The hurting the loving

Utopia

Boa tarde, pessoas.

Sabe o que é tentar pensar e não conseguir? Então...

Boa leitura!

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Point of view – Camila Cabello

O maior problema da Lauren não era só os traumas do passado e sim algo que ela tem guardado há anos e se recusa a colocar para fora. Um movimento brusco e ela explode, é assim que tem sido por todos os dias desde de que chegamos ao Rio.

Sinto como se caminhasse em um campo minado, sem ter certeza de quais palavras usar para evitar que ela se transforme em uma pessoa completamente diferente da minha doce e meiga noiva.

A mãe também não tem colaborado, Lauren tenta manter um diálogo civilizado, mas Clara parece gostar de levar a filha ao limite sempre voltando ao passado para lembrar a morena de como eram uma família linda e unida.

Lauren por sua vez se sente culpada por ter revelado a mãe o que vinha acontecendo com a vida dupla do pai, sente-se responsável por ter tomado certas atitudes que culminaram com o infarto do Michael.

A única pessoa capaz de fazer minha noiva ouvir uma só palavra quando está muito nervosa é a irmã e às vezes eu. Taylor foi ao hospital e viu o pai, mas não conversou com ele, só falou com o médico sobre o quadro e passou o recado para a irmã, mas até isso irritou a Clara que começou a reclamar da forma como as filhas têm tratado o marido dela.

Os melhores momentos tem sido quando saímos para passear ou quando a minha sogra sai para o hospital, por enquanto Lauren só me levou para conhecer coisas próximas ao apartamento, mas hoje prometeu me levar ao Cristo Redentor.

Incrível que aqui eu consigo levantar cedo, sem mau humor, sem reclamar e tenho conseguido acordar antes de Lauren o que é um milagre ou ela tem custado a dormir, coisa que eu acredito ser mais provável.

- Está me encarando – Sorri por Lauren sempre perceber que estou olhando pra ela mesmo estando de olhos fechados.

- Bom dia, amor – Fiquei encarando Lauren até que ela abrisse os olhos, não canso de dizer como amo a cor deles ao acordar.

- Bom dia, meu anjo – Franziu o cenho e olhou o relógio – Aconteceu alguma coisa? Por que já acordou?

- Não sei, acho que essa vista da sacada me dá vontade de levantar cedo – Dei de ombros por não haver nenhum motivo especial para ir contra o meu costume de acordar depois do meio dia além da ansiedade.

- Animada pra passear – Se esticou na cama e afirmou entendendo minha disposição – Vai ter que andar um pouco, amor.

- Sem problema, levanta logo – Pulei da cama para não perder mais tempo, fora a fome que já estava fazendo um buraco no meu estômago.

Fizemos nossa higiene matinal e descemos, Taylor estava na sala conversando com alguém, mas a voz não era da Clara. Lauren passou como um furacão e agarrou a pessoa que não consegui reconhecer na hora.

- Keks – Rodou Keana no ar e a colocou no chão depois de uns tapas da amiga – Por que não me acordou, Tay?

- Porque ela não veio te ver – Minha cunhada respondeu como se fosse óbvio a visita da amiga da minha noiva.

- Esqueci que agora vocês estão nesse chove e não molha, uma na América do Sul e a outra na Europa – Lauren sentou a mesa e eu consegui cumprimentar a visitante.