Capítulo 35

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Grego on

Estava sentado na calçada com uma cerveja na mão, eu estava desesperado. Eu não tinha mias soldado algum, não tinha mercadoria, não tinha lucro, não tinha nada. Nem mesmo a minha família e a mulher que tanto amo e que tanto vacilei. Com os olhos marejados tento espantar para longe as lembranças da helo de minha mente, eu pensava em como deixei uma vida por apenas alguns minutos. Suspiro, todos no morro me veem como um pobre coitado que perdeu tudo para a ex mulher e talvez eu seja esse indivíduo que eles pensem.

Dou um gole na minha cerva e me levanto, vou caminhando em direção ao meu cafofo quando vejo um monte de homens armados até os dentes subirem o morro. Todos com olhares sérios e disciplinados, por alguns segundo tenho a esperança de que entre esses homens que nunca vi no morro estejam meus soldados e me digam que vão voltar a trabalhar, mais tudo não passa de um sonho. Em frente a todos os homens armados, está duas pessoas de mãos dadas e sorrisos debochados.

Quando seus olhos encontram o meu eu me sinto paralisado. Ela continua a sorrir mas a pessoa que esta ao seu lado não sorri mais, seus olhos estão cravados em mim, ele passa os braços volta do pescoço da Heloisa fazendo seus corpos ficarem grudados. Coitado, não se garante com o malaquias que tem.

Assim que ela se aproxima faz um gesto com a mão como uma ordem para os seus acompanhantes rondarem pelo morro. Sinto meu estômago embrulhar.

Helo: Enfim tudo isso acabou.- ela olha para o homem ao seu lado e depois para mim.- Magrin, faça as honras.-

Sem entender nada, o cara vem pra cima de mim e da um soco na boca e logo em seguida um na costela, seus socos são tão rápidos que mal consigo revidar. Ele me coloca de joelhos e a heloisa se agacha para ficar cara a cara comigo. Ela observa meu rosto, minha boca está sangrando e tem um corte em minha sobrancelha que está ardendo. Ela me olha da mesma maneira que me olhou a 17 anos atrás quando eu briguei com o Th pela primeira vez, mais agora é diferente, ela não vai ficar do meu lado agora porque dessa vez ela é o meu inimigo.

Grego: Quem vê sua cara agora nem imagina que esta prestes a me matar.- dou uma risada nervosa.

Helo: Magrin, leva ele para a salinha. Por favor.- ela se levanta sem dizer uma palavra direcionada para mim e antes de sumir de vista, ela me olha novamente e diz- Até logo.

(. . .)

Eu não sabia qual era a da Helo e nem sabia qual era as intenções do tal Magrin com minha mulher, quero dizer, ex. Ando de um lado para o outro na maldita salinha que antes eu e a Heloisa usava para torturar aqueles que agiam na pilantragem com a gente.A porta se abre e meu coração dispara, eu a encaro de cima a baixo. Estava linda mas seu semblante estava sério. Ela estava de short e uma camiseta preta masculina, estava de chinelo e o cabelo preso em um rabo de cavalo.

Helo: Acho que a essa altura você sabe que não irei te matar.-  ela puxa a cadeira e se senta olhando para o chão como se fosse a coisa mais importante do mundo.

Grego: Eu tinha minhas dúvidas.- eu deveria me sentir aliviado mas não estou, acho que algo muito pior que a morte me espera.

Helo: Não faço isso por você se é isso o que esta pensando, faço pela sua mãe que não merece a dor da perda de um filho e pelo os seus filhos, independente de tudo você é pai deles.- sua voz soa suave mas afiada como as lâminas de uma faca bem afiada.- Mais a partir de hoje você não comanda mais este morro, eu te darei duas escolhas e você faça a qual achar melhor desde que não saia da linha. Poderá viver no morro desde que não faça nenhuma gracinha com o Ricardo ou se ache no direito de exigir qualquer coisa ou pode sair do morro e seguir sua vida como bem entender, mais não poderá voltar. óbvio que poderá ver seus filhos e sua mãe mas não nesse morro.- ela me encara com um olhar indecifrável.

Grego: Ricardo. Esse é o nome dele ? - era a única coisa que eu conseguia raciocinar.- Já não me ama mais ? Você pelo menos o ama ?- tento não demonstrar o quanto estava abalado com isso.

Helo: Ele pelo menos me respeita, não faz nada que poderia me magoar.- sua voz entrega o quanto esta incomodada.- Aliás, ele me conquista cada dia mais.

Grego: Esse era seu plano não era ? Se passar por fiel do Th para destruir nos dois e você conseguiu.- eu sentia meu coração apertar cada vez mais.

Helo: Era o único jeito de proteger aqueles que eu amo.- ela desvia o olhar.

Grego: Isso inclui a mim ?- ela não responde e eu crio uma esperança.- ME RESPONDE HELOISA, EU PRECISO SABER.- Bato a mão na parede mas ela continua no lugar em silêncio.

Helo: Já falei os motivos pelo quais não irei de matar.- ela se levanta e vai em direção a porta.

Vou até ela e a seguro pelo braço, a encosto na parede e faço com que ela me encare nos olhos. Eu sabia que não era isso que ela queria para nós, eu sabia que no fundo ela ainda me amava, eu só queria ver essa parte para que eu fosse atrás do meu objetivo.

Grego: Helo, meu amor.- eu tinha que me abrir e falar tudo o que sinto.- Olha pra mim, me diz que você ainda não pensa em mim, porque eu penso em você e muito. Sei que errei e eu escondi o meu filho porque sabia da burrada que havia feito, mais eu sabia o quanto eu te amava e queria te proteger dessa dor e ser feliz ao seu lado para o resto da vida. Não desiste de mim Heloisa, me mostre o caminho certo.- imploro.

Helo: Olha a minha cara de reabilitação para gente problemática.- ela fecha os olhos e tenta se soltar.

Grego: Eu sei que me ama, ele não vai te tratar como eu te tratei. Ele jamais te amará como eu amo. - eu estava desesperado.

Sem pensar eu a beijo e por alguns minutos ela vacila e se entrega. Mais como tudo que é bom dura pouco.

Helo: VOCÊ NÃO SABE DE NADA.- ELA ME CHUTA E SE SOLTA.- VOCÊ NÃO É CAPAZ DE AMAR HENRIQUE.

Ela me magoa ao dizer essas palavras, mais quando ela deixou se entregar pelo beijo eu só conseguia pensar em uma coisa: AINDA TINHA ESPERANÇA.


EAI MEUS AMORES

                TIME HENLO ( HENRIQUE E HELO) OU TIME MALO ( MAGRIN E HELO )

Amor e Odio   2°tempOnde histórias criam vida. Descubra agora