I'm a Downey.

Eighteen.

Antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer pelos 50K! Vocês são incríveis por estarem me aguentando todos os dias, até mesmo quando eu demoro para postar! Eu poderia até fazer uma maratona, mas estou entrando em semana de provas da faculdade e tenho que estudar. De qualquer forma, o intervalo entre os caps é crucial para que vocês criem muitas teorias...

Obrigada por tudo!

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Como um raio, voltei para o escritório para pegar minha bolsa e sair dali o mais rápido possível. Minha mente borbulhava e meu peito estava tão apertado que respirava pela boca rapidamente, tentando continuar viva.

— Onde está seu amuleto? - Robert perguntou, depois de ficar um bom tempo abraçado com a tal garota.

Só ele chorava.

— Amuleto? - Alicia perguntou confusa.

— Todos os filhos do Robert tem um pingente cravejado de brilhantes com a letra D em ouro, cada filho tem um formato especial e seu nome atrás. - Susan explicou, senti desconfiança em sua voz - Cadê o seu? É o mais bonito dos quatro.

— Ah.. - Alicia se sentou, sem nem mesmo perguntar se podia. - Eu perdi, não o tenho mais...

— Eu já vou. - disse simplesmente, saindo dali antes que aquilo me sufocasse.

"Me liga AGORA!"

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Não consegui entrar na faculdade, tanto que estava sentada na escadaria chorando mas ninguém ia saber já que eu estava ensopada pela chuva que caia e tinha uma garrafa de whisky barato na mão que comprei no caminho. E não, ainda não estava bêbada.

— Lily? - ouvi a voz de Tom pela primeira vez, após ele ter me ligado umas dez e eu não ter atendido - Lily, onde você está, o que está acontecendo?

— Tom... - não consegui dizer, apenas chorava.

— Meu amor... - ele suspirou - eu estou aqui agora, vai ficar tudo bem. Você está bebendo?

— Eu estava na casa do Boss e chegou uma mulher dizendo que era a filha dele, digo... - me corrigi - que é a filha dele.

— Alicia? Tem certeza? O Robert tem procurado por ela há muitos anos e nunca achou, uma vez ele até me disse que achava que ela estaria morta.

Passei a mão pelo rosto numa tentativa absurda de me secar e tomei mais um gole.

— Foi exatamente o que ela disse, Holland. - disse tentando soar firme - E eu sou um ser humano horrível, por que eu não estou lá comemorando com ele? É uma vitória!

— O que você realmente está sentindo? Se me falar eu posso tentar ajudar a se sentir...

— Inveja! Eu sinto inveja e daquela que corroe o peito! - quase gritei - Esse mundo é injusto e quem está lá em cima me odeia! Como pode uma pessoa retornar para a vida de outra do nada, ela acha que pode chegar assim: sou sua filha. Isso é ridículo! Eu não tenho um pai, cresci sem ele e até ai tudo bem, muitas pessoas ao redor do mundo também passam o mesmo que eu MAS É INJUSTO!

Surtei. As lágrimas só desciam, meu corpo reagia por si só e eu estava a beira do colapso. Porque isso tinha que doer tanto? Porque minha mãe simplesmente não podia abrir a boca e dizer que meu pai tinha sido maravilhoso e morreu me amando, ou até mesmo ela poderia me mostrar uma foto sua para eu saber como é. Esse mundo é repleto de injustiças, aquela menina chega lá ganhando o Robert Downey Jr. como pai e eu nem sei como era o tom de voz do meu. Não é por ser o Robert, mas é por eu não ter ninguém.