Capítulo 33 " Eu preciso te esquecer

250 22 399
                                    


Taylor

Alívio, essa é palavra que resume o que eu senti quando percebi que a minha preocupação, me fez acreditar que ela tentaria o suicídio. Quando senti seus braços me envolverem, meu coração acelerou ainda mais. Foi como se cada parte do meu corpo pudesse sentir a presença dela, e finalmente eu poderia respirar. Sabendo que ela estava bem.

Sua voz ecoou e fez meu corpo estremecer, a olhei nos olhos, segurei seu corpo contra o meu, eu precisava sentir. Por um instante achei que fosse perder o controle, meu olhar desceu pros lábios dela e o desespero que eu senti quase me fez beijar aquela boca como se não houvesse amanhã. E pensar nisso me fez perceber que eu preciso falar a verdade pra ela. Eu preciso dizer o que eu sinto, mesmo que ela não me queira, mesmo que ela despedasse ainda mais o meu coração.

Mas ela tem que saber.

Ela precisa saber.

Eu sei que a possibilidade dela se afastar de mim é grande. E não é só sobre o meu sentimento que eu preciso falar, preciso contar sobre o beijo e pensar nisso me apavora. O medo que eu tenho dela não me perdoar é tão grande, e eu não sei se consigo viver sabendo que ela me odeia.

Não consegui mais olhar pra ela naquela noite, apesar de todas as células do meu corpo desejarem senti-la, era como se ela fosse o meu oxigênio. E isso está acabando comigo. Eu não saí com nenhuma outra mulher, desde a noite da festa de noivado. Sentia como se ela precisasse de mim, mas no fim das contas, sou eu quem preciso dela.

Preciso tanto que esse sentimento começava a me apavorar.

Como pode você sentir que pertence tanto a alguém?

Mesmo que eu nunca tenha sido dela de fato. O que me faz pensar que se isso um dia acontecer, eu nunca seria capaz de parar. Eu me viciaria nela de um jeito, que seria incapaz de me afastar, ou de machucá-la. Nesse momento enquanto estou deitado na minha cama, sinto como se meu coração estivesse se partindo, a cada dia mais, a cada vez que a vejo e não posso tocá-la. Não da maneira que eu quero.

As lágrimas molham o meu rosto enquanto luto contra um sentimento que toma conta de mim, de todo o meu ser. E isso dói. Dói tanto. Eu nunca pensei que amar fosse tão difícil. Mas ao mesmo tempo é um sentimento tão puro, tão real.

E sabe como eu sei disso?

Porque eu sou capaz de tudo pra vê-la feliz, mesmo que não seja comigo.

Mesmo quando a minha consciência me cobra o fato dela ter sido do meu irmão primeiro, mesmo assim, eu sei que é de verdade. Porque amá-la do jeito que eu amo, não pode ser errado.

A cada abraço que ela me dá, eu tento o máximo que posso controlar as reações do meu corpo. Mas isso tem sido uma luta.

Em pensar que ela está tão perto, eu só  preciso abrir a porta e dar alguns passos até o seu quarto. Levanto e ando em direção a porta, giro a maçaneta mas nesse momento penso no meu irmão.

Eu não posso fazer isso.

Não agora que contei pra ele a verdade. Pego meu maço de cigarros e vou até a sacada, não a que divido com ela, vou pra minha sacada particular. E penso se ela está me esperando no nosso lugar.

SAVE MEOnde histórias criam vida. Descubra agora