Capítulo 51

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Helo On

Hoje era dia de baile na comunidade,  geral estava animado, exceto a nossa noite. Em vez de uma noite estrelada e cheia de calor, temos um céu nublado e um vento gelado e nem mesmo isso é capaz de apagar o fogo no cu das piranhas da quebrada. Todas estavam com os rabos de fora, salto 15 e croppeds que pareciam restos de sutiãs. Um grupo de garotas passam por mim e pelo meu marido e ainda tem a audácia de mandar beijinho e dizer "me liga gato". Naquele momento senti meu sangue ferver e minha vontade era encher a cara daquele lombriga desnutrida de murro mas Magrin me segurou e não deixou o ibama me processar por maus tratos anos animais.

Chegamos perto da quadra que haviam pintado de vermelho e daria uma bela foto. Peço para alguma pessoa aleatória tirar uma foto minha e do Magrin. Edito a foto e posto no meu instagram.

Com nós quem quiser  e contra nós quem puder. 🤑👫

Quando o Magrin me abraça, vejo ele fazer careta e vociferar algum palavrão no qual não escuto direito devido ao barulho

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Quando o Magrin me abraça, vejo ele fazer careta e vociferar algum palavrão no qual não escuto direito devido ao barulho. Ele me encara de cara feia e toca minha cintura, de cara fechada espera uma explicação da minha parte.

Helo: Que foi ? Melhor prevenir do que remediar.- dou de ombros e fecho a cara.

Magrin: Já conversamos sobre isso. Me da essa arma Heloisa.- ele diz com uma expressão tão tranquila e calma

De cara amarrada, eu tiro a arma da cintura e entrego para ele. Ele sorri e coloca a arma na cintura dele. Vamos para o camarim, vejo todos beber enquanto eu bebo suco de laranja. Me sento uma criança saindo com o irmão mais velho para garantir que ele não vai beber.

Enquanto Magrin conversando com alguns aliados de outras favelas, eu observava a movimentação do baile. Eu sentia que algo ruim ia acontecer, já tinha notado que faltavam alguns soldados e os que restavam estavam estranhos de mais quase alienados demais. Mando um toque pro japa e pro rafa para que eles possam ficar ligeiros e que qualquer coisa ainda mais estranha eles me mandem um toque. Por alguns míseros segundos eu me distraio e foco toda a minha atenção no Henrique, ele estava lindo sorrindo enquanto bebia e conversava com uma mulher muito bonita por sinal mas eu nunca tinha visto ela por aqui e não tinha nenhuma cara de patricinha. Quando você comanda um morro, é normal que desconfiar de qualquer estranho que venha aqui.

Começo a notar uma movimentação estranha, logo não encontro mais nenhum soldado meu por perto e isso me preocupada. Coloco a mão na cintura e lembro que o Magrin pegou minha arma, respiro fundo tentando não explodir de ódio. Quando me viro para trás já não encontro mais o Magrin, eu simplesmente estava sozinha naquele camarote. Volto meu olhar para a multidão em busca de um rosto familiar e meu coração vai a boca.

Helo: HENRIQUEEEEEEEEEE.- já era tarde demais.

Ele me lança um olhar confuso e em seguida a mulher que até então conversava com ele enfiou uma agulha em seu pescoço. Ele cai nos braços de um cara enorme e careca, seu semblante estava fechado. Mais uma vez olho para o Henrique que esta com um semblante suave e é carregado feito um saco de batata.

Ouço tiros ecoarem e logo o caos e gritariam preenchem meus ouvidos. Pessoas correm para todas as direções, gritam e levam tudo que vem pela frente com medo de serem atingidas ou serem feitas de refém. Nesse momento não consigo pensar em nada, ver nada. Corro sem rumo a procura de algo que possa me ajudar a revidar esses cretinos que seja lá quem for.

Acho um dos meus soldados caídos, não vejo nenhum sangramento e me sinto mais aliviada. Vou de encontro com ele e coloco seu braço em volta do meu pescoço. Ele esta com os olhos semi abertos e balbucia palavras que suponho ser "obrigado". Se não me engano, todos o chamam de K3, ele me entrega o seu fuzil e eu fico atenta.

Com tantas pessoas correndo entre mim e ele que chego a ficar zonza, eu não sabia para onde ir ou em quem atirar. Minha mente estava um turbilhão de pensamentos.

De repente sinto o K3 tombar, seu corpo pesa sobre o meu e vejo minha mãe ensanguentada. Não podia acreditar no que acabou de acontecer, ele havia dado a vida dele pela minha. Com fúria, eu encho a cara do desgraçado que sorria ao ver uns dos meus soldados cair no chão morto, eu podia ver toda a sua maldade em seu olhar e isso só foi mais um motivo para eu pipocar a cara daquele filho da puta.

Quando ele cai, noto que em seu pulso havia uma fita preta, a mesma que aquela vagabunda estava usando quando dopou o Henrique. Devia ser assim que eles se identificavam, vou atirando em todos aqueles que usam a fitinha preta, sem dó e muito menos piedade.

Meu coração se despedaça, vejo meus filhos serem colocados em carros pretos e irem embora a toda velocidade. Depois são o rafa e o japa junto do magrin, logo em seguida meus sobrinhos junto da minha irma e minha melhor amiga. Todos somos da minha vista.

Me sinto impotente, meu coração sangra. Meu sangue esta tão quente que sinto minha orelha latejar e meu rosto ferver.

Olho em volta e não me resta nada a não ser os estragos da bala, homens mortos caídos e o cheiro do meu fracasso.

Caio de joelhos no chão, as lágrimas são a minha derrota, me sinto fraca.

Helo: Sua burra, burra, burra..- levo as minhas mãos até o cabelo e sinto vontade de arranca-los.- Como pude baixar a guarda, como pude ser fraca ?- me xingo e bato minhas mãos no chão diversas vezes.

Sinto minha mão doer de forma insuportável, sangram e suas feridas ardem mas nada me machuca mais do que saber que minha família foi tirado de mim diante dos meus olhos. Grito até sentir dor, logo as lágrimas secam e sinto uma pancada enorme na minha cabeça. Meu rosto se choca contra o chão e eu apago sem ter a mínima ideia do que me acertou.

EITA PORRA, QUE CAPÍTULO FOI ESSE ? O que vocês acham que aconteceu ? Quem está por trás de toda essa desgraça ? Comentem e votem meus amores e logo eu posto o próximo capítulo que fará vocês delirarem.

Amor e Odio   2°tempOnde histórias criam vida. Descubra agora