A força do destino.

10- Toda ação gera uma reação

A situação toda parecia muito desconfortável, o homem se aproximava com um amplo sorriso enquanto era nítida a luta de Max em sucumbir a vontade de arrancar com um murro os dentes daquele sorriso:

_ Bem vindo de volta Enzo, não sabe como fiquei feliz em saber que havia retornado.

_ Obrigado sr° Symonie.

_ Dimitri, me chame como sempre me chamou. 

_ Claro, Dimitri _ forçou um sorriso.

Max que não lhe soltou em nenhum instante enquanto Symonie estava ali se exibindo,  se viu obrigado a afrouxar a mão quando o outro o convidava para a sua sala: 

_ Não se esqueça do que eu disse no elevador Enzo, pondere bem os seus pensamentos, estarei na minha sala quando terminar com..._ Mais uma vez forçando o sorriso _ Dimitri. 

De maneira solene, Max puxava mais uma vez Joshua ao seu encontro juntando seus lábios, depois conteve um suspiro frustrado ao vê-lo acompanhar Symonie até sua sala. 

Escancarando a porta da própria sala Max observou o moreno entrar na sala de Dimitri Symonie como tantas vezes ocorrera antes do seu desaparecimento. 

Assim que a porta da sala se fechou, Joshua arregalou os olhos ao ser agarrado por Symonie, Joshua teve que reunir o máximo de força para empurrá-lo:

_ Que diabos pensa que está fazendo? 

_ Como assim o que eu penso que estou fazendo, eu estou morrendo de saudades, não sabe a alegria que eu senti ao saber que viria me ver.

_ Você entendeu tudo errado, eu sou um homem casado.

_ Isso não te impediu das outras vezes, por qual motivos impediria agora?

Fragmentos de uma conversa anterior com Max lhe sobreveio a mente, então o adultério de Enzo era verídico:

_ Dimitri, eu não sei o que houve entre nós, mas se houve não voltará a ocorrer, esse beijo foi um erro que não voltará a se repetir.

_ Agora eu entendi tudo, você não precisa mais de mim, e essa de amnésia,  o idiota do Maxwell pode engolir, mas para cima de mim isso não me convence, vamos me fale logo qual é o jogo?

_ Que disparate você está falando, só deve estar maluco. 

_ Disparate é você vir aqui como o mocinho bancando o inocente, Enzo Leonhart não joga para perder, quem é o idiota da vez, você não vai me ferrar, eu te levo junto. Se o seu marido me encrencar com a história do dinheiro que você desviou para a concorrência  pode acreditar que eu te levo junto. 

_ Eu não sei do que está falando.

_ Desiste Enzo, eu não vou cair nesse seu joguinho, eu sei que essa não é uma visita de cortesia. Acha mesmo que sou tão estupido, você e o seu cúmplice ainda vão ter que fazer as minhas vontades, e nesse momento você sabe bem o que eu quero.

Joshua sentiu um frio na barriga ao ser pego de supetão  por Dimitri, que o prendia contra a parede e o peso do seu corpo a juntar seus lábios de forma bruta, e nesse instante a porta se abria dando passagem para Max que tinha as pupilas dilatadas a olhar aquela cena.
Quando enfim se refez do impacto inicial, com a agilidade de um gato ele avançou sobre Dimitri o golpeando com um soco certeiro no olho direito:

_ Seu maldito. Devia ter te matado faz tempo seu cretino. 

A luta travada entre os dois homens fazia com que a secretária de Dimitri logo interfonasse para a equipe de segurança enquanto Max era golpeado com um golpe conhecido por mata-leão, Joshua tentava separa-los acabando por levar uma cotovelada fazendo com que Max reagisse ao retalhar o golpe anterior com uma cotovelada bem acertada no estomago do outro que o soltou no mesmo instante, a briga ferrenha só se deu por final quando dois segurança arrastava Dimitri para fora com juramentos de que aquilo não ficaria assim:

_ Isso vai ter volta, não pense que esquecerei isso.

Sem dizer uma única palavra Max deixava a sala do outro, Joshua o seguia:

_ Por favor me traga gelo _ Pedia para a secretária.

Max emburrado estava de costas para Joshua que se aproximou o tocando no rosto delicadamente, delineando o vermelhidão que se transformaria em um hematoma feio na manhã seguinte. 
Max recuava de seu toque mesmo que ele insistisse em tateá-lo, e só recuou sua mão quando o tom acusatório de Max o fez ficar visivelmente em choque:

_ Satisfeito agora? _ Estava com tanta saudades assim do seu amante que não respeitou nem o mesmo espaço que eu me encontrava? 

O jeito como Max o olhava fazia seu coração quase sair pela boca, o que fez com que Joshua balançasse a cabeça freneticamente a principio confuso depois resignado:

_ Não!

_ Muito bem Enzo, você conseguiu, você hoje me pediu para se manter longe, pois bem, agora quem o quer longe sou eu. Agora por favor me deixa sozinho. 

_ Max eu...

_ Qual parte do sozinho você não entendeu Enzo?

Max dizia as palavras com tanto desprezo que aquilo parecia dilacerar o coração de Joshua, e o que faria em relação aquilo, ele não tinha o direito de estragar a vida do irmão, não podia deixar que Max o odiasse, e o que havia sido aquela tarde, depois de muito refletir resolveu ligar para Antonny, só ele poderia explicar toda aquela confusão. 

Marcaram de se encontrar em um barzinho, e Antonny já estava a sua espera quando Joshua apareceu. 

Depois de lhe contar com detalhes tudo o que aconteceu, Antonny parecia nervoso:

_ Você estragou tudo. Eu não sei como mas você vai ter que dar um jeito de arrumar a bagunça que você fez.

_ Que eu fiz? _ O meu irmãozinho não me parece ser tão inocente assim, eu entrei nessa acreditando que ele era a vítima aqui, porém vejo que a vítima tem muitos fios soltos, afinal quem diabos é Enzo Leonhart, o mocinho ou o bandido?

_ Existem muitas coisas ocultas nessa história, sim ele teve um caso com Dimitri e daí, isso faz dele um algoz, você mesmo disse que o homem é maluco, que te agarrou, quem sabe o que pode ter feito ao seu irmão? 

_ Eu não sei mais o que pensar Antonny, uma hora acho que o Max é inocente, depois descubro que ele tem segredos que não revela, no mesmo dia descubro o caso do Enzo com o tal do Dimitri, quem é o mocinho e quem é o bandido, aparentemente estou longe de descobrir. 

_ Eu imagino como deve ser confuso para você Joshua, mas estamos perto de desvendar todo esse mistério, já é a segunda pessoa que fala sobre um dinheiro.

_ E que maldito dinheiro é esse?