Thank u [h.s.]

25; dia 63

- Eu e a Amy estávamos a pensar em ir às compras, nós queríamos um dia de raparigas mas se vocês quiserem, podem vir connosco.

- Acho que nós também vamos fazer algo de rapazes. – o meu primo explica e olha para os rapazes, todos concordam com ele – E já sei o que vamos fazer. – ele diz e sorri, provavelmente com a ideia que acabou de ter.

Minutos depois Amy aparece também na sala com um iogurte numa mão.

-Estou pronta. – ela fala comigo.

- Eu também. Vamos?

- Sim.

- Comeste o pequeno-almoço, Charlotte? – Niall questiona-me.

- Não mas quando chegarmos ao shopping eu como algo. – eu respondi.

Peguei na minha mala e coloquei-a no meu ombro esquerdo. O meu primo ia levar-nos , portanto eu e a minha amiga dirigimo-nos ao seu carro.

- Até logo, Lou. – eu digo e saio do carro do meu primo. Fecho a porta e espero por Amy que se despede do meu primo com um beijo.

- Tu sabes o que é que os rapazes vão fazer hoje?

- Nop.

- Okay.

- Bem, a qual vamos primeiro?

36, 38, 40, 42 e nenhum destes números passa no meu rabo. Pego em todas as saias que levei para o provedor e volto a colocá-las no devido lugar e espero por Amy, que paga um vestido.

- Então? E as tuas saias giras e fofinhas? – ela pergunta, utilizando os adjetivos que eu havia usado para descrever a saia de ganga com muitos botões e a saia cor de rosa-clarinho.

- Eu não gostei. – aclaro, escondendo o verdadeiro motivo de não ter trazido nenhuma das saias.

- Oh, elas eram queridas, na verdade. – Amy deu-me a sua opinião enquanto saímos da loja.

- sim, eram. – murmurei.

- Vamos almoçar?

- Acho que sim.

- Então vamos, eu já tenho fome.

Dirigimo-nos à zona da restauração e decidi que ia pedir uma sopa.

- Que vais comer? – ela perguntou.

- Uma sopa.

- Só?

-Sim, porque? – questionei desinteressadamente.

- Hoje ainda não comeste nada Charlotte, estás a ficar doente ou assim?

- Não, eu acho. Só estou um pouco indisposta e se comer muito vou acabar por vomitar.

-Tudo bem.

Dirigi-me ao pequeno restaurante que vendia variadas sopas e pedi uma de legumes, enquanto Amy vou buscar uma massa fria para ela. Sentei-me numa mesa, com três cadeiras, que estava disponível e mandei-lhe uma mensagem a dizer onde me encontrava.

Amy chegou e começamos a comer. Comi três colheres da minha sopa e sentia que não conseguia comer mais. Estava cheia, queria chorar e vomitar.

- Está tudo bem, Char? – ela analisa preocupada.

-Sim. – os meus olhos já com lágrimas.

- Queres ir embora? – ela interroga com cuidado.

- Quero... - sussurrei – Achas que podes ligar ao Louis? – estava nervosa.

- Claro que sim, Charlotte! – ela diz, dá-me um pequeno sorriso e procura atrapalhadamente pelo seu telemóvel. Quando o encontra, mexe nele e de seguida leva-o ao seu ouvido.

- Amy?

- Sim?

- Se o Lou perguntar diz-lhe que está tudo bem. Ou então ele vai ficar demasiado preocupado para quem só está um pouco maldisposta.

- Sim? Achas que nos podes vir buscar? Sim, sim... Não, está tudo bem, amor, não te preocupes. Okay, até já. – ela fala para o telemóvel e depois desliga – O teu primo já está a vir.

- Okay, obrigada. – faço uma pausa. Talvez deva pedir desculpa por ter arruinado o nosso dia de raparigas – Desculpa.

- Desculpo quê?

- Ter estragado o nosso dia de raparigas. – Sorrio nervosa e tristemente para ela.

- Não sejas parva. Eu prefiro mil vezes que a tua indisposição passe do que te obrigar a fazer compras comigo, e não estragaste nada, Char! – ela certifica.

- De qualquer maneira.

Algum tempo depois o Louis liga a dizer que já chegou ao shopping e que está no parque de estacionamento, parado perto das escadas rolantes, à nossa espera. Somos rápidas a ir ao seu encontro. Quando entramos no carro ele olha para ambas com uma expressão preocupada no seu rosto.

- Hey, Lou.

- Está tudo bem, com vocês?

- Sim, amor.

- De certeza? – ele olha para mim.

-Sim! – confirmo – Estávamos só com saudades vossas.

Ele murmura um "hm" e parece desconfiado.