A Dama De Preto 2

capítulo 67

Clarysa narrando

- eu nunca mais faço nenhuma tatuagem. - Danilo fala.

- nem doeu tanto assim - sento a Alicia no meu colo. - agora, se tá doendo muito vai tomar um remédio pra dor e ver se passa. - faço cafuner nela que encosta a cabeça no meu pescoço

Pegou uma gripe ficou assim, toda manhosa. E eu que aguento tudo, por isso que todo mundo fala por uma boca só " ser mãe não é nada fácil. "

Respiro fundo quando batem na porta, pra mim me levantar daqui vai ser um pouco difícil. Danilo aparece na sala e vai até a porta abrindo a mesma

O Bryan entra com três sacolas, e joga em cima do outro sofá. Reviro os olhos vendo que a Alicia estava dormindo.

- cala a boca que ela dormiu. - digo.

- quale trouxe tudo que ela pediu aí quando eu chego, ela dorme ? Toma no cu rapa . - nega.

- é fazer o que!- me levanto ajeitando ela no colo.

- me dá ela aqui que eu levo. - olho pra cara dele. - vamo. - coloco ela nos braços dele que sobe as escadas sem nenhuma dificuldade.

Abro a porta do  quarto dela e ele a coloca na cama. Tiro os seus sapatos e cubro a mesma. Ligo o ar saindo dali. Bryan sai logo em seguida fechando a porta.

- guarda os bagui dela, e diz que eu vim. Amanhã eu venho aqui pra levar ela pra sair comigo. - diz. - e é pra deixar a menina ir, né pra colocar lorota na cabeça dela não. - desço. - sete horas tô aqui. - sai.

- aah. - vou pra cozinha e me junto ao Danilo que estava com uma chicara de café. - eu vou deixar a Alicia ir, mas se minha filha vim é com um machucado ele vai ver.

- ah deixa ela ir mesmo, não seja egoísta. A filha também é dele. - despir fundo. - e com certeza ele não vai ir só com ela, certeza que ele vai levar outra pessoa também.

(...)

- olha Alicia, qualquer chegar em casa você me diz. - dou um beijo - qualquer coisa a mãe vai atrás. - ela concorda passando perfume

- vou ir lá mãe. Beijo, te amo. - me dá um beijo e sai do quarto. Vou atrás e ele tá esperando ela em pé perto da porta.

Ela manda um beijo antes de sair e ele fecha a porta. Me sento no sofá com as mãos na cabeça já com saudades do meu bebê.

Pego meu celular aumentando o volume pra qualquer coisa me ligarem eu escutar. Vou pro meu quarto pegando a minha toalha e entrando dentro do banheiro.

Tomo um banho bem tomado. Saio do banheiro, visto um pijama e pego o meu notbook. Vejo as pessoas que eu vou atender amanhã de manhã, e vendo o horário que eu vou pra academia de dança amanhã.

Sim, depois que eu vim pro Rio tenho que voltar a trabalhar lá na clínica. Até porque ela é minha, e eu não vou deixa-la na mão.

(...)

Olho as horas, já ia dar dez e meia e o Bryan ainda não tinha vindo trazer a Alicia. Já pensei tanta coisa.

Bom, ele pode ter roubado a minha filha. Ele pode muito bem levar ela pra bem longe de mim.

Olho pra baixo mais uma vez e vejo um carro preto parando.  E uma mulher descendo do carro, e Bryan saindo logo em seguida, a mulher tira a Alicia, e entra novamente.

Bryan pega na mão da Alicia e eu me afasto com uma cara nada Boa. Não é porque ele saiu com uma mulher, longe Disso. Mas sair com uma mulher é minha filha  junto não dá né.

Abro a porta e a Alicia entra e puxa ele. Ele me olha, e se senta com ela no colo dele.

- tenho que te falar um negócio. - olha pra ela que olha pro mesmo curiosa. Meu coração começa a bate forte.

- o que?- pergunta olhando pro mesmo com aqueles olhos verdes que eu não sei a quem ela puxou, porque os olhos do Bryan são azuis os meus castanhos claro.

- eu sou teu pai. - ela me olha na mesma hora e sai do colo dele abraçando a minha perna.

-Mãe, ele é meu pai?- Olho pra ela.

- sim meu amor. - me abaixo. - eu falei pra você que seu pai ia voltar, olha ele aí.

- não, não. - nega olhando pra ele. - pensei que ele só fosse um amigo seu e do tio Danilo. -

- mas eu sou teu pai pequena. - sorrir de lado. - amanhã eu venho e te trago um negócio bem legal, beleza? - ela concorda e abre um meio sorriso ainda abraçada comigo.

Ele dá um beijo na cabeça dela e sai..

(...)

Continua.