A força do destino.

28- Última chance

Sozinhos na sala privativa que pertencia a Enzo, Max logo perguntou:

_ Você me ama Joshua?

_ Que tipo de pergunta é essa Max?

_ Apenas responda. Você me ama?

Hesitante Joshua permanecia em silêncio. Até que o olhando ele respondeu:

_ Sim Max, eu amo você. Mas isso...

_ Não, não fala nada, eu preciso falar.  O Enzo me moldou a maneira dele, eu não sei ser diferente, mas aí você apareceu na minha vida e tudo o que eu imagina ser o certo eu percebi não ser tão certo, de repente eu passei a agir como um idiota, sei que eu errei com você e sei também que merece alguém melhor que eu, por isso eu vim hoje aqui te pedir que seja meu amigo. 

_ Desculpa... você veio fazer o que?

_ Dizer que podemos ser amigos. 

_ Você ousa vir aqui pedir para que sejamos amigos, você tem razão Max, você age como um idiota, um tremendo idiota. 

Quando Joshua abria a porta e insinuava sair por ela, Max a fechava a forçar a mão sobre ela:

_ Não, você não vai sair daqui enquanto não conversarmos, me escuta. 

_ Escutar para que? _ Para ouvir você dizer que quer ser meu amigo?

_ Eu só não te entendo, não sei como agir com você, eu disse que eu te amo, e parece não ter sido suficiente, o Dani me diz que precisamos ser amigos para que você possa confiar em mim, mas quando eu te ofereço a minha amizade você a dispensa, eu quero você mais que tudo. 

_ Não, você não quer.

_ Quero.

_ Não! _ Você vive me comparando com ele, por que o Enzo agia assim, porque o Enzo agia daquela forma, eu não sou ele Max.

_ Nem eu quero que seja Joshua. Eu amo o seu cheiro, o seu jeito de sorrir, o seu olhar, gosto do toque dos meus dedos na sua pele e a forma como você se arrepia com eles, gosto dos seus sussurros na  madrugada, gosto do aroma do seu perfume que fica sobre o meu corpo depois de fazermos amor, eu gosto de  tudo em você. E você deve estar pensando isso não prova nada, e talvez não prove mesmo, mas eu sinto sua falta, o seu lado na cama está vazio, sinto frio e você me aquece, sinto fome e você me sacia, sinto sede e você me faz desfrutar o melhor sabor que existe. 
Eu nunca fui feliz com o Enzo, diferente de quando eu estava com você. Eu fui um idiota por não ter percebido a diferença entre vocês eu confesso, mas depois fui percebendo diferenciar, e quando nós fomos para a cama  algumas noites antes do Enzo morrer, não foi com ele que eu fui para cama, foi com o Joshua, e quer saber foi a melhor noite da minha vida, nós nos amamos plenamente, avassaladoramente, quando eu te arrastei para aquele quarto, não era o Enzo que eu queria, que eu desejei, era você Joshua, você pode me não me desculpar por não lutar por você no momento em que deveria, você pode me acusar de ter pedido para o Arthur cuidar de você, de ser negligente o sei lá do que mais, mas se tem algo que você não pode me acusar e de não ter te amado, por que eu te amei, eu ainda amo. 

Dando por concluído sua fala Max deixava-o ali na sala sozinho, deixando o local sem se despedir de ninguém, Joshua permanecia ali inerte até que Daniel entrou:

_ Joshua, tudo bem?

_ Max, cadê o Max?

_ Ele já foi embora, acabou de sair, saiu sem despedir de ninguém, percebi que vocês não se entenderam e deixei que ficasse um pouco sozinho. 

Sem nenhuma explicação, Joshua saia apressado atrás do homem, porém ele não sabia dirigir, percebendo isso Daniel logo se ofereceu:

_ Hei, entre, vamos eu te levo.

Aceitando o oferecimento de imediato, já se acomodou no banco do passageiro e sem precisar dizer para onde iria Daniel já seguia rumo a mansão. 
Assim que Joshua descia do carro, Daniel dava marcha-ré não antes de dizer:

_ Boa sorte com o cabeça dura do meu irmão.

Joshua piscava para ele, indo em direção a ampla sala da mansão que estava com a porta apenas encostada. 
Jogado no sofá com uma garrafa de conhaque na mão, Max quando viu Joshua invadir o local ergueu-se:

_ Joshua? _ O que faz aqui?

_ Eu pensei em ir embora, eu pensei que estaria tudo bem para mim ir e nunca mais te ver.

Olhou a penumbra onde ele estava:

_ Eu pensei em te deixar sozinho, pensei em tentar te esquecer, mas eu sei que isso é impossível, estou por sua conta Max, pelo tempo em que for necessário, sou teu, você é quem manda, você é o dono dos meus pensamentos, dos meus sentimentos, eu também tenho agido como um idiota, vamos ficar  juntos, aprender juntos.

Max em concordância se aproximava diminuindo cada vez mais a distância que os separava, com agilidade Joshua circulava as pernas em volta da cintura dele o beijando enquanto Max o carregava para o quarto, em mútua compreensão de seus corpos que clamavam um pelo outro, ambas as palpitações pulsava compulsivamente enquanto o olhar de Max grudava a boca de Joshua que era desenhada com o dedo dele a deslizar sobre ela, aquele gesto era como um apelo para que o beijo acontecesse, porém Max parecia se divertir com a tortura ficando ali apenas a observar Joshua entreabrir os lábios para receber os dele porém o beijo não acontecia mesmo que a distância entre os lábios dele fossem mínimas. 
Joshua estava ansioso pelo beijo, podia sentir o hálito quente e um cheiro suave de bebida a qual Max havia  ingerido, por um momento o moreno fechou os olhos mordendo o canto do lábio inferior, mas ouvia Max com a voz quase inaudível lhe pedir.

_ Olhe para mim Joshua. 

Obedecendo ao comando Joshua entreabria os olhos encontrando o lume do olhar de Max sobre ele e por fim ele selava os seus lábios puxando o inferior com os dentes. 
Quando enfim ele o beijou, o beijo estava longe de ser romântico, pois os lábios se acariciavam de forma faminta, em uma insistência quase emergencial,  o beijo era recheado de sensualidade, o contorno erótico de suas línguas se moldavam de forma harmoniosa, a volúpia com que se entregavam a carícia labiais  refletiam em seus corpos que já davam sinais evidentes de estarem excitados sem nenhum pudor, a intensidade do beijo aos pouco foi cessando e quando os lábios se separavam não precisavam de palavras para que o outro entendesse o que seus corpo necessitavam. 
O anseio de seus corpos impulsionavam e logo novos beijos eram iniciados,  iniciando assim o ato de perfeita conexão de corpo e de alma, Max amava Joshua, e ele o retribuía com todas as forças de sua alma poderia retribuir.