Bom dia, pessoas.
Mais um capítulo, espero que estejam gostando.
Votem, comentem e nos digam o que estão achando.
Boa leitura!
_______________
Point of view – Lauren Jauregui
- Pode entrar, srta. Jauregui. O dr. Newmann já está lhe aguardando – Levantei assim que a secretária do meu psicólogo autorizou minha entrada.
O homem que aparentava ter seus 40 anos estava sentado em sua mesa escrevendo em uma espécie de caderno, quando me viu o fechou e guardou em uma estante atrás de si e veio me cumprimentar.
- Lauren, como foi as festas de final de ano? – Perguntou me guiando para as poltronas no centro da sala.
- Melhor impossível – Respondi com um sorriso contido.
- Vamos começar, como estão as crises? O remédio tem ajudado? – Abriu um caderno, colocou os óculos e cruzou as pernas iniciando suas anotações.
- Estão menos freqüentes, não estou tomando o remédio – Ele parou de escrever e me olhou.
- Você tem evitado situações estressantes? Mudou sua rotina?
- Não, minha rotina continua igual.
- Me conte o que tem acontecido, fale-me mais sobre isso.
- Ainda tenho crises, mas não são tão fortes. Tenho conseguido controlar com a ajuda da minha namorada, quando começo a sentir falta de ar ou tonta ela está por perto e me distrai. Fico mentalizando que eu tenho o controle e que consigo respirar normalmente, está tudo na minha cabeça.
- Certo, mas quando você está sozinha? Como faz?
- Raramente acontece quando estou sozinha, normalmente elas acontecem por estar fazendo alguma coisa que lembra o passado ou que me deixe encurralada e quase sempre estou acompanhada. Sozinha eu evito pensar nessas coisas e tudo fica bem.
- Lauren, você sabe que evitar pensar ou falar não vai te ajudar, não sabe? Foi por isso que receitei o medicamento, não era para parar cortar sua ansiedade. Era para te ajudar a controlar conforme você vai fazendo progresso.
- Não gosto de tomar remédio. Ele me dá muito sono e me deixa agressiva – Resmunguei.
- Okay, me fale se desde a nossa ultima conversa você fez algum progresso.
- No natal – Respirei fundo lembrando de como Camila foi perfeita ao conduzir tudo com atenção, cuidado e muito amor.
- Você tinha me dito que não comemorava o Natal porque havia perdido o sentido – Questionou fazendo mais anotações – Ficou em casa nesse?
- Não, minha namorada e eu fomos para Vermont com nossos amigos. Decoramos a casa, fizemos uma ceia e trocamos presentes.
- Como você se sentiu?
- Estranha, quando chegamos eu só conseguia pensar que depois de anos eu estaria reunida com as pessoas que mais amo fazendo aquilo de novo. Por um momento eu quis ficar no quarto para evitar lembranças, mas o pessoal me envolveu nas coisas de forma que me distraí e quis estar ali. Nem a discussão com a Camila me fez pensar em voltar pra casa.
- Vocês discutiram?
- Sim, ela perdeu os pais e estava com saudade da família. Eu por pensar muito em mim deixei que ela achasse que eu não ligava pra ela e brigamos porque eu acho que ela merece estar com alguém que a valorize da forma que eu não tenho feito.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The hurting the loving
Hayran KurguCamila Cabello a toda poderosa do ramo hoteleiro. Uma fatalidade a coloca cedo a frente dos negócios da família, obrigando a latina assumir grandes responsabilidades. Conhecida no meio empresarial como "Dama de ferro", Camila não abaixa a cabeça em...