ElenaMeu coração disparou. Senti como se meu sangue estivesse congelando nas veias.
Meu Deus!
Corri até o carro e antes mesmo que eu chegasse lá, Taylor abriu a porta. Um suspiro de alívio escapou por entre os meus lábios. Me aproximei e meus olhos encontram os dele. Estavam num tom de azul tão claro, constratando com o vermelho por causa da bebida, mas continham uma tristeza que eu não havia visto antes.
Ele estava de cinto. E os airbags haviam sido acionados.
Eu estava com um misto de sentimentos.
Alívio!
Raiva!
Tristeza!
Alívio por ver que ele estava bem. Raiva por ele ter se colocado em risco.
Tristeza por não entender o que o levou a isso.Meu coração estava apertado. Enquanto os airbags murchavam Taylor permaneceu parado, só me olhando em silêncio. Sua respiração estava irregular. Me abaixei e entrei no carro pra tirar o cinto dele.
- Você está bem? Tá doendo em algum lugar? - questionei enquanto o olhava de cima a baixo.
Não tinha nenhum corte. Nenhum hematoma. Era o que eu pensava.
- Tá doendo, morena! - ele disse olhando no fundo dos meus olhos. - Tá doendo aqui. - ele levou a mão ao coração. - E eu não sei o que fazer pra passar.
Ele disse e vi uma lágrima escorrendo. Sua voz era arrastada. As vezes enrolada. Mas eu entendi. E doeu, porque eu sabia bem o que era sofrer por amor. Nesse momento notei sua mão machucada. Mas pelo que notei não tinha sido causada agora, já tinha sangue seco. E estava bem roxo.
Fiz alguns testes rápidos pra saber se ele estava realmente bem. Não ajudava em nada o fato de estar bêbado, achei melhor mantê-lo em casa e levá-lo ao hospital na manhã seguinte. Eu ficaria vigiando ele durante a noite.
- Foi por ela que você bebeu desse jeito? - disse o ajudando a levantar.
- Não! Foi por não ter coragem de falar pra ela o que eu sinto... Mas eu preciso, não aguento mais.
Eu segurei sua mão.
- Você só precisa olhar nos olhos dela e falar. Mas não bêbado. Vem que eu vou te colocar embaixo do chuveiro.
Já estava imaginando como eu faria pra subir com ele. Taylor é muito alto, forte e eu não tinha forças pra carregar ele. Ele passou um dos braços pelo meu ombro. Segurei na mão dele tentando a todo custo mantê-lo em pé. Caminhamos com dificuldade pelo jardim até a cozinha, liguei a cafeteira e apoiei ele novamente em mim. Difícil seria subir as escadas.
- Mas que drogaaa... Por que eu comprei essa casa com tanta escada?
Ele disse de um jeito bravo mas engraçado.
- O problema aqui não são as escadas, e sim o fato de você estar bêbado como um gambá.
Ele riu me olhando. Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
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SAVE ME
FanfictionElena e Zac se encantam um pelo outro instantaneamente, nasce aí um amor, mas será que esse amor é capaz de curar os seus traumas? Acompanhe essa estória de amor, amizade, traição, drama, paixão e umas pitadas de maldade.