Seven.

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Maio está sendo um dos meses mais corridos do ano. Com a aproximação do dia dos pais, a Lorence ficava uma loucura e faltando apenas um mês para a entrega do meu TCC e minha formatura, eu estava a beira de um colapso.

Tom me acalmou muito nesse meio tempo, nos falávamos todos os dias ou às vezes ele tentava falar comigo mas não conseguia pela sua falta de prática com o Instagram. Ele sempre me ligava para me ajudar com alguma coisa da peça ou para contar como iria ser o dia dele. O horário era tarde, sempre entre onze e meia a uma da manhã - já que Tom estava acordando em Londres - da última vez, ele tentou fazer uma chamada de vídeo pelo FaceTime e acabou começando uma live no Insta.

E consequentemente ele começou dizendo: "Olá, meu lírio." e depois.. "Lily? Você está ai?"

Foi o suficiente para algumas fãs loucas se perguntarem "Quem é Lily?" e iniciarem uma incansável busca pela minha conta do Instagram, que agora está privada. Extremamente constrangedor, porém, muito fofo.

No dia das mães, tirei o dia somente para Jane. Levei uma bandeja de café da manhã com algumas frutas, pães e café, que fez logo de cara, a mulher que me gerou chorar de alegria. A presenteei com um jogo de cama com estampas listradas amarelas, sua cor favorita. Depois do almoço, fomos até o Griffith Park para um piquenique, tomamos sorvete e jogamos alguns jogos de cartas - que eu particularmente era muito boa -.

Meu coração vivia apertado, a hora de contar sobre o teatro estava chegando e eu não fazia ideia de como começar a conversa. Às vezes, chorava mesmo que sem querer ao me lembrar disso, a confiança entre nós tinha grandes chances de ser quebrada e ter o apoio de minha mãe, era fundamental para mim.

— Muito bem, turma, o ensaio de hoje foi excelente, tirando o fato que certas pessoas estavam aéreas. Não se esqueçam que cada segundo conta na nota final. Estão dispensados.

Meu professor de leitura corporal não estava em um dia tão bom. Mega irritado/estressado, ele me parou, me encarou de cima a baixo e deixou que eu partisse. Passei a mão por meus cabelos preocupada, minha cabeça estava cheia com muitas coisas e não queria ter de me preocupar com o mau humor de um professor.

Saindo do teatro, peguei meu celular para ver se Tom havia me mandado alguma mensagem, mas não havia nada. Ele não falava comigo a quase dois dias, sabia que sua vida estava corrida por conta do seu novo filme como homem aranha: homecoming, estava bem ansiosa para ver o seu trabalho solo.

— Psiu. - descendo as escadas, ouvi alguém assobiar e olhei por costume. Por pouco, eu não cai. - Quer uma carona?

Tom Holland me esperava na beira da calçada encostado em um Audi RS 5 Coupé Grafitti, por uns segundos não sabia se enlouquecia com o belíssimo carro ou com o fato de Tom vir me buscar na porta da faculdade. Sorri ao vê-lo, ele vestia uma calça jeans escura com uma blusa simples e uma jaqueta de couro preta que o deixava extremamente sexy.

— Você lá tem idade para ter carteira de motorista, Holland? - me aproximei. - Na sua idade, eu ainda andava no banco de trás.

Ele apenas riu de meu comentário e envolveu seus braços por minha cintura me puxando para um abraço. Meu rosto estava bem próximo de seu pescoço que me permitiu sentir o delicioso cheiro de seu perfume da Dior, eu amo aquela fragrância.

— Senti sua falta. - admite baixo. - Onde estava que não respondeu minhas mensagens, você está bem?

— Lily Taylor preocupada? Essa é nova. - Tom me soltou um pouco para me olhar. - Eu e Harrisson estávamos entediados em Londres e eu tenho uma reunião depois de amanhã com os irmãos russo, ai pensei em vir antes para te surpreender. O fato de eu não te responder foi apenas uma ideia do meu melhor amigo.

I'm a Downey.Onde histórias criam vida. Descubra agora