Capítulo 9

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**A boate**

O relógio marcava 18:30 quando Sofy reuniu coragem para sair em direção ao encontro agendado. Sentia-se imersa em um verdadeiro pesadelo, sem certeza do terreno que pisava, questionando-se se não estaria prestes a cair em uma armadilha. Mesmo diante dos calafrios que percorria sua espinha dorsal, a determinação de ajudar sua mãe prevalecia. Armada de coragem, Sofy organizou seus pertences, incluindo documentos e uma faca, preparando-se para o desconhecido. Vestida com calça jeans, regata preta e tênis, prendeu os longos cabelos em um rabo de cavalo alto.

Diante do espelho refletido na porta do guarda-roupa, contemplou suas feições rubras e olhos assustados, reconhecendo o medo que a consumia. Respirando fundo, tentava acalmar os nervos e encarar o desafio iminente. Consciente de que o tempo urgia, dirigiu-se corajosamente até o portão principal.

Um veículo se aproximou e estacionou nas proximidades. Ao passar por Sofy lentamente, a janela abaixou, revelando Leon com uma expressão preocupada.
— "Sofy, não está muito tarde pra você sair sozinha?" — chamou ele, notando a pressa da jovem e alertando-a sobre a iminência de chuva. A resposta apressada de Sofy denotava sua urgência, quase revelando mais do que desejava.
— "Vou visitar uma amiga..." — explicou Sofy.

— "Quer que te leve?" — Leon ofereceu-se para levá-la diante da potencial insegurança que uma jovem poderia enfrentar sozinha àquela hora da noite.
— "Não precisa... Você acabou de chegar," — disse Sofy, surpresa e relutante com a sugestão. Contudo, após insistências do rapaz, ela acabou aceitando a carona.

A hesitação de Sofy diante do carro de Leon era evidente; temia o julgamento por estar indo para uma boate naquela hora tardia. Mesmo após sua recusa inicial, Leon persistiu em seu convite até que ela concordasse.

— "Ei! Espera aí! Deixa eu te levar. Entra aí!" — ele abriu a porta automaticamente; parecia que estava bravo ou algo assim; permanecia parado dentro do carro esperando que ela entrasse.

— "Mas Leon, já disse que não precisa." — ela explicou.

— "Não! Eu insisto." — ele insistiu.

Sofy continuou parada diante do carro dele; não podia entrar; seria o fim.

Até que teve uma ideia .

— "Certo então!" — ela sorriu para ele.

Leon fez uma cara desconfiada.

— "Sério?" — ele voltou a perguntar.

— "Sim! Já que insiste em me levar, eu aceito."

Leon abriu um grande sorriso.

— "Ótimo então!" — ele ligou o carro.

— "Mas somente depois que você tomar um banho relaxante e comer alguma coisa." — Sofy sorriu.

— "Isso é sério, Sofy?" — ele revirou os olhos e saiu do carro.

— "Sim! Veja só você: cara de cansado! Seria muito egoísmo da minha parte te fazer me levar em vez de estar descansado."

Diante da insistência de Leon e de seu gesto altruísta, Sofy aceitou a carona, destacando a importância de descansar e cuidar da própria saúde antes de se aventurar na jornada noturna. Na verdade, ela falou isso para ganhar tempo e planejar sua saída furtiva enquanto ele tomava banho. A interação entre os dois revelava uma combinação de cortesia e preocupação mútua, em meio às adversidades que a noite se aproximava.
Assim que Leon entra na mansão para se aprontar Sofy agiliza sua saída , depois ela teria que se explicar com Leon .

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