The hurting the loving

Boate

Boa noite, povo.

Mais um capítulo para vocês, comentem, votem e divulgem... juro que não dói.

Digam o que estão achando também.

Boa leitura!

P.S: Caso vocês não estejam recebendo informações de att me avisem. Estou atualizando quase todos os dias.

Erros corrijo depois.

Point of view – Camila Cabello

Olhei pelo retrovisor e a vi parada na calçada de braços cruzados. Não podia acreditar que eu havia passado quase um dia inteiro com ela.

Há um dia eu estava imersa na escuridão acreditando que todas as minhas chances de ter uma conversa com Lauren estavam esgotadas.

Evitei a sobriedade, pois ela não me permitia pensar em outra coisa a não ser nos dias em que fiz mal a minha ex-funcionária com minhas atitudes grosseiras e sem fundamento.

Não conversamos sobre assuntos mais íntimos, mesmo sabendo que eventualmente eles deveriam ser esclarecidos. Lauren mencionou estar com medo pois acreditava não ser suficiente para mim.

Sei que existem muitas coisas por trás de tudo o que ela me contou sobre si mesma sua superficialidade era palpável, mas não vou forçá-la a nada, ela me parece ser do tipo que se pressionada se afasta e se fecha em seu próprio mundo.

Eu mesmo tenho coisas das quais não gosto de lembrar, temos muito que conhecer a respeito uma da outra e tudo acontecerá em seu devido tempo.

Sei que terei que ser paciente, compreensiva e que terei que controlar meu gênio "esquentado". Quase a perdi por não saber lidar com a frustração, não vou correr esse risco novamente deixando meu jeito controlador falar mais alto.

Não sei o que aconteceu com relação a sua família, mas a forma como ela reagiu a minha pergunta sobre seus pais deixou bem claro o desconforto com o assunto.

Ao chegar em casa não fiquei surpresa ao encontrar dois carros estacionados na entrada, reconheci os veículos das minhas amigas. Suspeito que nem devem ter dormido direito sem ter notícias minhas e da morena de olhos verdes.

Entrei e ouvi vozes vindo da cozinha e barulho de panela se chocando com o mármore do balcão. Deixei minha bolsa no aparador ao lado da porta junto com as chaves do carro e andei para encontrar as duas cozinhando.

- Adoro chegar em casa e encontrar o jantar pronto – Falei fazendo com que as duas pulassem de susto.

- Filha da puta! – Dinah resmungou colocando a mão sobre o coração – Quer ficar sem amiga, fala logo.

- Oi, Mila – Ally sempre a mais controlada de nós três falou calma – Estou fazendo o jantar.

- Percebi, vocês não tem casa não?

- Temos, mas gostamos mais da sua. É mais espaçosa e lá de casa eu não conseguiria ver a tua cara de boba apaixonada assim que chegasse do encontro com a ursa polar – DJ respondeu cínica.

- Olha a palhaçada, vou expulsar vocês daqui – Sentei no balcão depois de pagar uma garrafa de água.

- Para de enrolar e começa a contar como foi – Ally diminuiu a chama do fogo e sentou ao meu lado.

- Ah, gente... foi perfeito. Ela cozinhou no almoço e fez uma sobremesa divina – Comecei contando observando a cara de surpresa que minhas amigas faziam – Depois fomos ao cinema e lanchamos no shopping mesmo.