Capítulo 8 "É você"

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Zac

- Você quer beber alguma coisa? - eu disse sorrindo. Eu não conseguia parar de sorrir.

- Cerveja. Você gosta de cerveja?

- Gosto bastante. - a impressão que eu tinha era que ela não me conhecia como o baterista da banda Hanson. E eu tava gostando disso. Peguei as cervejas e voltei rápido, entreguei a dela e nos olhamos de novo, era como um ímã. Eu queria olhar pra ela o resto da minha vida.

- E então Elena você é brasileira? -disse dando um gole na cerveja.

- Sim, sou de São Paulo. Estou morando aqui a 8 meses. E você mora aqui em Nova York?

Aquela pergunta me surpreendeu, eu a olhei nos olhos e vi que ela tinha sido sincera, ela realmente não me conhecia, até me deu um certo alívio.

- Não, estou aqui a trabalho. Sou músico. - eu estava um pouco nervoso. Ainda bem que estava com  uma cerveja na mão, dava uma golada pra disfarçar. - E você faz o que?

E-Sou neurocirurgiã, trabalho no Mount Sinai Hospital. - disse passando as mãos nos cabelos. Acho que ela também estava nervosa.

- Nossa, então você é muito inteligente. Vou começar a tomar cuidado com o que eu falo. - e ela riu. E era linda! Que sorriso... e eu ri com ela. - Deve ser incrível a sensação de salvar vidas? - disse empolgado.

- Muito incrível, eu amo meu trabalho. - notei que ela ficou mais solta... realmente deve amar o que faz. - Deve ser ótimo ser músico, tá sempre viajando, conhecendo lugares novos.

- É sim, eu também amo o que eu faço. - sorri e dessa vez ela sorriu de volta. 
Com certeza com a mesma sensação que eu tive minutos antes. - Mas o seu trabalho com certeza é mais importante, você salva vidas. - disse me recostando na cadeira. A olhei nos olhos novamente. Ela não desviou e me surpreendeu na resposta.

- Discordo! Eu posso até salvar vidas. Mas você ajuda a salvar almas. - e continuou me olhando nos olhos.

Então Carol chegou.

- Elena eu pedi nossa música pra eles, vem dançar agora. - disse a puxando.

Eu só fiquei alí parado olhando ela dançar, como é linda.

- E aí Zac?

- É aí Taylor tava onde? Queria te apresentar aquela loira alí, tá de frente pra cá.

- Nem vou olhar pra não cair em tentação, já disse que hoje não quero saber de mulher... a vagabunda me ligou de novo pedindo o dobro do dinheiro.

- Não acredito o que vamos fazer?

- Hoje nada, tô indo embora. - me deu um tapinha no ombro e saiu.

A música acabou e elas voltaram.

- Ué cadê o gato que tava aqui com você? - Carol falou empolgada.

- Ah era meu irmão,mas ele não tá muito legal hoje.

- Que pena, já vi que hoje não vou beijar ninguém. - e riu. - Tchau vou descer, aqui tá muito parado se é que vocês me entendem. - Elena corou na hora.

Resolvi voltar no assunto que estávamos, com ela teria que ser devagar.

- Você realmente acha que a música tem esse poder? - passei as mãos pelos cabelos.

Era difícil estar tão perto dela e não poder beijar aquela boca. Não estava acostumado a ter que conquistar uma mulher. Era sempre tão fácil. Mas não com ela.

SAVE MEOnde histórias criam vida. Descubra agora