Fifteen.

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Tinha se passado quase uma hora de espera e eu estava tomada de agonia. Não fui aceita no teste, o que me desmotivou demais. Reconheço que fiquei uns vinte minutos chorando no banheiro. Quem diria, eu chorando em um banheiro do prédio comercial da Disney. Patética.

Mas como uma luz no fim do túnel, Robert chegou no hall do prédio, se sentou ao meu lado do sofá e me abraçou. Uma de suas mãos acariciava minhas costas enquanto a outra afagava o meu cabelo.

— Se eu fosse você... - ele me soltou e me olhou nos olhos. - Ergueria essa cabeça que o melhor está por vir.

Suspirei e seguimos até uma das salas de reuniões do prédio, onde Stan estava sentado na cadeira principal da mesa. A sala era em tons de madeira, bem parecida com a de Robert. Mas será possível que todas as salas de escritório se parecem?? Pude perceber que havia um rabisco a sua frente, e ao me sentar, estiquei um pouco meu pescoço para ver melhor o que era.

Eu.

— Senhorita Taylor, você não imagina a satisfação que tenho em conversar contigo. - Stan começou.

Robert se sentou ao meu lado e por baixo da mesa, pegou em minha mão entrelaçando nossos dedos. Meu coração se aqueceu com o gesto.

— Eu que o diga. - sorri leve. - O senhor é um dos meus ídolos, se quer saber, e não são todos que tem essa sorte de estar no meu pódio. - pisquei.

Stan Lee soltou uma risada gostosa e seu olhar alterou entre mim e Robert. Deu uma piscada como se quisesse afastar um pensando que veio em sua mente.

— Bom, eu tenho que admitir que sua química com Tom, no teste de mais cedo, é admirável mas felizmente não usarão essa circunstância para atuarem juntos.

— Eu agradeço a oportunidade da mesma forma, senhor. Sei que vai encontrar alguém melhor para o papel.

— Eu já encontrei. - Stan abriu uma pasta, de lá tirou dois bolos de papel me entregando um.


"CONTRATO MARVEL STUDIOS

Wonder Woman

7 filmes"


Meus olhos se arregalaram quando li o título do papel. Então era um contrato? Pera... MULHER MARAVILHA? COMO ASSIM?

— Há alguns anos eu desenhei uma heroína, e por falta de grana para investir na minha marca da Marvel e ninguém curtir muito heroínas na época, decidi vender a personagem para a minha concorrente. - meu corpo inteiro se arrepiou. - Esses dias, eu a recuperei de volta e já arquitetei todo o seu trajeto nos filmes, já que em breve começaríamos nossa busca pela atriz que a interpretaria.

Robert apertou minha mão, acariciando-a com o polegar.

— E então, veio você. - Stan virou o desenho para que eu pudesse ver. - Srta. Taylor, quando eu desenhei a Diana desenhei pensando nos traços de uma mulher como você. Consideravelmente alta, aspecto físico que de para fortalecer seu peso com músculos, cabelos castanho escuro grande ondulado, rosto angelical que se assemelhe a uma deusa e olhos azuis.

— Eu não tenho olhos azuis. - disse cabisbaixa.

— Ela pode se adaptar e usar lente, Stan. - Robert sugeriu.

— Não quero. O que me chamou atenção, além da sua beleza, foi a sua atuação hoje e seu desempenho na Faculdade, e o vídeo que chegou em minhas mãos na casa do Robert. - Arregalei os olhos. Ele já tinha ouvido falar de mim? - Acredito que não será tão difícil interpretar a personagem já que domina o cavalo e a corda tão bem.

I'm a Downey.Onde histórias criam vida. Descubra agora