8- Egoísmo ou tiro de misericórdia?

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Fixando o olhar sobre o de Joshua que acreditava ser o seu marido, Max lhe serviu o vinho após experimentar o da própria taça. Seu olhar gradativo não se desgrudava do olhar do moreno enquanto sorria numa concordância muda, pois o mesmo sorriso podia se contemplar no rosto de Joshua embora de forma mais tímida:

_ Eu não me canso de te admirar meu amor, você é tão lindo.

_ Não mais que você Max. 

O ambiente estava propício para um jantar romântico, porém Joshua sabia que por mais que desejasse que assim fosse, aquele jantar não passava de mais uma encenação, não que ele desejasse assim, mas quando Max descobrisse que ele não era Enzo seria assim que aquele momento seria encarado. 

Não! Ele não queria pensar naquilo, não naquele instante, aquele momento ele apenas queria desfrutar da companhia de Max e não sabendo se por egoísmo ou como um tiro de misericórdia só queria esquecer que aquele homem não pensava que ele era outra pessoa:

_ Enzo, o que o Dani...

Interrompido por Joshua, Max calou-se:

_ Vamos esquecer tudo o que houve hoje, o que houve no passado, e nos concentrar no agora só por hoje por favor.

_ Você tem toda razão.

E o jantar transcorreu em um clima agradável, depois de apreciarem a sobremesa, Max ergueu-se estendendo a mão na sua direção:

_ Aquele dia eu te convidei para irmos ao jardim mas acabou que nem fomos, acho que a noite está bem convidativa para um banho de piscina o que acha, você não deve recordar, mas nos primeiros anos de casado costumávamos fazer amor a luz do luar, poderemos repetir, escrever uma nova história.

_ Acho que combinamos de esquecer o passado somente por hoje, vamos imaginar que nos conhecemos quando você me encontrou, sem passado, sem histórias, sem lembranças.

Um novo sorriso foi oferecido por Max:

_ Prazer Maxwell.

_ O prazer é todo meu. 

De mãos dadas eles caminhavam pelo jardim indo em direção a piscina, Joshua sentava no percolado  após retirar os sapatos e a meia, colocando os pés na água. Max sentava ao lado dele, apoiando a cabeça em suas pernas:

_ Afim de um mergulho, podemos aquecer a água?

_ Teríamos que colocar roupas de banho.

_ Não precisamos de roupas de banho, só tem nós dois aqui.

_ Acabamos de jantar seu bobo, não acho prudente.

_ Tudo bem, mas uma próxima vez você não escapa. Sabe, desde que você voltou, você parece mais relaxado, eu estou gostando muito dessa nova fase em nossas vidas, lógico que quero que recupere sua memória, mas não posso negar que esses dias ao seu lado tem sido os melhores de nossas vidas, você até se curou da sua crise de ansiedade, e a nossa intimidade parece até que ficou mais aguçada. 

_ Sem passado lembra?

_ Sim, lembro.

 Max puxou Joshua para o seu colo, seus olhos fixos sobre o dele,  devagar sua mão desabotoava os botões da blusa de Joshua, a distância de suas bocas aos poucos diminuindo, quando todos os botões já estavam abertos, Max fazia escorregar por seus ombros o tecido o desnudando por completo, uma onda de ansiedade invadiu-lhe o corpo, o sangue pareciam fervilhar, o beijo que se seguiu tirou toda a habilidade de raciocínio, seus lábios se moldavam, suas línguas se encontravam se emaranhando de forma ritmada, as mãos firmes de Max sob suas costas a apertá-lo contra o próprio corpo onde Joshua podia sentir toda a sua ereção. Em um apelo mudo ele aninhava-se ao peito de Max depositando beijos sobre a pele também desnuda, a excitação crescente a respiração ofegante e irregular, os lábios doces e macios encontravam os de Max , num átomo de segundo seus olhares cintilantes se cruzaram seus corpos febril se entregaram a luxuria de um beijo mais intenso:

_ Max...

Joshua sussurrou o nome dele em meio ao beijo faminto, buscando o contato dos músculos rijos o abraçando-o, em um gesto impaciente, Max descia com os lábios a explorar a pele do pescoço, tórax, mamilos intercalando entre um e outro, seu corpo ficou totalmente tremulo quando foi tocado em sua ereção a sentir Max o masturbando enquanto prolongava o beijo, procurando a melhor posição Max aconchegou as costas de Joshua sobre o piso do percolado e exalou o cheiro da carne excitada passando a língua por toda a glande, a lambida lenta como se quisesse desfrutar impiedosamente daquele falo que estava em seu auge pleno, Joshua nunca em sua vida havia experimentado tanto prazer, seus dedos se entrelaçava aos fios dos cabelos de Max os puxando levemente,  enquanto ele abocanhava arrancando de Joshua gemidos clamorosos, ele o penetrava com dois de seus dedos, voltando a buscar seus lábios em um beijo, o fluxo incessante da batida do coração não dava espaço para qualquer raciocínio lógico quando novamente ele conduziu a boca ao pênis de Joshua dessa vez o abocanhando por completo. 
Max engolia todo ele, permanecendo com ele dentro de sua cavidade por uns três minutos sem mover-se, só então passou a escorregar aquele falo besuntando bem com sua saliva, trabalhava também com suas mãos massageando seus testículos, ficou ali repetindo os movimentos por mais alguns segundos até que Joshua extasiado expeliu todo o seu prazer, e foi então que Max o penetrou, fazendo suas carnes se chocarem ao invadi-lo ao seu encaixe, o emolduramento de seus corpos  ao colocar Joshua de quatro intercalava seus movimentos de lentos a rápidos fazendo os dois exultarem em gemidos e grunhidos entredentes. 

Apoiado com uma das mãos no quadril e a outra no ombro do moreno ele o puxava ao seu encontro surrando a próstata de Joshua até a exaustão de seus corpos, terminando assim com um beijo voluptuosamente desejoso. Depois os dois em silêncio ficaram ali deitados, o braço de Max apoiando a cabeça de Joshua que mantinha o corpo rente ao de Max.

Depois de uns quinze minutos, os dois se conduziam para dentro da casa, sem as roupas que continuava espalhadas perto da piscina, os dois tomaram banho juntos.
Já trocados voltaram para a sala para terminarem a garrafa de vinho.

Aquela noite Joshua dormiu nos braços de Max na cama do casal, mas de alguma forma aquilo não o deixava feliz, havia escolhido o tiro de misericórdia, mas sabia que o castelo de carta uma hora ou outra podia desmoronar.  

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