Capítulo 4

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Pov. Ryan

Sou um homem que sempre consigo tudo o que quero. No mundo dos negócios sou o melhor.

Tenho minha própria empresa, que por sinal é muito prestigiada aqui no país e também lá fora, temos várias filiais espalhadas pelo o mundo inteiro e tenho a intenção de aumentar ainda mais o meu império.

Há cinco anos, minha vida se resumiu em apenas trabalho e mulheres. Há quase 5 anos, perdi o amor da minha vida de uma forma que ninguém esperava, durante o parto da nossa filha Sophia, minha amada Eliza acabou tendo uma hemorragia e por consequência disso, eu a perdi.

Eliza era a mulher mais extraordinária, inteligente, educada, sensível, amorosa e linda que eu já conheci em toda a minha vida. Com ela aprendi o que era amar de verdade e quando ela se foi pra sempre, jurei nunca mais iria amar ninguém.

Desde então, eu tenho apenas aventuras, já que eu não quero me apegar com mulher nenhuma.

Desde a morte da minha esposa não consigo ficar muito tempo perto da minha filha, ela me lembra muito de sua mãe, quando eu olho para ela só consigo ver a culpada pela morte da minha mulher. Eu sei que como pai isso é horrível de se dizer, mas essa é a mais pura verdade.

Há uns dois anos, emprestei muito dinheiro para Carlos Eduardo Medici que não me pagou tudo o que me devia, já que sua empresa está indo de mal a pior, até mesmo sua casa ele está a ponto de perder pra mim. Sabia que ele tinha uma filha, que está prestes a completar a maioridade, então uni o útil ao agradável, essa menina será minha nova esposa e eu perdoaria sua dívida.

Valentina Médici, esse é o nome dela, desde que vi sua foto no escritório de Carlos Eduardo decidi que iria tê- la pra mim. E hoje eu irei conhecer a minha futura esposa. Não que eu esteja apaixonado por essa menina, isso esta muito longe de acontecer, a única mulher que eu amo e sempre vou amar, será a minha Eliza.

Eu sinto um enorme desejo de ter Valentina para mim, e quando eu quero uma coisa eu não descanso até conseguir, eu quero essa garota e agora vou tê- la.

Mas Valentina será apenas minha esposa, alguém com quem eu possa foder e tirar todo o estresse do dia a dia, sem ter os abutres dos paparazzi na minha cola enchendo o meu saco e sem ter que me preocupar que revista de fofocas fique falando sobre a minha vida. Não que eu ligue muito para isso, mas no mundo dos negócios temos que ser bem vistos e para um homem de negócios como eu, não é muito bom ser taxado como mulherengo. Então eu tive a ideia de me casar para calar a língua desses fofoqueiros.

Estou no meu escritório aqui na minha empresa, conversando com o meu melhor amigo e sócio Nicolas Thompson e decidi contar para ele tudo o que eu planejei.

- "Tem certeza que você vai fazer isso?" - Nicolas pergunta tentando me fazer mudar de ideia.

- "Sim eu tenho certeza, já está tudo decidido, nesse sábado vou me casar com essa garota." - digo girando a minha caneta entre os meus dedos.

- "Você vai sujeitar essa garota a isso, por puro capricho seu?"

- "Por puro capricho não, ela será o pagamento de uma dívida e você sabe como eu sou. Eu desejo ter essa garota e tudo que eu quero eu tenho, e com ela não vai ser diferente." - digo começando a ficar irritado.

Nicolas é como um irmão pra mim, mas tem hora que ele enche o saco, ele e essa mania de querer bancar a minha consciência, sempre certinho, mas nem ele e nem ninguém vai fazer com que eu mude de ideia de me casar nesse sábado.

[...]

O dia de hoje foi bem cansativo, tive uma reunião atrás da outra, decido ir para casa mais cedo, pra deixar todos avisados sobre o jantar de hoje à noite e não ter nenhum tipo de imprevisto de última hora.

Saio da empresa e vou direto para casa. O caminho foi bem rápido, graças aos céus, não havia muito trânsito e logo chego em casa. Assim que eu entro, encontro com minha mãe na sala.

- "Meu filho, chegou cedo em casa hoje!" - minha mãe se levantou para me cumprimentar.

- "Sim mãe, saí cedo porque hoje à noite nós temos um jantar na casa da minha noiva. Por isso eu vim resolver as coisas aqui." - digo e vejo minha mãe abrir lentamente os seus olhos.

- "O quê? Noiva? Por que eu não estava sabendo que você tinha uma noiva? Ryan eu não te criei assim. Eu tinha o direito de saber disso!" - minha mãe disse fazendo drama.

- "Estou contando agora. A senhora vai conhece-la hoje e amanhã vai ser o nosso casamento."

- "O quê? Amanhã, como assim? De uma hora para outra você resolve se casar e você me avisa isso só agora, um dia antes do casamento. Mas que falta de consideração da sua parte!" - ela me olha com raiva. - "Meu filho você só pode está louco?" - ela para de falar um segundo e me olha. - "Você não engravidou essa garota, não é? É por isso você vai se casar tão depressa?"

- "Não mãe, eu não engravidei ela." - disse sorrindo. - "Onde a Maria está?" - digo olhando para ela.

Tem que ter muita paciência mesmo com Dona Victória. Eu amo muito a minha mãe, mas às vezes ela consegue ser chata, sempre fica me enchendo de perguntas. Ela não poderia simplesmente aceitar minhas decisões sem me questionar como todos fazem?

- "Ela está lá na cozinha." - ela disse e eu assenti.

Saio da sala e vou em direção da cozinha, chegando lá eu encontro Maria conversando com as outras funcionárias, enquanto elas fazem os seus trabalhos.

- "Maria!" - eu a chamo e Maria olha para trás.

- "O senhor precisa de alguma coisa?" - ela diz se levantando.

- "Não. Só vim avisar que é pra você arrumar Sophia. Hoje à noite eu tenho um jantar muito importante e é para ela está pronta às 19:30hs."

- "Sim senhor." - Maria diz assentindo.

Saio da cozinha e vou para o escritório trabalhar um pouco. Ainda é 17: 30hs, então eu tenho bastante tempo para resolver algumas coisas da empresa.

Vai ser uma grande surpresa para minha querida noivinha saber que vai se casar no dia do seu aniversário de 18 anos.

Casamento Forçado (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora