I'm a Downey.

Fourteen.

MARATONA DOWNEY BIRTHDAY

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Não é porque o dia é "novo" que ele vai ser bom.

Dormir brigada com uma pessoa que eu amo, definitivamente, dilacera o meu coração. Principalmente se essa pessoa for a minha mãe. Sai tão cedo de casa, justamente para não vê-la, que nem me preocupei em tomar café.

Cheguei na loja antes de todos e fui de encontro ao meu gerente explicar minha situação. Roney ficou tão feliz que me deu um vale para eu tomar café em uma cafeteria chique para pagar de rica.

— Quando você ficar famosa, quero um autógrafo. - Ele disse todo feliz antes de chamar um uber até o hotel de Tom. - Boa sorte meu anjo.

O trajeto até o hotel 5 estrelas foi super rápido, essa é uma das vantagens de se morar no centro de LA. Fui até a recepção um tanto quanto assustada, observando tudo pela frente podendo perceber que algumas pessoas me olhavam estranho. Talvez seja porque aquele hotel apenas famosos se hospedavam.

Fiquem calmos que logo logo minha sorte vai mudar.

— O que deseja, querida? - disse a recepcionista ao encostar no balcão.

— Pode interfonar no quarto de Tom Holland? Diga que Lily Taylor está o aguardando. - sorri gentil, esperando ser tratada da mesma forma.

— Desculpe, quem é você? - só pode ser brincadeira - Não é qualquer um que tem a audácia de entrar nesse hotel desse modo.

Suspirei impaciente, normalmente quanto maior o cargo da pessoa mais arrogante ela é?

— Sou uma amiga. Pode fazer isso por mim? - tentei ser o mais educada possível, mas ela nem olhou mais para a minha cara. - Certo, posso aguardar sentada?

Sem resposta.

Suspirei de novo. Só poderia ser praga da minha mãe, toda vez que brigávamos, o dia seguinte era todo jogado fora. Peguei meu celular de dentro da bolsa que carregava e mandei uma mensagem para Tom.

"Estou te esperando aqui no saguão para tomarmos um café e irmos para o teste. - Bom dia menino aranha!"

Não demorou muito para que ele respondesse retribuindo o bom dia com um coração vermelho, não tenho muita ideia de significado de emojis mas acho que o fato de ser vermelho deve ser importante. Passado uns quinze minutos, Holland apareceu pelo elevador vestindo uma calça jeans, um tênis e uma camiseta lilás. Simples porém lindo.

— Oi meu amor. - disse fofa, recebendo um abraço.

Seus braços rodearam minha cintura me trazendo para mais perto de si e minha única reação foi colocar minha cabeça na curvatura de seu pescoço. Tom estava, deliciosamente, cheiroso. E consequentemente me fez perguntar "eu passei perfume antes de sair de casa?" Minha cabeça estava a mil, tantas informações e coisas pra fazer.

— Como você está linda - ele me soltou, me olhando de cima a baixo. - E cheirosa.

Ufa, passei sim.

— Podemos ir tomar café? Eu estou morrendo de fome.

— Claro. - sua mão veio de encontro a minha, entrelaçando nossos dedos. Tom me guiou hotel adentro, fazendo aquela recepcionista me encarar esquisito. Entramos no restaurante e pude perceber uma extensa mesa de café da manhã e alguns garçons servindo coisas. - Fique a vontade pra pegar o que quiser.

Não abri mão do meu café preto, eu sou totalmente apaixonada e ninguém sem ele. Peguei algumas frutas, como manga e melão, cookies e um pão para passar a manteiga. Mesmo com fome eu não poderia comer muito, iria assustar Tom e achar que sou uma esfomeada! Já ele, pegou um achocolatado e várias panquecas de mel - típico americano -, sentamos em uma mesa mais reservada e comemos juntos, em silêncio.