Capítulo 17 " Tulsa"

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Taylor

Eu ouvi quando a Carol falou que havia sido aquele maldito beijo que tinha feito Elena ter pesadelos " de novo". O beijo que eu dei nela naquela noite. Como eu me arrependo disso.
Quando a vi com o Zac na noite seguinte eu pensei que ela fosse me reconhecer mas não, então eu resolvi evitá-la por medo que isso pudesse acontecer em algum momento.

No dia seguinte resolvi ir até o prédio onde Jéssica morava, fui na intenção de fazer com que ela desistisse da chantagem, mas não a encontrei. E quem eu encontrei? A morena de novo. Parecia até que ela me perseguia, aparecia em todo lugar. Elena me convidou pra ir até o seu apartamento, e nem sei porque  aceitei, eu estava nervoso e acabei sendo grosso com ela.

Ela me colocou no meu lugar e ainda me ofereceu uma grande ajuda. Por mais que ela não reconheça isso. Eu jamais teria denunciado se não fosse por ela. Aquela vagabunda está na cadeia por quê ela me ajudou. E eu percebi sua preocupação comigo. Quando voltei ferido ao apartamento ela cuidou de mim e tê-la ali tão perto fez meu coração disparar, então fechei meus olhos. Porque ficar ali olhando pra ela, me deu uma vontade louca de beijar aquela boca linda. E não, eu não faria isso. Ela é namorada do meu irmão.

Eu gosto de ter ela por perto, de conversar, conhecê-la melhor. Ela é linda e tem um corpo que nossa...
Eu queria mantê-la por perto, mesmo que fosse como amiga, ela é apaixonada pelo Zac, eu vejo isso nos seus olhos quando fala nele. Acabei falando demais quando disse que ele tinha sorte em tê-la e daí a conversa fluiu e ela acabou confessando que tinha uma impressão ruim de mim, que achava que me conhecia. Eu ia falar pra ela, apesar do risco.

Provavelmente ela me daria uma bofetada, me colocaria pra fora, talvez nunca mais olharia na minha cara. Ou talvez ela me perdoasse e entendesse que eu agi como um idiota, mas que no fundo eu sou um cara legal. Eu pensava assim antes de ouvir aquilo. O desespero dela, os gritos. Me assustei, achei que tinha alguém ali, abri meus olhos e vi que ela estava tendo um pesadelo.

Não Bernardo, não.
Por favor, não faz isso comigo de novo.
eu não quero, sai de cima de mim, por favor, não.

Ela dizia em meios as lágrimas que escorriam por seu rosto. Levantei e a pegueu firme pelos ombros, mas com cuidado pra não assustá-la. A chamei até que ela me olhou e chorou desesperada, se agarrou em mim e pediu pela amiga. Fiquei ali até Carol chegar, eu só queria protegê-la. Carol chegou e já foi me acusando, a tirou de perto de mim e a levou pro quarto.

Eu queria ajudar de alguma maneira, então peguei um copo d'água e levei pra ela, quando saí pude ouvir Carol dizendo aquilo, eu me senti horrível. Precisava sair dalí, como eu olharia pra ela sabendo que eu também tinha culpa por aquele sofrimento todo. Aquilo não parecia um pesadelo, pareciam lembranças. E só de pensar que alguém possa ter feito isso com ela eu enlouqueço. Eu fui embora, ela me ligou, me mandou mensagem mas eu não sabia o que dizer. Eu não podia mais contar, então resolvi evitá-la, e pra minha surpresa quando cheguei no hotel ela estava lá.

- Taylor! Que bom que eu te encontrei.

Eu virei e a encarei não sabia o que falar. Respirei fundo.

- Oi Elena! Me desculpa não ter te atendido. Eu estava ocupado resolvendo umas coisas, só voltei agora como você pode ver. - falei torcendo pra que ela acreditasse.

- Tá tudo bem? Por que você foi embora daquele jeito? - sua expressão séria, os braços cruzados.

Eu teria que mentir pra ela, me fingir de ofendido pela acusação da Carol. Eu não contaria sobre o beijo, ela não me perdoaria. Passei as mãos no rosto levando aos cabelos e os jogando pra trás. Ela me olhava esperando uma resposta. Aqueles olhos lindos, meu Deus eu devo estar enlouquecendo.

SAVE MEOnde histórias criam vida. Descubra agora