3 - Fogo cruzado

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Como previsto a isca havia sido lançada e o peixe  foi fisgado,  Maxwell se encontrava em frente a casa do homem que  Antonny havia contratado e o homem o conduzia ao encontro de Joshua, o rapaz não podia dizer que estava confortável pois sua palpitação estava acelerada quando pela primeira vez fixou o olhar sobre o de Maxwell que diminuiu a distancia entre eles a circular os braços em torno de seu corpo em um abraço apertado.


Ali estava a única chance de desistir daquela maluquice se não desistisse naquele instante depois seria tarde demais, e Joshua o afastou apenas para perguntar:

_ Quem é você? 

_ Sou eu meu amor, o Max, senti tanto a sua falta, achei que nunca voltaria a te ver.

Joshua o observava como se fosse a primeira vez  que o olhava e para se dizer a verdade era mesmo a primeira vez. 

_ Não conheço nenhum Max moço. Você deve ter se enganado.

_ Sou seu marido Enzo, eu não sei o que aconteceu com você meu amor, mas agora eu irei cuidar de você e nunca mais sairá de perto de mim.

Bingo! Maxwell fez exatamente o que Antonny havia dito que ele faria.

Naquele mesmo dia Joshua estava sendo avaliado por uma equipe médica passando por uma bateria de exames, logicamente que os resultados não deram nada afinal Joshua era saudável. 

Por um momento Joshua se sentiu turvo, devido a  tantos exames que foi submetido, parecia um ratinho em laboratório sendo examinado de tudo quanto era jeito, quando enfim firmou os pés sobre o chão era amparado pelos braços de Maxwell, já no carro seguindo em direção a casa onde Max e Enzo residia, pela primeira vez Joshua o olhava interessado em saber quem realmente era aquele homem que também o olhava com um olhar insistente como se com isso fosse despertar  alguma lembrança no rapaz, Joshua sabia que aquilo era impossível de acontecer, porém o olhava enigmático querendo captar se ele era sincero ou estrategista, ele queria saber quem de fato era Maxwell Leonhart, de um jeito ou de outro ele iria descobrir uma hora.

Joshua estava tão absorto no próprio devaneio que nem reparou quando Maxwell o chamava:

_ Enzo, amor?

_ Desculpa, é ainda muito estranho ser chamado dessa forma. Você disse que é meu marido?

_ Sim, nós somos casados e muito felizes. 

_ Felizes?

_ Sim, é uma pena que você não se lembre de nós, você não sabe como me sinto feliz em ter você de volta, esses dois anos foram os mais difíceis, torturante mais precisamente.

Aparentemente ele era sincero em suas palavras, mas era primitivo dizer aquilo sem de fato conhecer aquele homem por isso tinha que confiar desconfiando, nada era definitivo, não podia formar uma opinião a respeito dele sem dar o benefício da dúvida. 

De súbito viu que tinha chegado na casa quando um largo portão se abria dando passagem para o estacionamento onde Maxwell manobrava o carro para estacioná-lo, e Joshua só teve tempo de retirar o cinto, foi surpreendido com um beijo em seus lábios a língua dele a serpentear em sua boca, nada pôde fazer a não ser corresponder ao beijo que o pegou desprevenido, o beijo era tão urgente, ele forçava os lábios contra o de Joshua que entreabriu os próprios para o receber, sua língua era introduzida em sofreguidão como se aquele beijo fosse algo esperado a tanto tempo, o beijo agressivo aos poucos iam perdendo o vigor e passava a ser um beijo mais calmo, mais carinhoso onde Joshua agora podia sentir a textura dos lábios de Maxwell sobre os dele, era um beijo que causava uma sensação gostosa.

Maxwell conduzia o rapaz para o seu colo ao puxá-lo ao seu encontro, Joshua não se opôs e o beijo voltou a ser ansioso como no início, a mão de Maxwell invadia por dentro de sua camisa e Joshua podia sentir seus dedos quentes explorar sua pele causando-lhe  arrepios, ele tinha um olhar lascivo quando os lábios deles se separaram, seus olhos que estavam fixo sobre seus dedos que iam desabotoando os botões da camisa que Joshua usava desnudando a pele alva, sem pensar Joshua repentinamente esquecido de todo o seu cuidado em resguardar-se se entregava mais uma vez ao beijo submisso e oferecido. 

O encontro de sua boca sobre a película do pescoço de Joshua fez  o lume de sua pupila ficarem evidentes e mesmo que quisesse não conseguiria recuar.

 Se ambos não fossem interrompidos pelo celular de Maxwell que insistentemente tocava fazendo surgir em ambos uma suspiro reprimido sobrepondo o ruído do toque do celular que ainda tocava:

_ Droga de celular _ Atendendo a contragosto Maxwell ainda tentou lhe segurar quando Joshua saiu de seu colo, já abotoando sua camisa. 

_ Alô, quem é?

_ Sou eu.

_ E o que você quer?

_ Você sabe, precisamos conversar.

_ Tudo bem, mas agora não dá, você me atrapalhou em algo importante. Agora eu vou desligar, não me ligue, eu ligo para você.

Joshua reparava nas palavras de Maxwell, aquela era uma conversa no mínimo suspeita, com quem será que ele estava falando:

_ Quem era?

_ Alguém sem importância. Era um empregado da empresa, depois eu te explico. Vamos continuar o que estávamos fazendo amor.

_ E o que falavam? _ Perguntou ignorando a segunda parte da fala de Maxwell.

_ A uns dois anos houve um roubo na empresa amor, e precisamos pegar o responsável, estamos bem perto de descobrir quem foi. 

Aquilo era algo a ser considerado e investigado a fundo, talvez o roubo tivesse alguma ligação ao desaparecimento de Enzo:

_ Eu tinha o costume de ir a empresa?

_ Era raro os dias em que aparecia por lá amor, mas antes do seu desaparecimento sim, você passou a frequentar bastante, eu morria de ciúmes quando você ficava horas com o Dimitri.

_ Dimitri?

_ Dimitri Symonie é o administrador da empresa. Mas vamos esquecer isso agora amor.

Max tentava mais uma vez beijá-lo mas Joshua o brecava a colocar ambas as mãos sobre o ombro dele o afastando.

_ Desculpa, me dá um tempo, deixa eu te conhecer primeiro.

_ É difícil ficar perto de você e não poder te tocar Enzo, mas eu te entendo, você não se lembra de mim... de nós. Eu irei dar o tempo que você precisa.

Terminou a fala com um selinho demorado nos lábios de Joshua. 




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