Six.

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"Oi, Lily! Vi que recebeu as flores... gostou?"

Encarava a tela de meu celular sorrindo como uma boba. Eu havia postado em meu instagram o buque que Tom me deu sem marcá-lo, não demorou muito para ele me mandar um direct puxando assunto. Acredito que tenha me encontrado pela foto que Cate me marcou no dia da premiere.

"É, até que você tem bom gosto." - respondi.

Sentei na mesa para tomar um pouco de café antes de dormir. Após o meu 'date' com Cate e ter retornado a loja, passei o dia terminando as vitrines e com o cansaço físico e mental, não consegui ir para o teatro. Não parava de pensar no meu buquê, estava chocada com a atitude de Tom e ao chegar em casa, minha mãe teve a mesma reação.

Dona Jane colocou café na minha xícara amarela favorita e beberiquei o líquido em silêncio, pensando em mil e uma coisas. Logo eu teria que alugar minha roupa de fada e comprar meu vestido de formatura, e de quebra, contar a minha mãe a verdade.

— Pensando nele? - pulei de susto com a fala de Jane.

— Nele quem, mãe? - bebi mais café.

— Ontem um rapaz te trouxe até em casa, hoje você chegou com flores. - minha mãe puxou uma cadeira, sentando-se ao meu lado.

É claro que ela reparou. Não conseguia esconder nada de Jane - só o teatro -, seu olhar era curioso e compreensivo, com 23 anos, nunca tinha levado ninguém para ela conhecer. Já tive meus namoradinhos - e namoradinhas - mas nada muito sério a esse ponto.

E eu também nunca tinha ganhado flores para levá-las para casa.

— É um amigo, ele me deu as flores como uma despedida. - sorri olhando para as plantas no vaso. Meu celular vibrou indicando outro direct.

"Como foi teu dia?"

— Acho que ele estaria pensando em mim, na verdade. - sorri convencida. - Quem não sente saudades de Lily Taylor?

Jane colocou a mão no queixo, analisando meu rosto em silêncio. As vezes me dava vontade de saber o que ela tanto pensava, já que essa atitude ocorria com frequência.

— Você é igual ao seu pai.

Meu coração acelerou ao ouvir aquela palavra. Pai. Uma palavra tão pequena de um significado tão grande, porém, tão vazia ao meu conhecimento. Não o conheci, mas só de ser tão parecida com ele, fazia-me sentir perto. Seu nome era Robbie, e eu o amava.

Ao se dar conta do que disse, minha mãe se levantou beijando minha testa, pronta para se retirar.

— Boa noite, minha filha.

Era sempre assim, Jane fugia toda vez que a palavra pai era mencionada. Certa feita, uma amiga comentou que essa história do meu pai poderia ser muito maior do que eu imaginava, já que nunca obtive a resposta. Respeito a minha mãe acima de tudo, e sei que ela ainda está de luto pelo homem que amou.

"Ah, Tom, meu dia foi bom. Recebi as flores perto do meu horário de almoço e adivinhe, Cate apareceu. Saímos para tomar um café, conversamos um pouco e logo ela foi embora, pois tinha um voo marcado a tarde. Na loja, eu montei a vitrine com a nova coleção que chegou, demorei tanto que mal pude ir para a aula hoje então, cheguei mais cedo em casa."

"Uau, você fez muita coisa. Meu voo saiu às nove da manhã, então passei o dia viajando. Cheguei em Londres três horas atrás, não tenho muito o que contar."

Fiz as contas, se o voo de Tom saiu às nove de Los Angeles - e normalmente o voo entre LA e Londres durava cerca de onze horas - então, Tom havia chegado às seis da tarde. Com a diferença de oito horas do fuso, aquilo seria 3Am.

"Poxa, você deve estar exausto. São seis da manhã aí, né? Você devia dormir um pouco, Tom."

"Esse é o problema, eu não consigo."

Você não consegue mas eu consigo, baby. Até porque, estou morta. Trabalhei tanto hoje, passando roupa, desmontando caixas e montando vitrines.

Pensando, me levantei colocando minha xícara na pia e o celular no bolso, iria escovar os dentes antes de me deitar para estudar a minha peça. Lembrei de meu ensaio, Tom citava suas falas com a voz grave que meu corpo estremeceu. O olhar intenso em mim, me desafiando a confrontá-lo. Fomos incríveis juntos, nunca esqueceremos aquele breve momento, acompanhado de uma despedida e de algumas flores.

Despertei de meu transe ao sentir meu celular vibrar em meu bolso em sinal de mais uma mensagem de Tom, que faria meu coração dormir aquecido naquela noite.

"Eu não paro de pensar em você, Lily."

⎊⎊⎊

DEMOREI? Sim. VOCÊS ME PERDOAM? Não.

Gente, eu trabalhei tanto nos últimos dias que mal tive tempo de chegar perto do computador para escrever, e de quebra, essa semana fiquei bem resfriada. Não tinha cabeça e nem ânimo para postar I'm a Downey.

E vocês não merecem qualquer coisa, certo?

FINALMENTE CHEGOU AGOSTO! O mês que esta autora que vos fala faz aniversário, (Dia 20, não que vocês queiram saber). No fim deste mês, eu saio de férias do trabalho e vou viajar para a casa da minha avó MAS RELAXEM, pretendo levar o notebook para escrever e postar ou vou fazer uma maratona antes de ir.

NÃO SE ESQUEÇAM DE COMENTAR PELO AMOR DE DEUS!!!!!!!

E de votar também.

Um grande beijo, e até mais.

I'm a Downey.Onde histórias criam vida. Descubra agora