- Se calhar eu estou a gostar um bocadinho de ti, mas gostar de ti a sério. - ele olhou para mim atentamente e sorriu-me. Pensei no que tinha acabo de admitir e a minha respiração falhou - Vamos esquecer que disse isto... - falei num tom de voz baixo mas o qual tenho a certeza que ele percebeu.
O que é que eu fui fazer?
- Esquecer?
- Sim, por favor. - que vergonha.
- E se eu não quiser esquecer o que tu me disseste? - ele estava sério.
Senti o meu corpo tremer.
Ele deu-me um sorriso maroto.
Os meus lábios estavam entreabertos e sentia-me com falta de ar. No entanto, os seus olhos brilhavam e ele não parecia zangado, nem preocupado nem brincalhão (como estava, na maioria das vezes, comigo).
- Eu não quero, definitivamente, esquecer o que tu disseste. - ele disse-me com certezas.
- Não? - eu questionei-o a medo enquanto brincava com os meus dedos.
- Não, amor.
As suas mãos emolduraram a minha cara e os seus lábios pousaram nos meus. As minhas mãos foram até às suas e decidi aprofundar o beijo. A sua boca sabia a menta e as nossas línguas mexiam-se em sintonia. Separamo-nos e o Harry colou as nossas testas. Sorri ligeiramente e mordi o lábio, nervosa.
- Adoro-te imenso, Charlotte. - ele afirmou sem desviar o seu olhar do meu. Sinceridade passava no seu rosto e, de seguida, um sorriso aberto e feliz ficou nos seus lábios.
- E eu a ti, Hazza. - constatei e o seu sorriso pareceu aumentar ainda mais; sorri, sendo contagiada pela alegria dele.
- Mas os meninos estão muito felizes. – o meu primo diz sorrindo para mim.
- Estamos normais. – tentei falar normal mas acabei por sorrir a meio da minha frase e não consegui desfazer o meu sorriso.
- Obviamente que sim. – ele disse com ironia mas realmente feliz.
- Mas tu também estás muito feliz, Lou. – o Harry disse e ele concordou, ficando ligeiramente corado.
"Aw" eu e o Hazza dissemos ao mesmo tempo e fomos até ele. O Harry saltou para as suas costas e abraçou-o.
- Conta. – insisti.
- Mas conto o quê?
- O que aconteceu. – o Harry declarou.
- Só se saíres de cima de mim, preguiça.
- Sou o teu melhor amigo, é teu dever aguentares comigo nas tuas costas. – o meu quase namorado disse e beijou-lhe o pescoço.
- Harry, larga-me, vai beijar a minha prima. – o Louis disse enquanto tentava que o seu melhor amigo o largasse – Calma, Char, não precisas de mudar de cor. – ele gozou.
- Vá, conta lá. - tentei mudar de assunto, sentindo-me ficar quente.
- Eu vou com vocês para Seattle.
- Estás a sério?
- Sim, Char, vou com a Amy.
- Eu não acredito, oh meu deus, Louis! – gritei e lancei-me a ele, o meu primo apanhou-me com agilidade.
- Connosco?- Harry questionou confuso. O meu primo concorda, acenando que sim com a sua cabeça e correspondendo ao meu abraço, apertando-me contra ele – Tu és de Seattle, Charlotte?