Capítulo 77 - Unconditional support

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Ficámos o tempo todo na conversa até sair-mos do médico. O Steven tem de parar de comer muitos fritos e beber álcool à toa. Eu avisei-o tantas vezes que agora já nem sei o que fazer para ele mudar de ideias.

Hoje viemos jantar num sítio especial de Londres. É um restaurante à beira rio que eu sempre amei. Só cá pus os pés uma vez e foi quando a Rose fez 20 anos e os comemorou aqui, por tradição familiar. Hoje era bem mais especial. O meu companheiro de aventuras pediu dois esparguete a bolonhesa e sumo de laranja para os dois.

“Meu deus, já te disse que ficas horrível nesse vestido?” ele brinca.

“Olha que essa camisa faz-te mais gordo” alinhei na brincadeira. As pessoas olhavam-nos torto desde que entrámos e, como eu e ele não somos de nos deixar ficar, ele está a mandar bocas.”

“Se calhar tens razão. Tenho de ir ao costureiro apertar isto” ele brinca e eu rio-me da sua cara. “Ri-te, ri-te”

“Este jantar está mesmo bom” admiro pouco depois.

“Sim, é especial este sítio” ele aprecia.

“Realmente é”

“Como tu” ele sussurra mas eu percebi

“Hã?” perguntei

“Nada, esquece” ele diz

“Steven...”

“Sim?!”

“Não quero que isto te dê esperanças. Não te quero magoar.”

“Não vais magoar nunca. Eu sei que ele é o dono do teu coração.”

“Realmente não podemos escolher quem amamos.” Suspiro

“Sim, senão eu obrigava-te a apaixonares-te por mim” ele brinca e eu roubo um pouco só seu leite creme. “Isso não vale!” ele reclama e começa a comer o meu também.

Depois de montes de risos decidimos passear um pouco antes de voltarmos para casa. A lua estava cheia hoje e muito brilhante. Lembro-me de passear aqui com as minhas amigas e das juras que partilhámos naquele dia.

“Estás a pensar em quê?” perguntou o Steven. “Nele?!” ele meio que reclama

“Não, nas minhas melhores amiga.” Suspirei “Passei aqui com elas.” Informo

“Desculpa a minha cobrança...” desculpa-se

“Não faz mal, é normal te sair essas coisas.” Suspiro de novo

“Ele tem muita sorte, sabias?” ele pergunta mais sério.

“Ele é um idiota.”

“No entanto, é o idiota que tem a sorte de ter o teu coração.” Suspira. “Nunca vais olhar para outra pessoa como olhas para ele.”

“Não sei, como sabemos, o futuro é incerto. Mas, eu quero esquecer o Niall. Parece estúpido da minha parte querer esquecer uma estrela da música, eu sei, mas quero crescer por mim, não por ele. Eu quero ser feliz com alguém, como eu era com ele. Tenho esse direito.”

“Sim, tens mesmo” ele sorri.

“És um excelente amigo.” Admiro

“És uma excelente amiga, apesar de minúscula e rugosa” ele diz brincando e eu dou-lhe um murro no braço.

“Estúpido!” reclamo

“Mas tu gostas” ele diz andando na minha direção e fazendo-me cócegas.

“Steven, para!”

“Ok, ok” ele parou.

Andámos algum tempo até ao carro. A viagem era silenciosa. Sim, este silêncio era muito constrangedor para mim. Ele costuma falar bem mais. Ele só faz um silêncio assim quando está a pensar nas palavras que quer proferir.

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