Meu Vizinho Bombeiro

A Lavanderia

MEU VIZINHO BOMBEIRO- PARTE 1: A LAVANDERIA

Aos 23 anos, recém-formada, com o emprego que sempre almejei, minha vida está no rumo certo... até um mês atrás, quando meu sossego foi interrompido pelo meu novo vizinho.

Moro no mesmo apartamento desde que comecei a vida universitária, como é bem localizada e próximo de tudo o que preciso, depois que me formei, continuei aqui. Mesmo a maioria sendo universitários, com algumas bagunças as vezes, nada que me tirasse do sério, e nada que me fizesse querer entrar no meio da bagunça também, sempre fui séria, focada, e sem tempo para coisas desnecessárias. Alma velha em corpo novo era o que sempre diziam de mim.

Sempre chego em casa sempre em torno das 19:00h, aproveito para arrumar tudo que tem de ser arrumado, e tiro o resto aproveitando com meus livros, séries e comida. Não tenho o hábito de sair e nem gosto, namorar então...nem consigo me lembrar a última vez que fiz sexo, minhas noites sempre foram tranquilas, até um ser irritantemente gostoso se mudar ao lado.

Há cerca de um mês, estava chegando no meu ap, quando vejo uma bagunça de caixas no corredor, respirei fundo(odeio bagunça) e logo pensei ‘ é só o novo vizinho, logo logo terá terminado a mudança’. Enquanto tentava me esquivar em meio ao caos e por estar de salto alto, tropecei em uma das caixas, iria me esparramar lindamente no chão, quando senti um par de braços fortes (e muito quente) me amparar.

-Hey lindeza, cuidado aí.- uma voz rouca e divertida falou. Levantei o olhar, encontrando um homem de pele parda, de 1,90cm, cabelo curtos mas que pude ver eram encaracolados, olhos cor castanho-mel, e com um sorriso largo no rosto que acabavam formando duas covinhas no final. Poderia ser um dos homens com aparência mais adorável que já tinha visto, se não fosse pelo resto do seu corpo. Forte, musculoso, viril. Nunca me interessei por músculos demais, mas nele, parecia tudo certo e que combinando perfeitamente.

Um conjunto perfeito e terrivelmente tentador.

Nos apresentamos cordialmente, como todo e qualquer vizinho faz, sabia que seu nome era Hélio, tinha 25 anos, novo na cidade, e BOMBEIRO. Controlei meus hormônios diante da última informação, tentei não imaginá-lo fardado, tempo demais na abstinência estava tirando meu foco, eu não tinha tempo para namoros e sexo casual nunca fez meu estilo.

Os 3 primeiros dias foram uma maravilhava, encontrava às vezes Hélio no corredor enquanto estava saindo ou chegando do trabalho, sempre divertido e fazia questão de me cumprimentar, mas como nada é perfeito demais, o inferno começou.

Ele tinha um péssimo hábito que escutar rock com o som nas alturas, o que perturbava meu sossego, e já tinha perdido as contas de quantas vezes fui la, exigindo que respeitasse as normas do condomínio, eu gosto de sossego, odeio quando as coisas saem do controle, ele era novo ali, mas pude perceber que era muito folgado. O rock era o de menos, problema mesmo era as mulheres, só o que eu vi saindo do apartamento em 1 mês foram 3, pelo visto, bombeiros era fantasia de muitas e ele parecia aproveitar muito bem isso.

Sexta-feira, a semana tinha sido cansativa, então só tive tempo de organizar meu ap hoje. Após tudo organizado, desci para a lavanderia que o prédio disponibiliza para os moradores, ao sair no corredor, notei o silêncio, respirei aliviada, o folgado deve ter saído ou está trabalhando, hoje terei meu merecido descanso.

Estava ocupada separando minhas roupas, quando de repente...

-Hey lindeza, coincidência você por aqui.- Hélio falou no meu ouvido, me causando o maior susto.

-PQP, você não deveria chegar assim do nada, se eu tivesse um problema de coração teria morrido.

-Você é muito estressada Bia, só estava brincando.