Not Just Friends || Daniel Seavey

#19

Deixa eu atrapalhar vocês rapidão.

Eu queria dizer que vocês não precisam se preocupar comigo (caso estejam preocupados) pois isso que está acontecendo com a Aaliyah é só um jeito que eu achei das coisas irem pra frente (um pouco pesado, mas tudo bem). Eu estou bem, okaay?!

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Pov Aaliyah

Loren: Aaliyah! --Gritou minha mãe, batendo na porta. --Aaliyah!! Acorda, filha!

Abri os olhos com dificuldade, e respondi com voz de sono:

Me: Quê?

Loren: Eu e seu pai vamos... em um lugar.

Me: Onde?

Loren: Um lugar ai. Tem comida na geladeira, tá bom?

Me: Tá.

Eu voltei a fechar os olhos, mas logo abri de novo. Olhei ao redor e vi um braço envolta de mim.

Daniel.

Me: Daniel! --Disse me virando de frente para ele. Ele dormia profundamente. Não pude deixar de sorrir pois ele estava muito fofo. --Daniel!

Dei batidinhas leves em seu rosto, mas ele nem se mexeu.

Me sentei na cama e chacoalhei ele.

Me: Daniel!! -- Disse quase gritando.

Daniel: Cinco minutos, mãe.

Me: Nãnaninanão! Pode ir acordando, mocinho!

Ele abriu os olhos e pareceu assustado ao me ver.

Daniel: Aaliyah?! O que que cê tá fazendo no meu... Espere, esse não é o meu quarto.

Me: Não, é o meu. Enfim, meus pais saíram, então é melhor você ir.

Daniel: Onde eles foram? --Disse se sentando também.

Me: Não sei. Minha mãe disse "Em um lugar". Tenho a impressão de que, quando eles voltarem desse tal lugar, eles não serão mais meus pais. --Eu disse e fitei o cobertor. Logo minha visão fica borrada por causa das lágrimas. Elas só surgem, assim do nada. Eu não as controlo mais desde os 14 anos.

Daniel: Claro que não, eles vão sempre ser seus pais... Aaah, tá. --Pausa de cinco segundos. -- Tá bem, já está chorando de novo. Tudo bem, eu cuido disso. Vem cá.

Ele me puxou para um abraço. Eu deitei a cabeça no peito dele, mas me forcei a não chorar, oque foi bem difícil. Levantei a cabeça e disse:

Me: Estou bem, é melhor você ir.

Daniel: Tem certeza?

Me: Tenho.

Parte de mim gritava: Não vá, por favor! Mas eu forcei essa parte a ficar calada.

Levei ele até a porta do apartamento.

Daniel: Tchau, meu amor. --Ele disse me dando um beijo na minha cabeça. Meu amor. Ninguém nunca me chamou assim, só meus pais e a Alissa quando está brava comigo (quando está de boa é: vaca, viada, etc.). --Não faça nada estúpido.

Me: Vou tentar. -- Era oque eu queria ter dito, mas oque eu realmente disse foi: Pode deixar.

Daniel: E larga dessa cocaína ruim, hein?**

Me: Tá bem. --Eu disse rindo um pouco.

Ele saiu e eu tranquei a porta. Permiti que as minhas lágrimas descessem.