27- Temos que continuar.

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Alice era a única cúmplice de Enzo viva, e confessou que Antonny e Dimitri haviam sido mortos por Enzo. 
Algumas providências foram tomadas depois da morte de Enzo, os termos burocráticos foram os primeiros a serem tratados, sobre o seguro de vida no nome de Enzo Leonhart,  Max não pode receber nada pois o documento não cobria suicídio. Sobre o dinheiro que havia sido desviado para o nome de Joshua ele o receberia, Joshua sabia que esse dinheiro viria em ótima hora pois a empresa de Max estava a beira da falência por causa do desfalque que Enzo havia feito, um documento era entregue a Joshua sobre um acordo que Enzo havia feito com Maurício Hennrry, mas Arthur facilmente inutilizou esse documento na justiça, o moreno  sentia que devia isso a Max, por essa razão pedia empenho extremo a Arthur para que agilizasse a liberação do dinheiro no banco na Suíça que estava em seu nome. 
Aquele dinheiro não lhe pertencia, e pretendia devolver cada centavos aos seus donos. 

A segunda providência era arrumar seus documentos, afinal nessa confusão de troca de identidade gerou uma grande dor de cabeça. Precisava regularizar o quanto antes para poder voltar para os EUA, queria ver o pai, queria abraçar o pai. 

A última providência e a que acreditava ser a mais difícil era se livrar do sentimento que a cada dia parecia crescer em relação a Max, embora o evitasse sempre que ambos se esbarrava ou que ele insistentemente o ligava.  Joshua sabia que nem toda história o príncipe viria em um cavalo branco e ali estava um bom exemplo disso. 

Faltava ainda algumas semanas para Joshua viajar, Daniel estava preparando uma grande festa na boate, por mais que Joshua tentasse  tirar essa ideia da cabeça dele  não conseguiu um resultado positivo. 

No meio da semana Joshua teve que prestar depoimento e seu testemunho foi decisivo para a condenação de Alice.
No final da tarde Arthur trouxe a grande novidade: 

_ Enfim consegui, você já pode movimentar sua conta, ela foi desbloqueada.

_ Sério, isso é maravilhoso, agora poderei devolver todo esse dinheiro para o Max. 

_ Você ainda não o desculpou, as coisas não foram como a Alice colocou, não teve essa malícia Josh.

_ Pode ser Arthur. Mas eu não quero discutir isso justo com você. 

_ Josh, você sabe dos meus sentimentos por você  não sabe, mas eu sei que você não me ama, você ama o Max e ele te ama, quando ele me procurou para falar que ele não podia colocá-lo em perigo por causa do Enzo eu entendi o que ele pretendia ele só queria te proteger, ele agiu como um humano que é Josh, com medo, com receio da aproximação de que a aproximação de vocês provocasse a ira do Enzo, ele agiu com insegurança também, o Max é um bom homem, confuso as vezes mas isso também é normal, ninguém é perfeito Josh, e que bom que o Max erra, isso mostra que ele está procurando acertar.

_ Arthur...

_ Escute Josh, não desperdice a chance que tem de ser feliz com intrigas da Alice, ele pediu para que eu cuidasse de você sim mais e daí, ele estava cuidando de você do jeito dele. 

_ Eu não sei se aceito esse jeito torto dele amar. 

_ Eu estou tentando te falar que do jeito dele, ele quis apenas te proteger, mas você é muito cabeça dura.

Ele sorria como a dizer que havia cumprido o que a sua consciência havia pedido para ele dizer:

_ Arthur, obrigado por tudo. 

Naquela mesma tarde teria uma reunião com os acionista na empresa,nem todo o dinheiro roubado foi recuperado mas o que estava na Suíça sim e Joshua  já havia depositado o cheque correspondente a boate para o nome de Daniel e agora era a vez de ressarci o dinheiro a empresa. 

Quando a reunião acabou Max tomava a frente quando Joshua estava para sair da sala:

_ Podemos conversar? _ Você tem me evitado a semanas, nós merecemos pelo menos uma última  conversa, por favor não nos negue isso, não podemos continuar assim. 

_ Certo  Max, e o que temos para falar?

_ Como assim o que temos para falar, sobre nós.

_ Errado, não existe nós, existe você e eu, nós não, não pense que pode fazer o que quer. 

_ Eu te amo Joshua, eu errei, tudo bem eu errei, mas foi...

_ Mas... Se você me amasse não existiria o mas entende. 

_ Nada do que eu disser vai te convencer não é? _ Então eu preciso te mostrar, quem sabe assim você se convence. 

Max o puxava de forma tão repentina que Joshua não teve opção a não ser obedecer ao beijo, obrigando assim  o rapaz a  recuar seus passos para trás até que ambos caísse sobre o sofá, seu corpo  por cima do moreno  a arrancar-lhe a roupa, beijando cada parte de seu corpo. Já totalmente entregue e sem força para recuar Joshua  teve que se recompor quando a porta do escritório de Max foi aberta dando passagem a Daniel que ainda tentou fechar a porta sem ser notado, porém era tarde demais e Joshua já abotoava a blusa totalmente sem jeito: 

_ Desculpa, eu não sabia que vocês, não queria interrom...

_ Você não interrompeu nada Daniel, eu preciso mesmo ir. 

_ Não... Joshua.

Antes que dissesse mais alguma palavra Joshua já andava a passos largos em direção ao elevador.

_ Que droga Dani, você tinha que aparecer justo agora. 

_ Caramba Max, você tinha que esquecer de trancar a porta.

_ Eu não tive tempo de trancar a porta.

_ Pelo jeito vocês não se entenderam não é?

_ Eu fui um idiota, ele tem razão em me odiar. 

_ Ele não te odeia Max, será que isso que quase aconteceu entre vocês aqui agora não mostrou que ele não te odeia. 

_ Tá, ele não me odeia, mas não me perdoa. 

_ Max, você tem que fazer ele confiar em você, mostrar que além de um amante fervoroso você também pode ser seu amigo entende, mostre a ele que ele pode confiar em você.

_ Amigo... eu não quero ser amigo dele, eu quero me casar com ele, quero ele na minha cama. 

_ Maxwell Leonhart, você tem muito o que aprender ainda. Mas vamos ao que interessa, hoje é a festa de despedida do Joshua, é a sua chance, talvez a última, não a desperdice. 

Quando Joshua chegou a boate, foi recebido com alegria por Daniel, alguns poucos amigos estava presentes e  Arthur também estavam por lá, quando todos estavam erguendo suas taças para um brinde Joshua ouve  uma voz familiar ser sussurrada próximo ao seu ouvido fazendo um arrepio lhe percorrer o corpo.

_ Não ia esperar por mim para brindar?

_ Max... o que faz aqui?

_ Eu fui convidado, podemos conversar, a sós, não me negue a última chance. 

A força do destino.Onde histórias criam vida. Descubra agora