E todos saúdam o Rei

4.4K 369 1.4K
                                    

"The truth is more important than the facts." - Frank Lloyd Wright


Marinette não lembrava quando foi que topou aquela ideia maluca. Mas lá estava ela, no metrô com a Alya, indo em direção à casa da mesma. Durante a noite iriam a um clube secreto, lugar para onde a avermelha fugia nas madrugadas. Seus pais a colocariam de castigo pelo resto da vida se soubessem o que ela estava prestes a aprontar.

- Descemos na próxima estação. – Alya anunciou. A garota morava no distrito norte da cidade. Não ficava muito longe, apenas dois bairros de distância. Os pais de Alya viajavam bastante, sua mãe era uma grande chefe de cozinha e seu pai advogado, então a garota raramente voltava casa aos finais de semana.

Os alunos que tinham família na cidade possuíam o privilégio de voltar para casa aos fins de semana. Mas infelizmente, Marinette não tinha esta sorte. Sua família estava a horas de distância.

- Vamos Mari, é nosso ponto. – As duas amigas desceram na estação e subiram as escadas da estação de metro até saírem para a rua cercada de grandes prédios. As garotas seguiram a pé por um tempo, até chegarem a uma rua repleta de mansões. Seguiram andando passando por algumas casas até que pararam em frente a uma grande e clara com um jardim extenso.

- Então... é aqui. – Ela apontou para a casa e o queixo da azulada veio chão. O lugar era gigantesco, sua antiga escola cabia inteira naquele lugar. A família da amiga realmente era bem rica. Alya abriu o portão e as duas seguiram pela estradinha até a porta da casa. Antes mesmo de chegarem à porta, uma mulher sorridente a abril.

- Amorzinho, que saudades de você! – A mulher agarrou Alya a abraçando.

- Oi mãe...Saudades também. – A garota era sufocada pela mais velha.

- E você, deve ser a Marinette não é? – A Sra.Césaire largou a filha que estava sendo sufocada em seu abraço e partiu abraçar a mestiça, lascando um beijo em cada lado de seu rosto.

- É um prazer conhecê-la Sra.Césaire. – Respondeu Marinette quando a mulher a largou.

- Ai que fofa. Venham meninas, devem estar com fome. – A mãe de Alya arrastava as duas para dentro.

A Sra.Césaire era extremamente parecida com a filha, ou melhor, a filha era parecida com ela. As poucas diferenças se davam nos cabelos da mais velha, que eram curtos, e na ausência da pinta acima das sobrancelhas que Alya tinha.

Adentrando na casa da avermelhada notou o quanto o lugar parecia ainda maior por dentro. Os cômodos eram extensos e as paredes possuíam tons claros. As duas amigas passaram pela sala de estar e foram guiadas pela anfitriã até a cozinha.

- Sentem-se meninas. – A Césaire mais velha indicou os bancos a frente do balcão da cozinha. As duas garotas obedeceram. – Preparei um lanchinho para vocês. Espero que goste de Suflê, Marinette. É a comida favorita da Alya, desde que ela estava na minha barriga, o desejo era tanto que achei que ela nasceria com a carinha de um. – A mulher soltou um risinho.

- Mãe!

- O que foi meu docinho?



O quarto de Alya era bem diferente do que Marinette imaginava. Ela pensava em paredes cor de rosa, uma cama grande e a decoração de uma princesa. Afinal, como a garota descrevia a forma que os pais a criaram, como uma princesa, não imaginava algo diferente.

Keep moving slowOnde histórias criam vida. Descubra agora