- Queres um crepe ou um waffle, Charlotte? – Harry pergunta-me e eu respondo que não tenho muita fome.
- Ela prefere waffles a crepes, Harry. – o rapaz a quem chamo de melhor amigo responde por mim - Charlotte queres o teu waffle com chocolate ou com topping de morango? – Niall pergunta-me ameaçadoramente.
- Chocolate. – sussurro.
Logo depois o Hazza põe nas minhas mãos um enorme waffle coberto de chocolate e ambos os rapazes olham para mim atentamente. Obrigo-me a coloca-lo na minha boca e a morder. O sabor a chocolate invade a minha boca e, quase instantaneamente, as lágrimas invadem os meus olhos. Coloco o prato com o waffle em cima da mesa e saiu da cozinha, apressadamente. Dirijo-me às escadas e subo-as quase a correr, entrando no meu quarto e encaminhando-me à casa-de-banho; logo a seguir a mim o Niall entra. Coloco os meus joelhos no chão frio e debruço-me sobre a sanita. Vomito, vomito e vomito. O meu corpo treme e não me consigo sequer levantar. Niall é rápido a apanhar um elástico e a fazer um coque no meu cabelo. A sua expressão é triste e de quem está desapontado, fazendo-me começar a chorar.
Acalmo-me. Ele levanta-me e ajuda-me a lavar os dentes. Vamos para o meu quaro e, assim que o encaro, as lágrimas voltam.
- Eu sabia que algo se estava a passar. – ele diz seriamente e eu encolho-me.
- Eu não queria. Eu juro que não queria. – digo com muita dificuldade, entre soluços, tendo em conta o meu choro compulsivo.
- Porque é que fingiste que aquilo não te tinha afectado? – ele diz e os seus braços rodeiam-me.
- Porque eu não queria que tivesse. Ele não disse por mal.
E o meu choro volta mais forte. Começo a sentir o ar escassear dos meus pulmões e o Niall tenta procurar a minha bomba. Uma tentativa falhada porque nem eu sei onde ela está.
Tento pensar onde a posso ter deixado e a única coisa que me lembro foi de que a última vez que a usei foi quando o Harry me fez muitas cocegas.
-Harry. – eu digo a muito custo.
- Harry? – ele pergunta eu afirmo. Sai do meu quarto a correr, provavelmente à procura dele.
Deito-me na cama de barriga para cima e tento concentrar-me na minha respiração demasiado acelerada.
A minha respiração não abrande e sento-me no chão, com as costas direitas, levando as pernas ao meu peito. Desaperto o meu sutiã, sinto-me apertada. Novamente, tento inspirar e expirar mais devagar, mas de nada serve.
Os dois rapazes encontram-se à minha frete e logo depois um primo stressado e preocupado aparece também. Sinto-me cansada e os meus olhos pesam. Acho que o Louis fala comigo mas não o consigo ouvir decentemente.
A minha visão fica turva.
Louis pega em mim ao colo.
Sinto-me confusa.
Uma enorme dor de cabeça atinge-me.
Fecho os olhos.
- Não adormeças. – ouço calmamente ao meu ouvido, tenho a certeza de que é o meu primo. Porém, não cedendo aos seus pedidos, os meus olhos fecham e deixo-me ser levada.
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2018, bom ano novo!! :)