Capítulo 2

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Ao som estridente do despertador, Leon desperta, os olhos ainda pesados de sono. Um olhar rápido para o relógio revela que já são quase 14:00. Com um impulso, ele salta da cama e se dirige rapidamente ao banheiro. Após um banho revigorante, ele se encara no espelho — a imagem de um jovem decidido, mas com um leve traço de preocupação nos olhos. Escolhe uma regata leve, um short confortável e calça seus tênis, prontos para a aventura do dia.

Ao abrir a porta que dá para o deslumbrante jardim da mansão, é como se o mundo se iluminasse. As flores explodem em cores vibrantes, criando um verdadeiro mosaico sob a luz do sol. O perfume adocicado das pétalas se mistura ao canto dos pássaros, formando uma sinfonia natural que faz seu coração acelerar. Mas hoje, ele não tem tempo para admirar a beleza ao seu redor.

— Opa! Para onde você pensa que vai sem me dar um abraço? — Estela, a cozinheira da casa e sua segunda mãe, aparece como uma tempestade de alegria.

Leon sorri instantaneamente ao vê-la. Ela não era apenas uma funcionária; era sua confidente e protetora desde os primeiros dias de vida.

— Dona Estela! — Ele a envolve em um abraço apertado, levantando-a do chão num gesto carinhoso.

Ela ri com os olhos brilhando de felicidade.

— Cuidado! Assim você me derruba! — brinca Estela enquanto tenta se equilibrar.

Leon a coloca gentilmente no chão e sente o calor no peito ao perceber como ela se ilumina ao seu redor.

— Você precisa parar de sair com esses amigos farristas. Não gosto de ver você assim tão magro! — diz ela com preocupação, dando tapinhas na barriga musculosa dele.

Ele revira os olhos, tentando evitar a conversa desconfortável.

— Estou bem! — responde com um sorriso que mal esconde sua frustração.

— É tão bom ver você assim, crescido. Parece que foi ontem que eu te carregava nos braços — diz Estela com ternura, acariciando seu rosto.

Leon segura sua mão e a beija suavemente.

— Você sempre será como minha segunda mãe — afirma com sinceridade antes de abraçá-la novamente.

— Agora vá! E não esqueça: volte logo para almoçar! — ordena ela com um sorriso firme.

— Puxa vida — murmura Leon enquanto corre em direção à saída da mansão. O coração bate acelerado; sua mente fervilha com pensamentos sobre o que está por vir. Ele estava faminto — não apenas por comida, mas por respostas e pela conexão com seus amigos.

Ao atravessar o jardim, ele sente uma mistura de ansiedade e expectativa crescer dentro dele. A ideia de conversar sobre tudo o que está acontecendo em sua vida é tanto assustadora quanto libertadora. O almoço prometia ser delicioso — talvez aquele prato especial que Estela sempre fazia quando algo importante estava prestes a acontecer.

Com cada passo em direção à rua ensolarada, Leon se prepara para enfrentar o dia e tudo o que ele reserva.

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