Capítulo 22 - The one

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Levei a mão a caixa abrindo-a e depois de tirar umas folhas descobri que elas estavam a embrulhar um lindo vestido banco. Era até ao joelho e não tinha mangas até ao cotovelo. Levantei-o e reparei ser de renda fininha e super suave. Mas de onde veio esta coisa linda? Andava a sonhar com um destes há uns dias. Debaixo do vestido encontrei um pequeno envelope. Era preto e o papel dentro dele era branco. Pelo perfume reconheci exatamente quem era. Como no dia na praia lembram-se? Eu estava na areia e ele aproximou-se e, mesmo sem ter olhado, tinha a certeza que era ele. Era do Liam.

# Princesa linda, não sei como escrever algo bonito o suficiente para ti, mas quero que saibas que és mesmo muito importante na minha vida. Este vestido é para ti. Hoje vamos jantar fora. Não é nada fino nem excelente como mereces, mas quero levar-te a sair com o pessoal. Mereces espairecer um pouco, por isso às 19 espero-te no Nando’s. Pouco antes da hora estará aí um taxi já pago, para te ir buscar. Não te preocupes com nada. Adoro-te muito pequenina, x Liam #

Nossa senhora que amor de rapaz ! Ele está cá sempre que preciso e preocupa-se. Mas não estou pronta para o amar. Ele é demasiado especial para ser magoado. Sim, ele não merece que eu o use. Para eu estar com ele era preciso que eu o amasse e estivesse pronta para isso. No entanto, sim, eu vou sair para me divertir.

Tomei banho, pus uma ligeira maquiagem e vesti-me. Pus o meu cabelo em rabo de cavalo e calcei uns sapatos cinzentos. Estava pronta quando o taxi chegou e me levou para o Nando’s. Iria ser uma grande noite.

## Rose POV OFF ##

## Mia POV ON ##

Após a minha discussão com as meninas fui logo para casa. Sim, o orfanato é onde me sinto em casa. Até me sinto bem aqui. A diretora não é má pessoa, mas como sempre, todos temos maus dias e nesses dias dela é bom que não façamos porque os castigos costumam ser severos. Neste orfanato tudo está dividido por gênero. Só encontramos os rapazes ao almoço e quando estamos fora do orfanato ou até no jardim deste. Sim, na traseira do orfanato existe um enorme jardim. De um lado temos balouços e escorregas e do outro encontramos uma estufa onde plantamos alguns alimentos que usamos nas refeições. Nós, como órfãs mais velhas, temos de ajudar a cozinheira e o jardineiro e por isso de vez em quando, ajudamos aqui no jardim.

Após um banho rápido e de trocar de roupa fui procurar a Grace.

“Ema, viste a Grace em algum lado? “ Perguntei à prima da Grace que também era órfã

“Ela estava na entrada” respondeu-me e seguiu o seu caminho.

Fiz o mesmo e caminhei até à entrada até que ouvi uma voz rouca. Eu conheço esta voz muito bem. HARRY.

 Decidi aproximar-me um pouco mais para ouvir a conversa. Sim, não sou muito destas coisas, mas eu tenho de perceber o que ele faz aqui depois da discussão e se possível, saber como é que ele cá chegou.

“Sim, eu procuro uma amiga minha e deram-me esta morada, mas devo estar enganado, não sei. O que é este edifício?” ouço-o perguntar à Grace

Amiga? Ele procura-me mesmo? Não sou eu de certeza? Ou sim? Preciso de entender isto.

“É o orfanato da cidade, não sabias? Respondeu-lhe ela

Por minutos ele ficou pensativo. Acho que ele não sabia que eu estava num orfanato.

 “Orfanato?” perguntou de novo

“Sim, mas quem é que procuras?” questionou-o a Grace

“Esquece, enganei-me mesmo” informou ele “ obrigado na mesma” disse  ele virando as costas. Ele não faz a mínima ideia de quem eu sou ou o que faço aqui. Ele nem sabe que aqui estou. Não me conhece e por isso é que o desculpo. Sim, porque é quase uma ofensa ele não insistir só porque acha que eu não posso ser órfã.

Am I wrong? ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora