Capítulo 38

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Helo on

Eu me sentia totalmente exausta, a dias que não durmo com os pensamentos longe da realidade. Mal consegui dormi esta noite pensando  que hoje seria como um dia de glória e paz para mim, hoje era o dia da morte do Th e isso me fazia me sentir bem e ao mesmo tempo não. Nunca havia percebido que com a morte do Th uma parte da minha vida se encerraria de vez e uma nova etapa começaria, e isso me assustava.

Meus filhos já haviam se acostumado com o Magrin morando e comandando o morre, a forma como eles o tratavam e eram tratados me deixava admirada. Grego continua morando no morro com a Dona Carla, sua mãe. Vem ver as crianças sempre que pode, ainda tem um clima tenso entre o Grego e o Arthur. Arthur costumava ver o pai como um herói e hoje já não o vê com os mesmo olhos e isso me deixa triste, deve ser horrível perde a admiração de um filho.

Levanto da cama e encaro o Magrin que ainda dorme, levanto sem fazer o minimo de barulho possível e vou tomar um banho e me arrumar. Meus filhos já estavam de pé, comendo e cochichando sobre alguma coisa na qual eu não entendo. Eles me encaram e me desejam bom dia com seus sorrisos lindo, dou um beijo em cada um e me junto a eles. Para um dia tenso e complicado, parecia apenas um domingo de paz com a família e era momentos assim que eu amava e valorizava. 

Isa: Mãe, sabe que não precisa fazer isso, não sabe ?- ela me diz e me encara com seus olhos atentos.

Helo: Eu sei minha filha, mas eu quero olhar nos olhos dele e ter o prazer de matar aquele verme que a tanto tempo veio causando dor e sofrimento não somente a mim como na minha família.- desvio o olhar e me concentro no meu pão.

Arthur: E o pai ? Ele também vai estar lá ?- sua voz soa amarga e isso me deixa triste. Se tinha uma coisa que eu não queria, era ver meus filhos tratando seu próprio pai com tanta indiferença, mesmo que ele tenha errado feio ele ainda continua sendo pai deles.

Helo: Sim Arthur, eu não fui a única que th teve o prazer de infernizar por tanto tempo. Acho que seu pai também merece puni lo.- dou de ombros mas ele continua a me encarar.

Arthur: E o que vai acontecer com aquele babaca ? Ele vai ficar solto por ai ? O Léo não pode se safar, aquele pilantra abusou da inocência da Isa e ...- ele não tem a chance de terminar de falar.

Isa: Ele foi um idiota mais Arthur, ele é nosso irmão e filho do nosso pai. Você não acha que mata lo poderá afetar nosso pai ? - diz com certo incomodo.

Helo: Chega vocês dois, eu fui clara o suficiente que ele não seria morto e que ele voltaria pro bueiro de onde saiu.- encerro o assunto e um clima tenso cai sobre aquela cozinha.

Enquanto dou uma conferida no pagamento dos moleques que trampam no morro, pedi para que os moleques levarem o Th até a salinha onde grego e eu torturávamos gente como ele. Quando estou prestes a me levantar, sinto mãos grandes e firmes massagearem meus ombros, naquele momento parecia que havia sido tirado um grande peso das minhas costas. Olho para trás e o Magrim me abraça e sorri, aquele sorriso me deixava desnorteada.

Magrim: Ta na hora de ir.- ele me abraça forte e me da um cheiro.

Helo: Eu sei.- dou um suspiro e encaro o chão.

Magrim: Ei..- ele coloca suas mãos em minhas bochechas e encosta sua testa na minha, seus olhos estão fixos nos meus e isso me passa uma tranquilidade enorme.- Você não precisa fazer isso se não quiser, você é forte e incrível. Chegou onde muitas nem chegaram perto, tu é tão inteligente e cuida desse morro tão bem que tu me enche de orgulho. Não precisa provar nada para ninguém e eu sei que tu é forte, não precisa você matar o Th para provar mas se me garantir que você está bem e quer continuar, te prometo que estarei ao seu lado de dando forças.- ele sela nossos lábios e depois me enche de beijos no pescoço fazendo eu soltar algumas risadinhas.

Amor e Odio   2°tempOnde histórias criam vida. Descubra agora