SAVE ME

Capítulo 45 "Sua Mulher" ( parte 1)"

Elena

Quase não acreditei quando Zac me ligou. Passei tanto tempo ao lado dele, e justamente quando eu saí ele acordou.

A ansiedade toma conta do meu corpo. A agonia que senti nesses últimos dias voltando com tudo enquanto espero que ele acorde novamente.

- Morena?

Ele sussurra ainda de olhos fechados. Mas é o suficiente pra me desestruturar. O som da sua voz me faz arrepiar, ainda rouca e um pouco baixa, mas me causa uma emoção indescritível. As lágrimas lavam meu rosto, mas é de pura felicidade. Alívio.

Ele cumpriu a promessa.

Ele não me deixou.

Esse "morena" foi especial, porque foi o momento em que ele voltou pra mim.

- Eu tô aqui, meu amor. Eu tô aqui!

Meu coração bate tão rápido que a impressão que eu tenho é que ele vai arrebentar meu peito.

Seus olhos encontram os meus.

- Acho que eu morri. - ele diz e leva a mão lentamente ao meu rosto, secando as lágrimas com carinho. - Porque estou vendo um anjo! - ele sorri.

A felicidade que sinto em ter aquelas mãos no meu corpo novamente não tenho como descrever. Meu porto seguro, meu quentinho.

Sorrio e seguro a mão que ele me acaricia, a beijo.

- Já te disseram que essa cantada é bem brega?

Ele ensaia uma gargalhada mas acho que sente dor.

Zac se aproxima. - Eu vou deixar vocês a sós, porque a saudade tá grande. Mas eu volto pra te ver.

A emoção escondida em sua voz entrecortada. Zac estende a mão e Taylor a segura.

- Obrigado, irmão! Você não sabe o quanto me fez bem, acordar e te ver aqui. - Zac sorriu.

- A gente conversa depois. - ele se despediu de nós dois e saiu.

E eu só queria aproveitar aqueles poucos minutos com ele. Logo o quarto estaria lotado de médicos, ele seria levado pra fazer exames. E tudo o que eu mais queria era ficar colada nele.

- Mas funcionou? - Taylor disse me fazendo acordar. Franzi o cenho. - A cantada funcionou. - sorri.

- Você não precisa me dar cantada, eu sou sua esposa. - me aproximei do seu pescoço, inalei seu cheiro e fui invadida por uma sensação de felicidade. Como eu senti saudades desse cheiro. Meu amor estava vivo, falando, brincando comigo. Eu com certeza sou a mulher mais sortuda do mundo. Passeei com a ponta do nariz ali, e quando me aproximei do seu ouvido falei: "E em breve serei o que eu nasci pra ser, sua mulher".

Depositei um beijo molhado em seu pescoço. Ele suspirou pesadamente e segurou minha nuca.

- Eu te amo tanto, minha morena! - seus olhos azuis tão claros pelas lágrimas que se formavam.

Rocei meu nariz no dele, devagar. Sentindo. Cheirando. Eu estava em paz. Ao lado dele era o meu lugar.

- Eu também te amo, Tay! - beijei seus lábios. Lentamente. Eu tinha medo de machucá-lo.