Capítulo 48

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Helo on

Com o coração acelerado, a visão embaçada e com a cabeça a milhão, entro dentro do hospital em que se encontrava o Magrin. Eu passo reto pela recepcionista que chama minha atenção de forma discreta, vou andando pelos corredores e observando os quartos a procura do dele. Eu sentia meu orelha pulsar e meu rosto estar extremamente quente. Meu coração se aperta cada vez mais, eu jamais quis que isso acontecesse, sinto meu coração partir quando penso no pior.

As lágrimas descem descontroladas, tento me controlar para não cair em um choro convulsivo mais fica cada minuto mais difícil . Quando viro mais um corredor, vejo o Rafa sentado em um banco. Corro até ele que me envolve em um abraço apertado.

Helo: Já tem notícias sobre ele - digo com a voz fraca.

Rafa: Ainda não, estão fazendo uma par de exames nele.- diz sério.

Helo: Isso é culpa minha, eu não deveria ter feito isso.- minha voz vacila.

Rafa: Tu vacilo mesmo, mais eai, tu gosta mesmo dele. Eu vejo que o que vocês tinham era real parceira mas tu estragou tudo, você se preocupava tanto em ainda sentir algo pelo Grego que esqueceu de se concentrar no que você sentia pelo meno.- ele se volta a sentar e encara o chão branco.- Nunca pensei que que tu fosse capaz de fazer o que fez.

Sem saber o que dizer, sento na cadeira dura e penso nas palavras do Rafael, ele tinha razão. Em todos esses meses eu não podia negar o quanto eu sentia ciúmes de ver as piranhas se engraçando pro lado do Magrin, eu adorava suas palhaçadas e o seu jeito de lidar com os problemas. Só agora eu percebo o quando eu fui burra, eu realmente o amava mas estava tão preocupada em o que eu podia ainda sentir pelo o grego que nem se quer, percebi o que meu coração queria naquele momento.

As lágrimas voltam a descer, ele não poderia morrer, eu tinha que ser sincera com ele, eu tinha que falar tudo que eu tenho para falar com ele. Vejo um médico se aproximar, vindo em minha direção. De forma rápida eu seco minhas lágrimas e me ponho de pé, o médico me encara de cima a baixo observando meu estado deplorável. Não passava de mais um playboyzinho metido a besta, porque a cara que ele me encara e encara o rafa, é de dar nojo.

Médico: Vocês são familiares do paciente Carvalho ?- ele diz de modo superior que me deixa furiosa.

Helo: Somos.- uma mentirinha não mata ninguém, não é mesmo ?

Médico: Ele está bem, nenhuma ferida grave. Ele precisa apenas de descanso e eu recomendo que não façam com que ele se estresse. No momento é melhor que ele não receba visitas, já que ele precisa descansar.- Antes que eu possa falar qualquer coisa, ele simplesmente dá as costas e sai andando com um ar superior.

Enquanto o Rafa conversa como uma enfermeira, saio de fininho e  vou andando pelos corredores procurando o quarto do Magrin. Quando vejo o quarto 379 não consigo conter um sorriso, antes de entrar eu olho para os lados para me certificar que ninguém vai me entrando e acabar me caguetando para aquele médico escroto.

Abro a porta devagar, olho e volta e observo o quarto com uma iluminação fraca, janela fechada com cortinas sem graça e sem vida, uma sala com uma poltrona e alguns aparelhos médicos. Parecia ser tão pequena e vazia. Quando olho para a cara me deparo com a cabeça do Magrin enfaixada, sinto meu coração se despedaçar. Tudo isso é culpa minha, meus olhos lacrimejam e eu me aproximo dele.

Ele parecia tão calmo, pego sua mão e a aperto, levo até o meu coração e deito em seu peito. Choro por tudo, por ter sido tão burra a ponto de estragar uma vida com esse homem incrível na minha frente.

Helo: Por favor, me desculpa.- choramingo com a voz fraca.- Eu te amo do mundo do meu coração, eu só queria que você estivesse acordado para me ouvir e ver que eu te quero ao meu lado pro resto da vida. Espero que possa me ouvir e ver que minha declaração é sincera.

Amor e Odio   2°tempOnde histórias criam vida. Descubra agora