TRALLER DO LIVRO LOGO EM CIMA

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Prólogo

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No coração da cidade, onde os arranha-céus se erguiam como sentinelas de poder.Um homem de postura inabalável e olhar incisivo, ele emanava uma aura de autoridade em seu escritório. Sua presença imponente não apenas impunha respeito, mas também gerava um certo temor entre seus funcionários. Cada palavra sua era um comando, cada gesto, uma afirmação da sua determinação.

O sol da manhã filtrava-se pelas janelas do escritório, iluminando o rosto de Leon, que estava concentrado em seus documentos. Havia algo nele que atraía a atenção de todos, desde seu jeito confiante até aquele sorriso enigmático que parecia esconder segredos. Ele não era apenas o chefe; era o tipo de homem que deixava os corações acelerados.

— Janne! — chamou ele, a voz firme e clara. — Entre aqui agora.

Janne levantou a cabeça, o coração batendo mais rápido. Ao entrar na sala, ela não pôde deixar de notar como Leon estava ainda mais charmoso hoje, com sua camisa bem ajustada e aquele olhar penetrante.

— Você me chamou, Leon? — perguntou ela, tentando manter a compostura.

Leon cruzou os braços sobre o peito, inclinando-se levemente para frente. O sorriso dele era ao mesmo tempo sedutor e intimidante.

— Vamos ser diretos. Seu desempenho tem sido inaceitável. Não só você perdeu prazos, como sua falta de organização está prejudicando toda a equipe — disse ele, com um tom que misturava autoridade e um toque de magnetismo.

Janne engoliu em seco, sentindo o peso das palavras dele. Ela hesitou antes de responder:

— Eu sei que não tenho estado no meu melhor... mas estou tentando lidar com algumas questões pessoais.

Leon não se deixou abalar. Ele sempre acreditou que fraquezas não tinham lugar no trabalho, mas havia algo nela que o intrigava. O rosto dela estava pálido, e isso apenas alimentava sua frieza.

— Tentar não é suficiente — ele disse, com uma intensidade que fazia o coração dela acelerar ainda mais. — O que precisamos aqui são resultados.

Davi, sentado em uma esquina da sala e observando tudo com um olhar preocupado, decidiu intervir. Ele e Leon eram amigos de infância e conhecia bem a personalidade dele.

— Ei, Leon, talvez você possa ser um pouco mais compreensivo... — sugeriu Davi, tentando suavizar a situação.

Leon lançou um olhar para Davi, um misto de amizade e determinação nos olhos.

— Compreensão? Isso é um escritório, Davi! Não uma sessão de terapia! Estamos aqui para trabalhar e eu não posso permitir que alguém como Janne continue fazendo isso conosco.

Janne sentiu as lágrimas ameaçarem escorregar pelo seu rosto. Ela sabia que estava em uma posição vulnerável e que suas palavras poderiam ser sua última chance.

— Por favor, Leon... dê-me mais uma oportunidade. Eu prometo que vou melhorar — implorou ela, a voz trêmula.

Leon arqueou uma sobrancelha, seu sorriso agora mais suave, mas ainda implacável.

— Sabe de uma coisa? Eu não tenho mais tempo para promessas vazias. A partir de hoje você está demitida.

As palavras caíram como um raio em um céu limpo. Janne ficou paralisada por um momento, incapaz de processar o que acabara de ouvir. Ela nunca imaginou que seu esforço poderia terminar assim.

— Você não pode fazer isso! — gritou ela, indignada. — Isso é injusto!

Leon se levantou da cadeira e aproximou-se dela com firmeza e um olhar intenso.

— Injusto? A vida é injusta, Janne. E eu não sou responsável por suas falhas pessoais. Agora saia do meu escritório antes que eu mude de ideia sobre sua demissão — ordenou ele.

Com o coração pesado e lágrimas nos olhos, Janne virou-se e saiu da sala sem olhar para trás. O peso daquela demissão a acompanharia por muito tempo.

Davi observou tudo em silêncio, sentindo-se desconfortável com o que havia acabado de acontecer entre os dois amigos. Ele se aproximou de Leon assim que a porta se fechou atrás de Janne.

— Você sabe que pode ser mais gentil... — começou Davi.

Leon suspirou profundamente, passando as mãos pelos cabelos com um gesto impetuoso.

— Às vezes é preciso ser duro para manter as coisas em ordem. Mas admito... foi difícil fazer isso com você aqui.

Davi sorriu levemente; ele sempre conheceu esse lado vulnerável do amigo por trás da fachada impenetrável. Enquanto o céu começava a escurecer lá fora e nuvens ameaçadoras se acumulavam no horizonte, Leon olhou pela janela pensativo. Ele sabia que havia tomado uma decisão difícil; ainda assim, algo dentro dele começou a questionar essa vitória amarga... as consequências de suas ações estavam apenas começando a se revelar.

Enquanto se preparava para sair mais cedo naquele dia, Davi comentou sobre o jantar que a mãe de Leon havia planejado.

— Olha só, minha mãe decidiu fazer um jantar em casa e chamou toda a família! — disse Leon, com um tom de desânimo. Sua expressão misturava frustração e resignação.

Davi, tentando animá-lo, respondeu com um sorriso:

— Ah, vai ser divertido! Você sabe que sempre tem aquele tio que conta histórias do tempo em que era advogado. Não pode perder isso!

Leon revirou os olhos.

— Sim, porque eu realmente preciso ouvir mais uma vez as histórias do tio Pedro sobre como ele "quase" ganhou aquele caso famoso nos anos 90.

Davi riu e fez uma careta.

— E não esqueça da tia Marta, que vai insistir para você contar tudo sobre seus casos. Ela adora fofocar sobre o escritório!

— Isso é verdade — concordou Leon, balançando a cabeça. — E eu tinha planos de ir à boate X7 hoje à noite para relaxar depois da semana estressante no tribunal.

Davi insistiu:

— Olha, você pode ir ao jantar e depois nos encontrar na boate. A noite ainda não está perdida!

Leon parecia cada vez mais irritado.

— Que droga! Eu não quero ir! A última coisa que eu quero é passar a noite ouvindo os dramas familiares e os "conselhos jurídicos" de todo mundo.

Davi sorriu de forma cúmplice.

— Mas pensa bem: pode ser uma boa oportunidade para praticar seu sorriso forçado enquanto escuta as histórias deles. Além disso, quem sabe você não encontra alguém interessante por lá?

Leon arqueou uma sobrancelha.

— Alguém interessante? Você quer dizer alguém que também esteja fugindo da própria família ou um novo tipo de tortura social?

Davi riu da resposta rápida de Leon, mas logo o telefone tocou. Era sua mãe lembrando-o do jantar. Ao ouvir a voz familiar, Leon fez uma careta que expressava todo seu desânimo.

— Sim, mãe, eu vou... — prometeu ele antes de desligar. Com um suspiro resignado, ele se jogou na poltrona no escritório .

— Ninguém merece — murmurou ele, entediado.

Davi tentou animá-lo mais uma vez:

— Ei, pense pelo lado positivo: você pode usar isso como inspiração para suas próximas estratégias de defesa! O que acha?

Leon sorriu levemente.

— Pode ser... "Como sobreviver a jantares familiares sem perder o controle".

Ambos riram juntos, mas Leon ainda se sentia relutante em embarcar nessa aventura social. Ele sempre se manteve distante do amor; nunca se apaixonava e evitava relacionamentos sérios. A decisão de manter distância emocional das mulheres que cruzavam seu caminho era firme e inabalável.

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Continua ...

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