A Dama De Preto 2

capitulo 50

Julia narrando

Estava todo mundo na sala, quando eu falo todo mundo é todo mundo mesmo. Estava a minha vó,  a mãe e as primas tudo, não sei pra que tanta gente.

Não paravam de falar um minuto, mas tudo bem. A única que não estar aqui é a Thais que ainda não veio pro Brasil.

Já estou com o meu pequeno samuel e a claryssa esta com nove meses

- quando é que tu vai ganhar essa princesa ?- minha vó pergunta pra claryssa

- quando Deus quiser. - fala e eu vejo algo descendo pelas pernas dela

- no caso agora. - iza fala. - a bolsa estourou...

(...)
Claryssa narrando

Eu gritava como nunca gritei na vida, gritava mesmo, não é aqueles gritinhos não.

Estou colocando todas as minhas forças aqui, mas eu já não estou aguentando mais.

Os médicos já mandaram eu ter calma, Mas como eu vou ter calma numa hora dessas porra.

EU ESTOU PARINDO.
ESTOU TENDO UM BEBÊ.
E ESSES DOIDOS ME MANDAM TER CALMA.

- faz mais força. - o médico fala.

Puta que me pariu, mais força  ? Mas força do que eu estou fazendo é de mais.

- claryssa calma mano. - aperta minha mão .

- Calma uma porra. - falo.

Eu aperto os lençóis com todas as minhas forças, gritando. Eu não sabia que isso iria doer tanto, deveria ter optado pela cesariana.

- os batimentos delas estão ficando cada vez mas fraco. - escuto alguém fala e aperto a mão da minha mãe.

Sinto alguma coisa ser enfiada no meu braço e suponho que seja a anestesia raquidiana ou a  peridural.

- força claryssa, calma também.  - minha mãe fala. - respira!

-empurra, falta só o corpo claryssa.  - o médico fala.

Eu puxo o ar e faço força apertando os lençóis da cama e a mão da minha mãe. Faço tanta força de um jeito que nossa senhora.

Assim que ouço o choro da minha filha, respiro e sorriu olhando pra ela. Olho pra minha mãe vendo ela sorrir boba.

(...)

Abro os  olhos forçando a vista e ouvindo as vozes da minha mãe e da Izadora.

- cadê a minha filha ?- pergunto e olho ao redor não vendo ela.

- ela foi fazer alguns exames a Lau foi junto com ela, já já ela chega. - minha mãe fala.

- deixa eu segurar -peço assim que a enfermeira entra com ela acompanhada do médico.

Eu ajeito ela no meu colo e olho pra minha mãe que sorria orgulhosa pra mim.

- o pai é tão, tão filho da mãe que a menina nasceu a cara dele. - minha vó fala assim que entra.

- claro que não né,  puxou a vó aqui. - minha mãe fala.

-puxou a mim, olha esse cabelo maravilhoso dela. - diz e eu a olho - é igual ao meu.

- seu cabelo é vermelho. - falo

-não é não. 

(...)

Eu não gosto de hospitais. Olho pro lado vendo a Izadora mexer no celular deitada no sofá que tem aqui.

-cadê a Alicia? -pergunto.

-foi fazer o resto dos exames,já já ela volta.

-e minha mãe? -me sento na cama.

-foi acompanhar a Alicia.-vem pro meu lado e se senta. - não vai avisar a ele ?

-ele quem ?- ela revira os olhos.

-oh Bryan!-fala e eu respiro fundo.

- cara desde quando eu fui lá que falei da gravidez ele não se interessou muito... Por pouco não me bateu ou me matou.. Se é quisesse saber da filha me mandaria mensagem. - respiro - não vou falar nada!

- tudo bem, você que sabe. Mas eu não acho legal a menina crescer sem pai, claryssa.

- eu também não acho, mas fazer o que.. Coisa da vida. - falo mais pra mim. - é eae Julia?

- tá em casa com o gostoso do Samuel.  - Samuel que ela fala é o filho da Julia. -ela falou que vai estar te esperando alegremente em casa. - concordo com a cabeça.

-vou ali beber água, aproveito e chamo a enfermeira -assinto e ela sai do quarto.

Bryan narrando.

- acabei de escutar da boca do povo aí,  que a filha da Claryssa nasceu. - Samuel diz e eu levanto a minha cabeça olhando pra ele. - tão dizendo também que ela estar em hospital particular e só entra quem ela deixar! Chique ela né?

A minha filha nasceu e ela não me fala nada.  Essa filha de uma mãe.. Tá, eu não corri atrás pra saber muito da gravidez dela.

Mas ela tinha a obrigação de me avisar que a minha filha nasceu.

Não vou mentir as vezes, quase Sempre da uma vontade de ir atrás dela e matar aquela vagabunda, se não tem noção.  Mas agora é posso, minha filha já nasceu mesmo, ninguém vai me impedir de nada.

- escutei também que a tal da Julia já teve o filho dela. - homem fofoqueiro da porra.

- em vez de ficar fazendo fofoca, vai trabalhar que é o melhor que tu faz.

- Calma,  já estou indo. - diz saindo.

Claryssa narrando

- quando ela vai ter alta ? - minha mãe pergunta.

- daqui a dois dias ela já pode ir. - fala e olha pra Alicia.

- ah ok então. - sorrir se sentando.

-agora você vai amamentar ela é quando acabar eu vou te examinar.  - concordo olhando pra Alicia que empurrava meu peito com a mãozinha pra sair mais leite.

-bom,mas tarde eu venho. -Fernando diz e sai.

Ela era linda, cabelos castanhos escuros parecido com os do pai.. Bom,  na verdade não tem nada parecido comigo.

A pessoa carregar uma criança por nove meses na barriga e no final ela não tem nada igual a você..