Capítulo 12

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Conflito



Leon adentrou seu aposento, lutando contra a onda de indignação que lhe apertava a garganta. O que realmente havia acontecido? Mores estava excessivamente exaltado, quase o sufocando com sua reação desmedida a uma simples pergunta. Ele reconhecia a inoportunidade da questão feita na sala após o jantar; rotulá-lo como gay o constrangera profundamente. Mores sempre fora o irmão mais dedicado, sacrificando sua juventude pelos estudos para ingressar na faculdade de medicina.

Enquanto Leon se entregava à vida noturna em bares requintados, jantares com amigos e festas em mansões, Mores jamais tocou uma gota de álcool, dedicando-se incansavelmente aos estudos. Ele abdicou de diversões e relacionamentos, sacrificando sua adolescência em nome do futuro. Uma perda lastimável! Contudo, tornou-se um médico respeitado por seu empenho e paixão pela profissão, entregando-se integralmente aos plantões.

Deitado e já sereno após o recente conflito, Leon começou a compreender as razões que levaram Mores a reagir tão intensamente. Consciente da necessidade de se desculpar, ele sempre cultivara um lado provocador desde jovem; provocar o irmão tornara-se parte da sua rotina.

O que realmente o incomodava, no entanto, era a crescente proximidade entre Mores e Sofy. Ao vê-los juntos, especialmente quando Mores estava cuidando dos arranhões de Sofy com tanta atenção e profissionalismo, Leon sentiu uma pontada de ciúmes. Ele sabia que não deveria se sentir assim; afinal, Mores era médico e estava apenas cumprindo seu dever. Mas mesmo assim, era difícil ignorar aquela conexão que parecia florescer entre eles.

Nesse momento de reflexão, Leon percebeu a urgência de retomar o controle sobre si mesmo. O homem assertivo, sedutor e provocador precisava ressurgir; era imperativo dominar suas emoções e estabelecer limites claros. Internamente, ele proclamou: "Leon está de volta."

As coisas voltariam ao normal. Leon se comprometeria a retomar sua rotina habitual, repleta de mulheres e bebidas, afastando Sofy de seus pensamentos como se fosse uma barata voadora em plena festa. Afinal, tratar a moça com a neutralidade que sempre deveria ter mantido era o plano. Ceder aos encantos dela fora um equívoco; ele não estava procurando uma "menina", mas sim uma mulher que soubesse como abrir uma garrafa de vinho sem fazer cara de quem está desarmando uma bomba.

Com a expectativa do final de semana crescendo, ele já planejava seu destino: Boate X7 - sábado às 20:00. E quem sabe, se tudo desse certo, ele conseguiria encontrar alguém que não só dançasse bem, mas também soubesse a diferença entre uma caipirinha e um mojito!


 E quem sabe, se tudo desse certo, ele conseguiria encontrar alguém que não só dançasse bem, mas também soubesse a diferença entre uma caipirinha e um mojito!

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                             (Leon- momento pensador)




                                ...Enquanto isso ...

Claro! Vamos adicionar um toque de humor à história:

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Sofy já estava em seu quarto, agradecida pela ajuda de Mores, mas sem entender o tratamento dele com o irmão. Ele tinha sido tão bruto nas palavras que parecia ter engolido um porquinho da índia! Leon não se retirou em silêncio; no início, parecia que tinha acabado de sair de uma competição de raiva, mas depois seu semblante se acalmou. No entanto, seu olhar ainda demonstrava preocupação, como se estivesse tentando resolver um quebra-cabeça de mil peças sem a imagem na caixa.

Enquanto isso, Sofy estava em pé no quarto, quase pulando de ansiedade para tirar aquela calça jeans e a blusa que pareciam ter sido atacadas por um gato faminto — ou talvez um grupo de gatinhos ninjas! Aquela roupa estava tão rasgada que poderia ser vendida como uma obra de arte moderna. "Quem precisa de exposições quando se tem meu guarda-roupa?", pensou.

— Com certeza terei que pagar por isso — murmurou, preocupada. Imaginava o valor; não devia ser nada barato. "Talvez eu tenha que vender um rim... ou quem sabe me inscrever em um concurso de dança do ventre para pagar essa conta!"

Ela então se dirigiu ao espelho grudado no guarda-roupa e decidiu que era hora de ficar completamente nua. Ao se observar com cautela, notou que seu corpo ainda exibia marcas da última briga com o pai. O hematoma doía como se tivesse sido carinhosamente abraçada por um urso faminto. Seus braços estavam arranhados devido aos estilhaços do lustre — "Acho que meu quarto está tentando me matar", pensou.

Quando se virou, não conseguiu resistir ao choro. As costas estavam cheias de arranhões; a queda tinha sido tão feia que até as cadeiras do barulho estavam envergonhadas. Sofy teve sorte de não ter cortado mais fundo. "Isso é apenas mais uma cicatriz na minha coleção", ela riu para si mesma. "Quem precisa de tatuagem quando se tem histórias assim?"

Com um suspiro profundo e um leve sorriso no rosto, decidiu que precisava dormir. Pela manhã teria aula e à tarde as "obrigadas aulas de pole dance" — porque quem disse que se equilibrar em um poste é fácil? Sofy vestiu uma calcinha box preta e colocou um sutiã que empurrava os peitos para cima como se estivessem tentando alcançar o céu.

"Se eu não conseguir fazer pole dance, pelo menos vou garantir risadas!" pensou enquanto se preparava para encarar mais um dia.

Ela dormia de lado, pois não conseguia encostar as costas na cama sem sentir como se tivesse sido atacada por um exército de espinhos. "Por favor, que a dor desapareça enquanto eu durmo", ela orava, quase como se estivesse fazendo um pedido para o gênio da lâmpada. Se ao menos pudesse esquecer a dor e sonhar com unicórnios dançarinos ou algo igualmente mágico!

 Se ao menos pudesse esquecer a dor e sonhar com unicórnios dançarinos ou algo igualmente mágico!

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