Capítulo 32

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Leon...

Seu nome se repete em minha mente quando fito seu rosto que ainda não conseguia ver com clareza... tudo estava embaçado, o efeito da maldita bebida não passava.

— Estou literalmente encantado por... — Ele a olha com admiração. — Você é muito familiar... desculpe por isso, sei que não faz esse tipo de trabalho, seu patrão me deixou claro... mas quero que saiba que...me chamo Leon...

Ele para imediatamente de falar.

Sofy permanece calada e assustada... pelo visto, ela estava altamente bêbada. Como podia ver Leon ali em sua frente? Sabe lá o que tivessem colocado naquela bebida, a estava fazendo imaginar coisas...

Estava apoiada em uma poltrona, o ambiente era apertado então Leon estava a seis passos dela... a iluminação era baixa, o que piorava a visão do homem à sua frente... só conseguia ver Leon... aquela voz firme... sua altura era assustadoramente semelhante.

Era difícil separar o real do fictício...

Ele dá um passo à frente... recuo um passo.

— Sente-se... Lua. — Ele pede. — Este é seu nome, certo?

Falcão deve ter falado, imagino...

Apenas confirmo balançando a cabeça.

Sento e apenas o observo. Logo ele senta ao meu lado... permaneço quieta sem dizer uma palavra, sinto que ele me olha intensamente.

— Por que não fala nada? — Ele pergunta.

Sofy permanece calada...

Sabia que não era correto falar... e se tudo aquilo fosse real? E se estivesse cara a cara com Leon e não com outro homem... ele me reconheceria só em me ouvir falar.

"Melhor permanecer calada."... penso.

— Tudo bem! — Ele se vira para mim e toca em meu cabelo.

Ele sorri... era notável que estava muito embriagado. Aliás, ambos estavam...

Ele permanece acariciando meu cabelo.

A sensação era estranha, mas de alguma forma reconfortante. O silêncio entre nós era pesado, carregado de palavras não ditas e emoções reprimidas.

— Você sabe... — Ele começou, a voz um pouco trêmula. — Eu sempre me perguntei como seria encontrar alguém como você.

Eu não sabia o que responder. As palavras dele pareciam sinceras, mas a situação toda era surreal demais para processar.

— Leon... — Finalmente, minha voz saiu, quase um sussurro. — O que você quer de mim?

Ele parou de acariciar meu cabelo e olhou diretamente nos meus olhos. Havia uma intensidade ali que me fez estremecer.

— Eu quero entender. — Ele disse simplesmente. — Quero entender por que você parece tão familiar, por que sinto que já te conheço.

Meu coração batia acelerado. Será que ele estava falando a verdade? Ou era apenas o álcool falando por ele?

— Talvez... — Eu comecei, escolhendo minhas palavras com cuidado. — Talvez seja apenas a bebida. Estamos ambos embriagados, Leon. Pode ser que nada disso seja real.

Ele balançou a cabeça, como se estivesse tentando clarear os pensamentos.

— Não, não é só isso. — Ele insistiu. — Há algo mais aqui, algo que não consigo explicar.

O silêncio voltou a cair entre nós, mas desta vez, não era desconfortável. Era como se ambos estivéssemos tentando encontrar respostas em meio à confusão.

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