Onze

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Ted


Os dias foram passando e passando sem nenhuma boa notícia. Enzo pouca coisa falava por mensagem  - um péssimo sinal - e também, os problemas do acampamento. Quase todo dia um campista partia ou uma atividade deixava de ser praticada. Era triste.

Escalada de muro com lava : ninguém frequentava mais.

Captura a bandeira atraia cada vez menos pessoas.

Guloseimas após o jantar era sempre acompanhada de uma fogueira negra. Toda vez que as chamas ficavam dessa cor, era sinal de luto. Porém, o que estava morrendo ali era o acampamento.

Naquela manhã fui ao encontro de Percy em seu chalé, ele parecia verdadeiramente triste.

- E ai cara? - falou ele ao abrir a porta.

- Ah, oi - falei entrando - vim trazer o que Enzo pediu falar de Aghata. 

Aquilo era uma total besteira pois Aghata não fazia nada  de errado. Era simpática com todos e parecia feliz ali. Mas não queria desapontar Enzo.

- Ela não tem nada de especial.É totalmente normal, para alguém como nos e continua indeterminada.

- obrigada cara - disse Percy distraído. 

- Esta tudo ok? - perguntei 

- na verdade não está tudo errado, não temos sossego,ajuda ou motivação. Quíron partiu campistas nos deixam, quase todo dia. Eu não posso fazer nada.

- você ja fez de mais por todos nos. - argumentei -um dos maiores Heróis gregos , salvou oo mundo duas vezes !

 - E agora estou impotente . É ainda tem .. - ele parou e respirou fundo. - minha mãe, ela está doente. 

- por zeus !

- deveria esta cuidando dela..

Após alguns momentos em total silêncio falei :hoje 

- Deveria ir ver sua mãe.

- E o acampamento ?

- ele sobrevive.

- não quero abandonar vocês.

- sua mãe precisa mais de você agora.  Ficaremos bem.

- Certo - Percy falou coçando a cabeça. - irei pensar mais sobre isso, obrigado Ted.

- De nada Percy - falei saindo para o pátio, onde encontrei Cecil e Aghata em uma varanda.

Cecil segurava um livro em grego e Aghata tentava ler.  Hoje ela estava de rabo de cavalo e a camisa do acampamento  dava um contraste maior a sua pele branca.

- Isso é tão dificil - exclamou Aghata - estou com dor de cabeça! 

- vai melhorar - consolei ela sentando ao seu lado - só é pegar o jeito.

Cecil arrumou os óculos no rosto e permaneceu calada.Óbvio que não era muito fã de Aghata.

- Temos que fazer algo pelo acampamento - sugeriu ela.

-  tipo o que? - perguntou Aghata.

- Algo que lembre aos campistas que esse é o nosso lar e não devemos desistir  dele.

- mas os deuses ... - comecei falando mas ela interrompeu 

- conseguiremos sem eles, faremos por nos. - ela respirou fundo e falou. - já tenho uma ideia. 

   [...]

Era hora do jantar, olhei para Cecil que me incentivou a continuar.

- Campistas ! amanhã é sexta feira.

Todos me encaravam, tentei não ficar vermelho.  

- dia do capture a bandeira. 

- Isso é uma piada !- gritou um campista de Ares. 

- piada é  o que nos tornamos . - falei irritado - podemos mudar as regras ! 

- para o que?

 - o chalé, ou chalés, que vencer será o líder do acampamento até a semana que vem. 

- Com muitos sussurros, as pessoas começavam aprovar a ideia.

- serão 5 times, se caso ocorrer, o chalé pode ficar sozinho. Só há uma regra.O time que capturar mais bandeiras é o vencedor.

- E as patrulhas?

- uma pessoa de cada chalé ficará de fora do jogo, na defesa do acampamento - falei agora mais confiante.

E com isso, foi de aceitação geral.

- Bom hm.. até amanhã pessoal !

Fui até Cecil e lhe dei um grande abraço.

- Você é incrível - falei para ela que sorriu desconcertada.

- eu me esforço - falou sem jeito.

- amanhã podemos nos aliar - disse e então percebi seu olhar triste - está tudo bem ?

- Nossos chalés pode se unir mas eu não vou está aqui. Estou indo em bora.

Os filhos de Apolo e a ruína dos deuses ( livro 3 )Onde histórias criam vida. Descubra agora