM DE BATER NELA, POR FAVOR. E pela segunda vez eu choro pela Lilliam, mas dessa vez com medo de perde-la para sempre, não é justo.
Parece que meus gritos fizeram pelo menos o efeito do bandido parar, mas na verdade não foi o que eu gritei, mas sim vi que o delegado estava na porta da sala, dando voz de prisão para todos ali na sala, o Senador não sabia o que fazer, minha mãe parecia uma zumbi e Paula ria igual uma descontrolada, só o bandido 02 que se rendeu, pelo jeito ele sabia que o negócio ia ficar feio.
Senador – Bandido 02 como tem coragem de se entregar assim sem lutar? Quando o cara estava indo para ser algemado ele é baleado na cabeça, minha mãe atirou nele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor improvável (Completo)
RomanceA cura está ligada ao tempo e às vezes também ás circunstâncias. "Hipócrates" Lillian, uma jovem de 20 anos que luta todos os dias para superar o desprezo dos pais e ser alguém nesse mundo, ela tem alguns sonhos, mas seria ela merecedora de realiza...