Capítulo 6

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Heloisa on

Helo: AGORA É GUERRA.- Meu sangue fervia e minha sede por sangue aumentava.- SEM MISERICORIDA.

Japa: Heloisa vai com calma, não tá pensando direito.- diz de forma calma mais sem olhar nos meus olhar... ele está com medo.

Helo: E você acha que ele raciocínio?Se toca Luan, acorda. Aquele filho da puta matou nosso amigo, ele cortou a cabeça dele e sem piedade expôs para os nossos filhos.- vocifero.

Rafa: Heloisa tem razão, ele não merece pena.- sua voz é amargurada.

Helo: A temporada de caça começou rapazes.- um sorriso malicioso e perverso surge em meu rosto.

Rafa: Vamos a caça.- sou sorriso é tão maldoso quanto o meu.

Japa: O Grego sabe disso ?- sua voz é fraca assim como ele.

Helo: Você não precisa participar disso, mais eu apenas quero que sofra tanto quanto meus filhos sofreram.- as palavras tem um gosto amargo na minha boca.

Japa: Não deixe que uma vingança cegue vocês. - como pode ser tão zé ruela ? Meu Deus.

Helo: SANTO DEUS LUAN. - minha vontade é de esganar ele.- Imagina se ele matasse a SUA MULHER, imagina que ele decapita a cabeça dela e expõe da pior forma pra você e o seu filho ? Imagina, porque é isso que ele vai fazer se a gente não matar ele.

Japa: E-eu...- sua voz vacila e ele fica envergonhado ao saber o quanto tolo estava sendo.- Tem razão.

Rafa: E como vamos começar ?- diz animado

Xxx: Começar o que ?- a voz áspera faz minha pele arrepiar.

Pelo canto de olho vejo meu marido me olhar com certa curiosidade. Embora Henrique nunca  interferisse em uma ordem minha, ele queria que eu ficasse longe disso, mais já era tarde demais. Eu já estava envolvida e  não sairia por nada.

Grego: Já conversamos sobre isso, você não vai se envolver.- ele me encara irritado.

Helo: Já me envolvi e agora vou até o fim.- digo com convicção e ele cede.

Grego: Então você tem certeza ? Porque eu não tô afim de enterrar a minha mulher.- esbraveja e todos saem da sala nos deixando sozinho.

Helo: A única pessoa que vamos enterrar é aquele verme.- não podia conter minha raiva.

Observo o Henrique, bermuda tactel, kenner no pé, sua camiseta no ombro e o cigarro de maconha na mão. Ele escondia o cabelo bagunçado com a ajuda do seu boné mas sua arma na cintura era visível. Henrique não parecia ter envelhecido, parecia até mais novo mas só eu sabia o quanto ele envelheceu por dentro.

Grego: Como vamos fazer no velório do Gui?- diz sério.

Helo: Por favor, tem certeza ? Pra mim isso é só uma forma dolorosa pra nós dar mais sofrimento. Ele morreu, vamos apenas enterrar.- digo pensando nas lágrimas da dona Luiza, mãe do Gui.- Não quero ver a dona Luiza chorando mais, não precisamos de falsas pessoas no velório, dizendo falsas palavras e falsos sentimentos. Ele não precisa de cerimônia para ser lembrado em nossos corações e mentes, vamos deixar ele descansar em paz.

Grego: Tem razão.- ele se aproxima de mim e me abraça.

Ficamos ali, de pé um entrelaçado no outro. Podia sentir e ouvir as batidas aceleradas no coração do Henrique, isso me acalmava e me dava sensação de segurança e conforto. Nossas bocas se encontro e eu sinto o gosto da maconha em sua boca, nossas línguas dançavam e nossos corpos entravam em sintonia. Pena que durou pouco.

Amor e Odio   2°tempOnde histórias criam vida. Descubra agora